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sábado, 16 de julho de 2011

A REFORMA E A CONTRA REFORMA

Reforma Protestante e Contra-Reforma

http://www.culturabrasil.org/protestante.htm

“Só a Fé Salva” – Martinho Lutero

“Deus criou vasos para a salvação e vasos para a danação eterna. Se a Mão de Deus estiver sobre a tua cabeça tu será beneficiado aqui na terra com muita saúde e prosperidade. Por este indício compreenderás que estás predestinado à salvação” – João Calvino

O desenvolvimento do comércio e a conseqüente ampliação do poder político e econômico da burguesia tornavam anacrônico o discurso da Igreja Católica Romana, que pregava “ser mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus” por um lado e, por outro, vender indulgências e ficar com parte do lucro auferido “pecaminosamente” daquele ponto de vista.

A Igreja Católica Romana tinha uma pregação – a cobiça, fundamentalmente, era condenada pela Igreja! – e uma prática diferente de seu discurso (mais ou menos como nossos governantes hoje fazem, dizem uma coisa e fazem outra...). Por outro lado ao burguês que enriquecera comprando barato (ou saqueando) e vendendo com largo lucro, além de cobrar juros, não era interessante:
a) Partilhar a sua riqueza com um clero cuja prática era incongruente com seu discurso.
b) Ouvir sermões ameaçando-o com as penas do Inferno se não abandonasse a prática da usura, da “venda do tempo”, etc.

Com isto, no Renascimento está formado o caldo de cultura necessário ao surgimento do protestantismo.

Dentro do Individualismo, um dos principais valores renascentistas, o protestante conversa diretamente com Deus; não encomenda a um padre uma missa pedindo a um santo que interceda a Deus por ele numa hierarquia que já não lhe diz respeito. O burguês conversa direta e individualmente com Deus.

O Início da Reforma – Lutero

Tradicionalmente diz-se que a Reforma Protestante foi iniciada por Martinho Lutero, monge agostiniano alemão 91483 – 1546), cujo pensamento sofreu profunda influência de São Paulo de Tarso.

Numa Epístola de Paulo aos Romanos encontrou a “chave” para consolidar uma idéia nova de salvação: “O justo viverá pela fé.” E “não são as obras, mas é a fé que conduz à salvação”. Não importa como você aja no mundo. Se a sua fé for “do tamanho de uma raiz de mostarda” você está no caminho da salvação, não importa o que faça. Desprezando olimpicamente os vários trechos bíblicos que rezam: “o que é a fé sem as obras?”; “A fé sem as obras é morta!” e “Mostra-me a tua fé sem as obras que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé!” Lutero criou um novo sistema religioso abrindo um cisma com a Igreja Católica Romana.

Em 1517 afixou na Abadia de Wittenberg suas famosas "95 Teses Contra a Venda de Indulgências", sendo excomungado e correndo o risco de, a exemplo de Jan Hus e Thomas Münzer, ser martirizado pela Igreja. A diferença é que estes dois, com profunda sinceridade de coração, desejavam voltar ao princípio da fé cristã, em grande medida desvirtuada pela Igreja, mas para tanto aliaram-se aos pobres, aos desvalidos e deserdados da sociedade. Já Lutero, espertamente, aliou-se aos príncipes interessados, como se disse, em apoderar-se das terras da Igreja...

Lutero encontrou terreno fértil à sua pregação nas regiões em que era interessante aos nobres se apoderarem das terras da Igreja Católica. Aliando-se aos príncipes, conseguiu principalmente o apoio do Imperador do Sacro Império Romano-Germânico Carlos V, que convocou a “Dieta de Worms” em 1521. As doutrinas luteranas causaram grande agitação, principalmente sua idéia subversiva de confiscar os bens da Igreja.
Sua aliança aos príncipes fica mais clara à medida em que analisamos sua reação aos camponeses da região da renânia que, uma vez convertidos, passaram a apoderar-se dos bens da Igreja Católica Romana. Lutero apoiou uma violenta repressão aos camponeses em 1525 dizendo: “A espada deve se abater sobre estes patifes! Não punir ou castigar, não exercer esta sagrada missão é pecar contra Deus!”

Na Dieta de Augsburgo, convocada pelo Imperador Carlos V em 1530, estabeleceram-se as bases fundamentais da nova religião luterana. Ficava abolido o celibato ao clero protestante; proibido o culto a “imagens de escultura e a Virgem Maria”; proclamava a Bíblia e sua interpretação subjetiva do leitor como autoridade, renegando os dogmas de Roma, entre outras medidas.


Aprofundando a reforma – Calvino - Igreja Presbiteriana


Uma das principais conseqüências do cisma provocado por Lutero no seio da cristandade foi a difusão de suas idéias como um rastilho de pólvora por toda a Europa Central, onde se concentravam os burgueses enriquecidos e os príncipes interessados no confisco dos bens da Igreja.
A Reforma foi aprofundada por alguns de seus seguidores, com particular ênfase a João Calvino (1509 – 1564) que dinamizou o movimento protestante através de novos princípios, como o da predestinação absoluta, que enfatizava o quanto uma pessoa estava “sendo abençoada por Deus” uma vez enriquecesse e o quanto estava predestinada à danação eterna uma vez pobre, doente e miserável... Quem nisso acredita trabalha como louco para “provar” a seus vizinhos, pelos aspectos exteriores de suas posses e bem-estar físico e material que é um “vaso reservado para a salvação”.

Pense: se você fosse um burguês enriquecido preferiria a pregação de um sacerdote católico a acusá-lo de desonestidade, heresia por haver enriquecido através da prática condenável do lucro e da usura ou a pregação de um sacerdote protestante a informar que a sua riqueza é um sinal de que está predestinado para a salvação eterna? Não é de admirar que os países mais prósperos do mundo capitalista professem a fé protestante em seus mais diversos matizes...
Um caso singular – Henrique VIII e a Reforma Anglicana

Vários pregadores e potentados ingleses estavam ansiosos para aderir também à Reforma e, com isso, confiscar terras da Igreja a exemplo do que havia ocorrido em boa parte da Europa continental. O rei inglês Henrique VIII (1509 – 1547), contudo, era muito devoto e recebeu uma comenda do papa Clemente VII: “Defensor Perpétuo da Fé Católica”.

De repente, um coup de foudre (paixão avassaladora) muda os rumos da situação: casado por interesse com Catarina de Aragão, Henrique VIII apaixona-se cegamente por Ana Bolena e solicitou ao papa a anulação de seu casamento para que pudesse contrair novas núpcias. Diante da resposta do papa “o que Deus uniu o homem não separará” e da pressão dos príncipes e pregadores ingleses, pelo Ato de Supremacia proclamado pelo rei e votado pelo Parlamento inglês, a Igreja, na Inglaterra, ficava sob total autoridade do monarca.

Inicialmente o anglicanismo manteve todas as características da Igreja Católica Romana, excetuando-se o direito ao divórcio (de interesse do rei!) e a obediência à infalibilidade do papa. Com o passar dos anos a Igreja Anglicana agrega muitos dos valores do Calvinismo, afastando imagens de escultura, fazendo uma leitura singular da Bíblia, etc.

Reação da Igreja Católica Romana – a Contra Reforma
Convocando o Concílio de Trento (1545 – 1563), a Igreja Católica estabeleceu um conjunto de medidas defensivas e ofensivas. A fim de impedir a contaminação pelo protestantismo dos países ainda não atingidos, criou um Index Librorum Prohibitorum (Índice de Livros Proibidos), dentre os quais encabeçavam as obras de Lutero, Calvino, etc. Reativou o Tribunal da Santa Inquisição, com a finalidade de reprimir heresias. Criou o catecismo, catequese e os seminários com vistas a discutir e persuadir os fiéis reconquistando o terreno perdido. Além disso, receberam incentivo as novas Ordens de pregadores apostólicos romanos com vistas a “levar a fé católica ao “Novo Mundo”. Neste contexto surge a Companhia de Jesus, de Inácio de Loyola, subordinada diretamente ao papa e que levava sua pregação ao continente americano e até à Ásia. Também os dominicanos (domini = do Senhor; cani = cães), portanto caninamente obedientes e devotados a propagar a fé católica.
Jamais houve uma discussão ou um debate sério entre um papa e qualquer autoridade protestante acerca de temáticas doutrinárias. Todos ficam presos às suas metáforas e interpretações diferentes dos mesmos textos bíblicos e muito sangue foi derramado por causa disso.

A relembrar ainda a coincidência entre o protestantismo e o capitalismo e, de outro lado, entre o catolicismo e o tradicionalismo. Os países mais prósperos, do ponto de vista burguês, capitalista (ou (“capetalista”, como preferem os puristas) seguem todos majoritariamente a fé protestante em seus diversos matizes: EUA, Inglaterra, Suíça, Holanda, Alemanha, Suécia... Por outro lado, aqueles ligados ao catolicismo e à ética do amor ao próximo, que não foram profundamente tocados pelo protestantismo, seguem subdesenvolvidos do ponto de vista capetalista – casos dos países Ibéricos e da América Latina, por exemplo.

Lázaro Curvêlo Chaves

Bibliografia
História das Sociedades – Rubem Aquino
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo – Max Weber

IMPÉRIO BIZANTINO

CIVILIZAÇÃO BIZANTINA (IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE)

já ouviu falar de Istambul, na Turquia? Pois bem essa cidade tem história!!!

No passado, ela era conhecida como Constantinopla, o principal centro econômico- político do que havia sobrado do Império Romano. Foi edificada na cidade grega de Bizâncio, entre os Mares Egeu e Negro, pelo imperador Constantino.( aí o motivo do nome da cidade ser Constantinopla).

Com uma localização tão estratégica, logo foi tornada na nova capital do império. Por estar entre o Ocidente e o Oriente, desenvolveu um ativo e próspero comércio na região, além da produção agrícola, fazendo com que se destacasse do restante do império romano, que estava parado e na crise.

O Império Romano do Oriente tinha por base um poder centralizado e despótico, junto com um intenso desenvolvimento do comércio, que serviu de fonte de recursos para enfrentar as invasões bárbaras. Já a produção agrícola usou grandes extensões de terra e trabalho de camponeses livres e escravos.

O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino conseguiu resistir às invasões bárbaras e ainda durou 11 séculos.

A mistura de elementos ocidentais e orientais só foi possível devido a intensa atividade comercial e urbana, dando grande esplendor econômico e cultural. As cidades tornaram-se bonitas e luxuosas, a doutrina cristã passou a ser mais valorizada e discutida em detalhes entre a sociedade.
De início, os costumes romanos foram preservados. Com direito a estrutura política e administrativa, o idioma oficial foi o latim. mas depois tudo isso foi superado pela cultura helenística( grega-asiática). Com esse impulso o grego acabou se tornando o idioma oficial, no séc. VII.

Um forte aspecto da civilização bizantina foi o papel do imperador, que tinha poderes tanto no exército como na igreja, sendo considerado representante de Deus aui na terra,( não muito diferente de outras civilizações!!). o mais destacado imperador foi: Justiniano.

Era de Justiniano(527-565)

Depois da divisão do império romano, pelo imperador Teodósio em 395, dando a parte ocidental para seu filho Honório e a parte oriental para o outro Arcádio. Com essa divisão, criou-se muitas dificuldades entre os imperadores para manter um bom governo, principalmente devido as constantes invasões bárbaras. Por isso no século V, com o imperador Justiniano que o Império Bizantino se firmou e teve seu apogeu.

Com Justiniano, as fronteiras de império foram ampliadas, com expedições que foram até à Península Itálica, Ibérica e ao norte da África . claro que com tantas conquistas houve muitos gastos! Logo já que os gastos aumentaram, os impostos também e isso serviu de estopim para estourar diversas revoltas , da parte dos camponeses, que sempre ficava com a pior parte- ou o pagamento de impostos abusivos ou o trabalho pesado.

Uma destas , foi a Revolta de Nika,em 532,mas logo foi suprimida de maneira bem violenta pelo governo. Com a morte de 35 mil pessoas.

Mas a atuação de Justiniano foi mais expressiva dentro do governo. Um exemplo, entre 533 e 565, iniciou-se a compilação do direito romano. Este era dividido em:

>código: conjunto das leis romanas a partir do século II.
>digesto: comentários de juristas sobre essas leis.
> institutas: princípios fundamentais do direito romano.
>novelas: novas leis do período de Justiniano.

E tudo isso resultou no: corpo do direito civil, no qual serviu de base para códigos e leis de muitas nações à frente. Resumindo: essas leis determinavam os poderes quase ilimitados do imperador e protegiam os privilégios da igreja e dos proprietários de terras ,deixando o resto da população à margem da sociedade.

Na cultura, com Justiniano teve a construção da Igreja de Santa Sofia, com seu estilo arquitetônico próprio – o bizantino – cujo o esplendor representava o poder do Estado junto com a força da Igreja Cristã.
Na política, após a revolta de Nika, Justiniano consolidou seu poder monárquico absoluto por meio do cesaropapismo.

Cesaropapismo: ter total chefia do estado ( como César) e da igreja( como o papa).

GRANDE CISMA
Essa supremacia sobre o imperador sobre a igreja causou conflitos entre o imperador e o Papa. Em 1054, ocorreu o cisma do oriente, dividindo a igreja Católica em duas partes:
Igreja Ortodoxa- com sede em Bizâncio, e com o comando do imperador bizantino.

Igreja Católica Apostólica Romana- com sede em Roma e sob a autoridade do Papa.

DECADÊNCIA DO IMPÉRIO

Depois da morte de Justiniano(565), houve muito ataques que enfraqueceram a administração do Império. Bizâncio foi alvo da ambição das cidades italianas. Sendo que Veneza a subjugou e fez dela um ponto comercial sob exploração italiana.
Essa queda não foi imediato,levou algum tempo, o império perdurou até o séc. XV, quando a cidade caiu diante dos turcos- otomanos, em 1453. data que é usada para marcar o fim da idade média e o início da idade moderna.

As conseqüências da tomada de Constantinopla foram:
>o surgimento do grande império Turco-Otomano, que também foi uma ameaça para o Ocidente.
>a influência da cultura clássica antiga, preservada em Constantinopla, e levada para a Itália pela migração dos sábios Bizantinos.
>com a interrupção do comércio entre Europa e Ásia , ocorre a aceleração da busca de um novo caminho para o Oriente.

SOCIEDADE E ECONOMIA

O comércio era fonte de renda do império. Sua posição estratégica entre Ásia e Europa serviu de impulso para esse desenvolvimento comercial.

O estado fiscalizava as atividades econômicas por supervisionar a qualidade e a quantidade das mercadorias. Entre estes estavam: perfumes, seda, porcelana e peças de vidro. Além das empresas dos setores de pesca, metalurgia, armamento e tecelagem.
RELIGIÃO
A religião bizantina foi uma mistura de diversas culturas, como gregos, romanos e povos do oriente. Mas as questões mais debatidas eram:

Monofisismo: estes negavam a natureza terrestre de Jesus Cristo. Para eles Jesus possuía apenas a natureza divina, espiritual. Esse movimento teve início no século V com auge no reinado de Justiniano.

Iconoclastia: para estes a ordem era a destruição das imagens de santos, e a proibição do uso delas em templos. Com base na forte espiritualidade da religião cristã oriental. Teve apoio no século VIII, com o imperador Leão II, que proibiu o uso de imagens de Deus, Cristo e Santos nos templos e teve forte apoio popular.

O REINO FRANCO

O Reino Franco e o Império Carolíngio

http://www.colegioweb.com.br/historia/o-reino-franco-e-o-imperio-carolingio.html

Os Merovíngios de 481 a 751

O primeiro rei dos francos foi Clóvis, que foi também fundador da Dinastia dos Merovíngios. Antes de sua entrada os francos se dividiam em dois grupos: os francos sálidos e os francos ripuários. Clóvis assumiu primeiramente os sálidos e em seguida os ripuários.
Em 496, Clóvis derrotou os alamanos, e neste momento se converteu ao cristianismo, pois grande parte da população de Gália era cristã, e por isso acreditava que a sua conversão seria uma importante para sua carreira política.


Representando a conversão de Clóvis, rei dos francos, responsável pelo fortalecimento do poder papal entre seu povo


Portanto, a Igreja se aliou à expansão do poder de Clóvis, pois, além disso, os visigodos e os borgúndios adotaram uma heresia que era condenada pela Igreja.
As divisões do Reino dos Francos de 511 a 687
Em 511, após a morte de Clóvis, o Reino dos Francos foi dividido em quatro partes, pois era um costume germânico fazer a partilha dos bens do falecido entre os seus varões, e com isso a monarquia franca ficou debilitada, pois foi iniciada uma luta entre os herdeiros.
Durante um longo tempo a Gália permaneceu dividida, com exceção do período de 629 a 639 durante o reinado de Dagoberto I.

Os prefeitos do palácio de 640 a 751
O poder dos Merovíngios entrou em decadência após a morte de Dagoberto. Os supremos que governavam este período a Nêustria e a Austrásia abandonaram as suas funções, deixando seus poderes a um importante funcionário: o prefeito do palácio também conhecido como major domus, que assumiram o poder marginalizando os reis, que passaram a ser conhecidos como reis indolentes.

Na Austrásia o cargo de prefeito do palácio tornou-se hereditário graças ao Pepino de Héristal, que venceu o major domus da Nêustria em 687, e firmou um acordo de união entre os dois reinos. Em 721, Carlos Martelo, filho de Pepino de Héristal, estabeleceu a unificação de Nêustria e a Austrásia formando a entidade geopolítica que passou a ser chamada de Franca.
Pepino, o Breve, filho de Carlos Martelo, assumiu o poder após a morte de seu pai em 740. Mais tarde, em 751, Pepino foi proclamado rei dos francos em Soissons, após internar o último Merovíngio, tendo o apoio papal. Pepino foi coroado pelo papa Estêvão II. E em agradecimento ao apoio que recebeu, Pepino cedeu à Igreja as terras que ele tomou dos lombardos durante à expedição à Itália contra esse grupo que ameaçava atacar a roma e o Papado. Esse território foi utilizado pela Itália para formar o Patrimônio de São Pedro.
O Império Carolíngio de 800 a 843

Com a morte de Pepino em 768, seus filhos Carlos Magno e Carlomano assumiram o poder. Porém, em 771 Carlomano faleceu, deixando Carlos Magno reinando sozinho.

Carlos Magno foi um governante muito guerreiro, conduzindo várias batalhas e conquistando muitas terras da Península Itálica, e com a escusa de difundir o cristianismo lutou contra os mulçumanos da Espanha, e ocupou a região sul dos Pirineus, estabelecendo a Marca da Espanha.

Em seguida, dominou os povos saxões da Germânia durante uma violenta guerra que deixou tribos inteiras aniquiladas; Carlos ainda conquistou a cidade de Barcelona, as ilhas Baleares, estendendo seu poder por um vasto território.

O cristianismo se propagou e a Igreja estendeu sua área de influência graças as conquistas de Carlos Magno. Como forma de agradecimento, em dezembro de 800 o papa Leão III coroou o monarca como o imperador dos romanos, fazendo assim renascer o Império Romano do Ocidente, extinto desde 476, que agora ficara conhecido como Império Carolíngio.
Coroação de Carlos Magno pelo Papa Leão III


Após a coroação, o Império foi dividido em condados, que eram divisões territoriais administrativas dirigidas pelos condes, e na sua ausência pelos viscondes. Nas fronteiras terrestres, as divisões eram feitas em marcas, e administradas pelos marqueses. Quem controlava o poder desses líderes locais era um funcionário chamado missi dominici (enviados do senhor), que fazia a fiscalização também dos bispos.

ROMA ANTIGA

Roma Antiga (Monarquia, República e Império) Por Cristiana Gomes

http://www.infoescola.com/historia/roma-antiga-monarquia-republica-e-imperio/
A herança cultural deixada pelos romanos contribuiu para transformá-los no mais importante e influente povo da civilização ocidental.



Alguns fatores contribuíram para a ocupação da região:

- os aspectos físicos (Roma está localizada na Península Itálica)

- o solo fértil (facilitava a produção de alimentos)

- ausência de bons portos (isolando relativamente a região)



A Roma Antiga conheceu 3 formas de governo: Monarquia, República e Império.



MONARQUIA



A forma de governo adotada em Roma até o século VI a.C. foi a Monarquia. Os romanos acreditavam que o rei tinha origem divina.



Esse período foi marcado pela invasão de outros povos (etruscos) que durante cerca de 100 anos, dominaram a cidade, impondo-lhe seus reis. Em 509 a.C., os romanos derrubaram o rei etrusco (Tarquínio – o Soberbo), e fundaram uma República. No lugar do rei, elegeram dois magistrados para governar.



REPÚBLICA



No início da República, a sociedade romana estava dividida em 4 classes: Patrícios, Clientes, Plebeus e Escravos.



A decadência política, social e econômica, fez com que a plebe entrasse em conflito com os patrícios, essa luta durou cerca de 200 anos. Apesar disso, os romanos conseguiram conquistar quase toda a Península Itálica e logo em seguida partiram para o Mediterrâneo.



Lutaram mais de 100 anos contra Cartago nas chamadas Guerras Púnicas e em seguida, ocuparam a Península Ibérica (conquista que levou mais de 200 anos), Gália e o Mediterrâneo Oriental.



Os territórios ocupados foram transformados em províncias. Essas províncias pagavam impostos ao governo de Roma (em sinal de submissão).



As conquistas transformaram exército romano em um grupo imbatível.



A comunidade militar era formada por:

- Cidadãos de Roma, dos territórios, das colônias e das tribos latinas que também tinham cidadania romana

- Comunidades cujos membros não possuíam cidadania romana completa (não podiam votar nem ser votados)

- Aliados autônomos (faziam tratados de aliança com Roma)



Além do exército, as estradas construídas por toda a península itálica também contribuíram para explicar as conquistas romanas.



Os romanos desenvolveram armas e aperfeiçoaram também a técnica de montar acampamentos e construir fortificações.



A disciplina militar era severa e a punição consistia em espancamentos e decapitações. Os soldados vencedores recebiam prêmios e honrarias e o general era homenageado, enquanto que os perdedores eram decapitados nas prisões.



As sucessivas conquistas provocaram, em Roma, grandes transformações sociais, econômicas e políticas.



No plano social, o desemprego aumentou por causa do aproveitamento dos prisioneiros de guerra como escravos. A mão-de-obra escrava provocou a concentração das terras nas mãos da aristocracia (provocando a ruína dos pequenos proprietários de terras que foram forçados a migrar para as cidades).



Na economia, surgiu uma nova camada de comerciantes e militares (homens novos ou cavaleiros) que enriqueceram com as novas atividades surgidas com as conquistas (cobrança de impostos, fornecimento de alimentos para o exército, construção de pontes e estradas, etc).



Além disso, sociedade romana também sofreu forte influência da cultura grega e helenística:

- A alimentação ganhou requintes orientais

- A roupa ganhou enfeites

- Homens e mulheres começaram a usar cosméticos

- Influência da religião grega

- Escravos vindos do oriente introduziram suas crenças e práticas religiosas

- Influência grega na arte e na arquitetura

- Escravos gregos eram chamados de pedagogos, pois ensinavam para as famílias ricas a língua e a literatura grega



Essas influências geraram graves conseqüências sobre a moral: multiplicou-se a desunião entre casais e as famílias ricas evitavam ter muitos filhos.



Tais transformações foram exploradas pelos grupos que lutavam pelo poder e esse fato desencadeou uma série de lutas políticas. A sociedade romana dividiu-se em dois partidos: o partido popular (formado pelos homens novos e desempregados) e o partido aristocrático (formado pelos grandes proprietários rurais). Essas lutas caracterizaram a fase de decadência da República Romana.



IMPÉRIO



Dois nomes sobressaíram durante o Império Romano: Julio César e Augusto.



Após vários conflitos, Julio César tornou-se ditador (com o apoio do Senado) e apoiado pelo exército e pela plebe urbana, começou a acumular títulos concedidos pelo Senado. Tornou-se Pontífice Máximo e passou a ser: Ditador Perpétuo (podia reformar a Constituição), Censor vitalício (podia escolher senadores) e Cônsul Vitalício, além de comandar o exército em Roma e nas províncias.



Tantos poderes lhe davam vários privilégios: sua estátua foi colocada nos templos e ele passou a ser venerado como um deus (Júpiter Julius).



Com tanto poder nas mãos, começou a realizar várias reformas e conquistou enorme apoio popular.

- Acabou com as guerras civis

- Construiu obras publicas

- Reorganizou as finanças

- Obrigou proprietários a empregar homens livres

- Promoveu a fundação de colônias

- Reformou o calendário dando seu nome ao sétimo mês

- Introduziu o ano bissexto

- Estendeu cidadania romana aos habitantes das províncias

- Nomeava os governadores e os fiscalizava para evitar que espoliassem as províncias



Em compensação, os ricos (que se sentiram prejudicados) começaram a conspirar.



No dia 15 de março de 44 a.C., Julio César foi assassinado. Seu sucessor (Otávio), recebeu o título de Augusto, que significava “Escolhido dos Deuses”. O governo de Augusto marcou o início de um longo período de calma e prosperidade.



Principais medidas tomadas por Augusto:

- Profissionalizou o exército

- Criou o correio

- Magistrados e senadores tiveram seus poderes reduzidos

- Criou o conselho do imperador (que se tornou mais importante que o senado)

- Criou novos cargos

- Os cidadãos começaram a ter direitos proporcionais aos seus bens. Surgiu assim três ordens sociais: Senatorial (tinham privilégios políticos), Eqüestre (podiam exercer alguns cargos públicos) e Inferior (não tinham nenhum direito).

- Encorajou a formação de famílias numerosas e a volta da população ao campo

- Mandou punir as mulheres adúlteras

- Estimulou o culto aos deuses tradicionais (Apolo, Vênus, César, etc)

- Combateu a introdução de práticas religiosas estrangeiras

- Passou a sustentar escritores e poetas sem recursos (Virgílio autor de “Eneida”, Tito Lívio, Horácio)



Quando chegou a hora de deixar um sucessor, Augusto nomeou Tibério (um de seus principais colaboradores).



A História Romana vivia o seu melhor período. A cidade de Roma tornou-se o centro de um império que crescia e se estendia pela Europa, Ásia e África.



Após a morte de Augusto, houve quatro dinastias de Imperadores:



Dinastia Julio-Claudiana (14-68): Tibério executou os planos deixados por Augusto. Porém, foi acusado da morte do general Germanicus e teve o povo e o Senado contra ele. Sua morte (78 anos) foi comemorada nas ruas de Roma. Seus sucessores foram Calígula (filho de Germanicus), Cláudio (tio de Calígula) e Nero. Essa dinastia caracterizou-se pelos constantes conflitos entre o Senado e os imperadores.



Dinastia dos Flávios (69-96): neste período, os romanos dominaram a Palestina e houve a dispersão (diáspora) do povo judeu.



Dinastia dos Antoninos (96-192): marcou o apogeu do Império Romano. Dentre os imperadores dessa dinastia, podemos citar: Marco Aurélio (que cultivava os ideais de justiça e bondade) e Cômodo que por ser corrupto, acabou sendo assassinado em uma das conspirações que enfrentou.



Dinastia dos Severos (193-235): várias crises internas e pressões externas exercidas pelos bárbaros (os povos que ficavam além das fronteiras) pronunciaram o fim do Império Romano, a partir do século III da era cristã.



Alguns fatores contribuíram para a crise do império: colapso do sistema escravista, a diminuição da produção e fluxo comercial e a pressão dos povos que habitavam as fronteiras do Império (bárbaros).



A partir do ano 235, o Império começou a ser governado pelos imperadores-soldados (que tinham como principal objetivo combater as invasões).



Com a ascensão de Diocleciano no poder, em 284, o Império foi dividido em dois: Oriente (governado por ele mesmo) e Ocidente (governado por Maximiniano). Cada um deles era ajudado por um imperador subalterno – o César. Diocleciano acreditava que essa estrutura de poder (Tetrarquia) aumentava a eficiência do Estado e facilitava a defesa do território.Diocleciano tomou várias medidas para controlar a inflação.



Seu sucessor (Constantino) governou de 313 até 337.



Constantino legalizou o cristianismo e fundou Constantinopla – para onde transferiu a sede do governo, além de ter abolido o sistema de tetrarquia.



A partir do século IV, uma grave crise econômica deixou o Império enfraquecido e sem condições de proteger suas fronteiras, isso fez com que o território romano fosse ameaçado pelos bárbaros que aos poucos invadiram e dominaram o Império Romano do Ocidente formando vários reinos (Vândalos, Ostrogodos, Visigodos, Anglo-Saxões e Francos).



Em 476 (ano que é considerado pelos historiadores um marco divisório entre a Antiguidade e a Idade Média), o Império Romano do Ocidente desintegrou-se restando apenas o Império Romano do Oriente (com a capital situada em Constantinopla é também conhecido como Império Bizantino – por ter sido construído no lugar onde antes existia a colônia grega de Bizâncio), que ainda se manteve até o ano de 1453 quando Constantinopla foi invadida e dominada pelos turcos.



Durante toda a Idade Média, Roma manteve parte da sua antiga importância, mesmo com a população reduzida. Era apenas uma modesta cidade quando foi eleita capital da Itália em 1870.



A civilização romana deixou para a cultura ocidental uma herança riquíssima.

- A legislação adotada hoje em vários países do mundo tem como inspiração o Direito criado pelos romanos

- Várias línguas (inclusive o português) derivaram do latim falado pelos romanos

- Arquitetura

- Literatura



Leia:

- O Primeiro Triunvirato de Roma


- O Segundo Triunvirato de Roma


- Arte Romana

quinta-feira, 14 de julho de 2011

GRÉCIA ANTIGA

Localização e Povoamento:
A Grécia Antiga localizava-se ao sul da Península Balcânica, na bacia oriental do Mediterrâneo, e era banhada pelos mares Jônico e Egeu. A Grécia foi povoada por povos indo-europeus ou arianos (aqueus, eólios, jônios e dórios). Sua história se divide nos seguintes períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico, Clássico e Helenístico.
Período Pré-Homérico: ( 2000ª.C a 1200 a.C )

Os aqueus foram os primeiros grupos de indo-europeu a se fixarem na Grécia. Entraram em contato com os cretenses e assimilaram a sua cultura, resultando daí o desenvolvimento da civilização Creto-Micênica.

Em 1.200 a. C, a civilização Creto-Micênica foi destruída pela invasão dos dórios. O terror provocado pela chegada dos dórios levou a retirada das populações para outras regiões no interior da Grécia. Esse processo de dispersão é denominado de Primeira Diáspora Grega.

A invasão dos dórios e a Diáspora assinalam o fim do período Pré-Homérico e o início do Período Homérico.
Período Homérico: (1200aC-800 a.C)

O estudo dessa fase da história grega se baseia nas obras do poeta grego Homero, isto é, a Ilíada e a Odisséia.

A chegada dos dórios provocou um retrocesso na organização política e social. Desta maneira, esse período foi marcado pelo aparecimento de comunidades gentílicas ou genos.

O genos era uma comunidade formada por um grupo de pessoas aparentadas por laços sanguíneos e descendentes de um mesmo antepassado. A sociedade era igualitária, e se caracterizava pela inexistência das classes sociais. A autoridade política era exercida pelo pater, o mais velho dos membros dos genos. Ao fim do período homérico, devido ao crescimento demográfico e a escassez de terras férteis, as terras coletivas foram divididas pelo pater, surgindo assim a propriedade privada da terra e as classes sociais. O surgimento da propriedade privada contribuiu para o aparecimento de uma poderosa aristocracia rural, de pequenos proprietários de terra e a uma maioria de despossuídos.

Ao mesmo tempo, ocorria entre os genos constantes lutas, e devido a necessidade de defesa, os genos se uniram formando uma fatria, que deram origem as tribos, e posteriormente, a pólis ou cidade-estado.

Com a concentração de terras nas mãos de uma pequena parcela da sociedade, os despossuídos da propriedade de terra deixaram a Grécia e partiram em busca de terras, fundando com isso colônias no Mar mediterrâneo e no Mar Negro.( Segunda Diáspora Grega)

Os gregos fundaram como colônias, Bizâncio, Siracusa, Tarento, Nápoles, Nice, Mônaco e Marselha, dentre outras.


Período Arcaico (800 a.C -500 a.C)


No período Arcaico ocorreu a evolução das cidades-estado gregas. Dentre as cidades-estados da Grécia, merece destaque Atenas e Esparta.
Esparta
Os espartanos descendiam dos dórios. Esparta foi fundada na planície da Lacônia, situada na península do Peloponeso. Isolada pelas montanhas e sem acesso ao mar, a economia espartana se baseava principalmente na agricultura. O estado dividia as terras em lotes iguais, chamados de Kleros, que eram divididos entre os cidadãos. O cultivo deste lote de terra cabia aos escravos (hilotas). Os espartanos dedicavam-se a formação militar e não exerciam nenhuma atividade econômica.
Sociedade:

A sociedade espartana estava dividida em três classes sociais: Esparcíatas, periecos e hilotas.

Os esparcíatas formavam a aristocracia de Esparta, e monopolizavam as instituições políticas. Os periecos eram homens livres, não possuíam cidadania, e dedicavam-se principalmente ao comércio e ao artesanato. Já os hilotas, eram escravos, compunham a maioria da população de Esparta, e realizavam todos os trabalhos manuais. Segundo os espartanos, a constituição que regia a cidade-estado, foi redigida por um legislador mítico, Licurgo. Essa constituição, segundo os espartanos, não podia ser modificada, e com isso perpetuava o regime oligárquico- aristocrático, isto é, mantinha o poder dos esparcíatas.


Estrutura Política:


Diarquia: comporta por dois reis, que tinham o poder limitado.

Gerúsia: composta por 28 membros (gerontes). Faziam parte desta instituição politica, cidadãos com mais de 60 anos. Possuía o poder legislativo.

Ápela: composta por cidadão com mais de 30 anos. Sua função era aprovar ou recusar as leis propostas pela Gerúsia.

Éforos: tinha a função de controlar a Gerúsia e os reis. Eram eles que governavam de fato Esparta.

As instituições políticas acima eram governadas por espartanos de famílias influentes, o que dava ao regime um caráter oligárquico-aristocrático.


Educação: Esparta baniu as artes e as letras. A educação era voltada para o treinamento militar, e as crianças aprendiam que a sua vida individual estava subordinada aos interesses do Estado.


Atenas


Atenas foi fundada pelos jônios. Localizava-se na península da Ática, próximo ao porto do Pireu. A proximidade do mar Egeu favoreceu para que os atenienses se dedicassem ao comércio marítimo e a navegação.


Sociedade: Era composta pelas seguintes classes sociais: eupátridas, georgói, demiurgos metecos e escravos.

Os eupátridas eram grandes proprietários de terras e compunham a aristocracia. Os georgói eram pequenos proprietários, enquanto que os demiurgos dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Os eupátridas, georgói e os demiurgos eram considerados cidadãos ateniense.

Os metecos, eram estrangeiros, não possuíam terra e não tinham direitos políticos. Os escravos eram provenientes das dívidas e principalmente das guerras. A economia ateniense baseava-se na mão-de-obra escrava. Os escravos desempenhavam os trabalhos manuais e na agricultura.
Evolução Política:

1) Monarquia: o rei era chamado de Basileu e seu poder era limitado pela aristocracia.

2)Aristocracia: Com o passar do tempo, os eupátridas tomaram o poder. O Basileu foi substituído por 9 arcontes (Arcontado). Os arcontes eram vigiados pelo Areópago ( conselho que exercia o poder legislativo)

A colonização (Segunda Diáspora Grega) desenvolveu o comércio marítimo favorecendo o enriquecimento dos demiurgos. A concorrência dos produtos importados acabou arruinando os pequenos proprietários e concentrou as terras mais ainda nas mãos da aristocracia. A escravidão por dívida e o desemprego aumentaram. Desta maneira, Atenas se deparou com uma profunda crise social, que gerou conflitos entre o povo e a aristocracia. Essa crise social provocou o surgimento dos legisladores e dos tiranos.

3) Legisladores

a) Drácon: Elaborou as leis escritas

b)Sólon: aboliu a escravidão por dívida, dividiu a sociedade ateniense em quatro classes seguindo o critério de riqueza, criou a Eclésia (Assembléia Popular) e a Bulé (Conselho dos 400)

O fracasso das realizações de Sólon provocou revoltas populares, favorecendo a subida ao poder dos tiranos.

4) Tirania:

a) Pisístrato: Reforma Agrária, investiu na construção de obras públicas gerando empregos em Atenas.

b) Hipargo

c) Hípias.

5) Democracia:

Clístenes implantou a democracia em Atenas. Na democracia ateniense participavam somente os cidadãos, marginalizando os estrangeiros (metecos), as mulheres e os escravos. Para proteger a democracia, Clístenes criou o ostracismo, exílio de Atenas por dez anos. A democracia grega atingiu o seu apogeu no século V, no governo de Péricles.



Período Clássico (500ª.C -338 a.C)


1)Guerras Médicas (500 a.C-479 a.C)

Causa: O choque entre o imperialismo persa e o imperialismo grego.

Causa imediata: A invasão dos persas nas cidades gregas na Ásia Menor.

Principais batalhas: Maratona, Salamina, Termópilas, Platéia.

Vitória: gregos

Conseqüência: Os gregos dominaram o mar Egeu, e viveram um momento de apogeu econômico, político e cultural.


2)Formação da Liga de Delos: Em 477 a.C, Atenas reuniu as cidades gregas da Ásia Menor e as da Ilha do Egeu numa aliança marítima conhecida como Liga de Delos. A liderança dessa liga tornou Atenas na cidade mais poderosa da Grécia. No governo de Péricles, Atenas atingiu o seu apogeu, e em virtude das realizações de Péricles, essa fase política ficou conhecido como o “século de Péricles” ou “século de Ouro”

Realizações de Péricles:

Investiu em obras públicas ( construção do Parthenon), criação de uma remuneração para que os homens pobres participassem da administração pública (mistoforia), desenvolvimento cultural.


3) Formação da Ligas do Peloponeso: Esparta uniu-se as cidades gregas que se opunham ao imperialismo de Atenas e formou a Liga do Peloponeso.

4) Guerra do Peloponeso (431 a. C- 404 a.C)

Causa: disputa pela supremacia na Grécia entre a Liga de Delos e a Liga do Peloponeso

Vitória: Esparta.

Conseqüência: Domínio de Tebas, fragilidade da Grécia, invasão dos macedônios.
Período Helenístico

As guerras fragilizaram os gregos favorecendo a invasão dos macedônios. Felipe II, rei dos macedônios desenvolveu uma política expansionista e militarista.Os macedônios venceram os gregos na Batalha de Queróneia. (338 a.C). Após a morte de Felipe II, o poder passou a seu filho Alexandre, O Grande, que consolidou o domínio dos macedônios sobre a Grécia.

Alexandre difundiu a cultura grega no Oriente. A fusão da cultura grega e da cultura oriental deu origem a cultura conhecida como helenismo ou helenística.