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sábado, 19 de março de 2011

A FINICIA, A PALESTINA-HEBREUS E OS PERSAS

Fenícia
Localiza-se em uma estreita faixa de terra situada entre o Mar Mediterrâneo e as montanhas do Líbano (proximidades do que hoje é o Líbano), na Ásia. O solo, recortado por pequenos riachos não era propício á agricultura e á criação de gado, então o comércio marítimo e a pirataria, tornou-se a principal atividade econômica. Essa expansão marítima foi favorecida por alguns fatores que foram: situação geográfica favorecida pela proximidade com o Egito, com a ilha de Creta e das rotas que uniam a Mesopotâmia com o Mediterrâneo, bosques de cedro que cobriam as montanhas do Líbano proporcionavam a madeira necessária para a fabricação dos navios, relativa facilidade que o Mar Mediterrâneo oferecia á navegação rudimentar da época, pobreza do solo e aumento da população. Os Fenícios fundaram em diversas regiões: concessões (estabelecimentos localizados em países civilizados e aliados, onde se depositavam os produtos Fenícios), feitorias (estabelecimentos destinados ao comércio com os povos mais atrasados) e colônias (fundadas por famílias fenícias que nelas se estabeleciam definitivamente. A mais importante foi Cartago, no norte da África, que se tornou um grande centro comercial).
O Politeísmo fenício era a forma de religião utilizada e se caracterizada por um culto popular e por um oficial e pelos sacrifícios humanos. Cada cidade tinha seus deuses. A organização social,as classes, eram constituídas de grandes mercadores, pequenos comerciantes, um princípio de indústria familiar e dos escravos.
A organização política era meio tumultuada, exercida por ricos comerciantes e dos “industriais”, em algumas cidades. Em outras, em certas épocas, eram governadas por reis, mas não absolutos, como eram em outros povos.
Importante mencionar como contribuição o Alfabeto Fenício, baseado nos sinais do alfabeto egípcio e que foi simplificado para facilitar a contabilidade mercantil, apesar dele não ter sinais para representar as vogais, ele serviu de base para os alfabetos gregos, aramaico, latino e russo. As principais cidades- Estado são: Tiro, Biblos, Sídon, Ugarit, Arad e Beirute.

Pérsia (ou Medos)
Os Medos não deixaram fontes escritas, razão pela qual a sua língua e as suas estruturas sociais, econômicas e políticas são desconhecidas. O que se sabe deles deriva do registro bíblico, de textos assírios e também dos historiadores gregos, clássicos. As informações disponíveis acerca dos Medos são, por vezes, contraditórias. Heródoto, por exemplo, não faz diferença entre os Medos e os Persas, chamando as guerras entre gregos e persas de Guerras Médicas, como se os dois povos fossem apenas um.
Por tanto, para as nossas aulas, vamos considerá-los assim: os Medos como antepassados dos Persas, que quando se constituiram em civilização, chamaram-se  persas por causa do nome de sua localização geográfica,a Pérsia, por tanto, os persas são um povo que habita a Pérsia, no território correspondente à atual República do Irã, na Ásia.
Localizam-se entre a Mesopotâmia,o Golfo pérsico e o Oceano Índico, a Índia e o Turquestão, na Ásia Central. Os persas existem como um pequeno povo de nação distintas desde a antigüidade. Assim formam um grupo étnico que descende dos Arianos (por tanto anteriores aos Medos), um povo indo-europeu que migrou para a região da Pérsia a partir da Ásia Central, no inicío do primeiro milênio a.C. O governo era composto de um rei absoluto, (pois a organização política era de Monarquia Absoluta), os Sátrapas (eram  representantes do rei com poderes para recrutar soldados, praticar justiça,cobrar impostos e realizar obras públicas), o General (comandava as tropas de ocupação e seu poder era igual ao dos sátrapas), o Secretário Real (delegado pessoal do rei junto aos Sátrapas) e os Inspetores Reais (fiscalizavam os Sátrapas,eram “os olhos e os ouvidos do rei”).
A sociedade era dividida entre nobres, sacerdotes e camponeses. A economia era baseada na agricultura, mas eles tinham comércio por terra e por mar. A religião chamava-se Masdeísmo ou Zoroastrismo. A concepção básica da religião era dualista (bem X mal = Ormuz (Bem) e Arimã (o Mal)), acreditava na imortalidade da alma, no juízo final e a vinda de um Messias.
Dos reis da Fenícia,o mais importante foi Dario I, o Grande (521 a.C até 485 a.C) foi notável  administrador e guerreiro. Foi ele quem combateu os gregos (Guerras Médicas) e realizou grandes obras administrativas: pacificou e reorganizou o Império, dividindo-o em satrapias (“cidades”) para facilitar a administração; cunhou moedas de ouro e prata chamadas dáricas, pra facilitar o comércio interno;. Construiu estradas que ligavam as satrapias as cidades-Estado onde residia periodicamente o soberano e aperfeiçoou o sistema de correios.
As causas da reína do Império Persa foram várias:  a impossibilidade de arranjar um sucessor que conseguisse manter o Império tal como Dario I o mantinha; as intrigas palacianas, crises entre as satrapias e a grande extensão do Império (difícil de administrar e manter e as guerras contínuas).
Xerxes, o “rei-deus”, foi derrotado ao tentar conquistar a Grécia (Filme 300), Essa derrota, somada às rebeliões dos povos dominados e às disputas pelo poder, enfraqueceram o Império Persa, sob o domínio de Dário III, que foi conquistado por Alexandre III (Alexandre, o Grande) da Macedônia em 330 a.C.

Hebreus(israelitas)


Qual a origem e significado do termo “hebreu”?

Esse nome vem da raiz ‘a-vár’, que significa “passar, transitar, atravessar, cruzar”. Esse nome denota viadantes, aqueles que ‘passam adiante’. Isto porque os israelitas por um tempo realmente levaram uma vida nômade.

Os hebreus tiveram uma história de migração, lutas, fugas e cativeiros, mas procuravam e conseguiram preservar sua cultura.

A civilização hebraica, formada por pastores nômades viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia. Conduzidos por Abraão, partiram de Ur e se estabeleceram na Palestina. No meio do seu território havia o rio Jordão, que fazia da região a área mais fértil e favorável para a agricultura. Eles chegaram a Palestina por volta de 2.000 a. C., esse território era conhecido como terra de Canaã.

Você encontrará um registro completo sobre a vida dos hebreus na Bíblia. Lá estão registrados toda sua peregrinação, sua moral, costumes, leis e história religiosa. Eles deixaram como herança o monoteísmo,a crença em um único Deus verdadeiro.

Podemos dividir a história dos hebreus em 3 etapas: governo dos patriarcas, governo dos juízes e governo dos reis.

Então, vamos começar??!!

GOVERNO OU ERA DOS PATRIARCAS


Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líderes políticos, que eram encarados como o “pai” da comunidade.

O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, segundo o antigo testamento. Abraão era mesopotâmico, originário de Ur, da Caldéia.

Abraão conduziu os hebreus de Ur, rumo a Palestina( terra prometida). Chegaram por volta de 2000 a. C., viveram na Palestina por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles saíram de Ur em direção a terra Prometida confiando na promessa de seu único Deus Jeová de levá-los a uma terra que mana ‘leite e mel’.

 Depois de Abraão, a liderança foi passando de pai para filho. De Abraão foi para Isaque e depois para Jacó. Este último, teve um destaque interessante, pois Jacó teve seu nome mudado para Israel e teve doze filhos, que deram origem as doze tribos de Israel.

Mas tiveram tempos complicados. Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por mais de 400 anos. Eram perseguidos e escravizados pelos faraós.

Somente a idéia de libertação consolou um povo abatido e escravizado. Essa idéia veio por meio de Moisés. Os hebreus liderados por ele , fugiram do Egito. Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo, do relato bíblico algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus , Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no deserto e por fim retornaram à palestina.

Durante a perambulação , Moisés não chegou a entrar na Palestina, por isso quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor de Moisés. Mas para reapossarem a Palestina, os hebreus tiveram que travar intensas lutas com os cananeus e posteriormente com os filisteus, povos que ocuparam a região. Foram quase 2 séculos de lutas e nesse período os hebreus foram governados pelos juízes.

E assim passamos para a segunda era hebraica.

GOVERNO OU ERA DOS JUÍZES


Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes militares, indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina ( chamada  também de Canaã) até o início da monarquia.

Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por sua monstruosa força.

GOVERNO OU ERA DOS REIS( MONARQUIA)


Os filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam pelo completo controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força para enfrentar os adversários.

O primeiro rei hebreu foi:Saul, da tribo de Benjamim. Ele , porém não teve sucesso em enfrentar os inimigos e , em batalha ao ver que não conseguiria derrotar seus adversários, ele e seu escudeiro se suicidam.

Já no século XI a. C.,Davi , sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência  nos combates militares. Venceu os inimigos, tornou a nação hebraica forte e estabilizada. Tinham um exército brilhante e Jerusalém se tornou a capital. Davi conseguiu o grande feito de expandir os domínios do reino.

Seu filho , Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Se tornou rei muito jovem, segundo a Bíblia, sua primeira esposa foi a filha de faraó, mas depois dela chegou a ter 700 esposas e 300 concubinas. Ampliou a participação no comércio, construiu várias obras públicas, como o famoso templo de Jerusalém, dedicado a Jeová. Os exageros iam da economia à cultura.

Mas haviam altos impostos e os camponeses trabalhavam muito nas construções. Isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se dividindo. Criando o  reino de Israel e o reino de Judá. Com as capitais em Samaria e Jerusalém , respectivamente.

O reino , com isso o reino ficou vulnerável e logo foi levado ao cativeiro pelos babilônios. Estes saquearam o templo em Jerusalém e destruíram tudo. O cativeiro iniciou-se em 587 a. C. e durou até 538 a.C.. depois houve o retorno a Palestina e o início da reconstrução das muralhas da cidade , do templo e da própria cidade.

Mais tarde, foram conquistados novamente pelos greco-macedônios e pelos romanos.

Em 70 d.C. Tito, general romano, destruiu Jerusalém e os hebreus abandonaram a Palestina. Esse abandono é chamado de Diáspora.

Somente em 1948 foi fundado novamente o Estado de Israel, junto com conflitos com árabes e de outras nacionalidades. Mas somente nos anos 90 , foi que surgiram acordos, mas não com paz completa.

SOCIEDADE HEBRAICA


A maioria eram camponeses, pastores e escravos. Pagavam altos impostos ou então serviam em vários trabalhos como o serviço militar. Acima dessa classe tem os burocratas e comerciantes. No topo estavam os grandes fazendeiros, sacerdotes, funcionários públicos e a família real.

Como mostra a pirâmide abaixo:


ECONOMIA


Na maior parte do tempo a economia era baseada na agricultura e na criação de ovelhas e cabras. Somente a partir do reinado de Salomão é que os hebreus desenvolveram mais o comércio. Daí começaram a buscar o individualismo, o lucro. Infelizmente isso resultou na desigualdade social.

CULTURA


Os hititas, habitantes da Ásia, os ensinavam a usar o ferro. Os araneus da Síria, os influenciaram na língua e na escrita, usando o aramaico.

Mas a religião era a base da cultura. O monoteísmo – crença em um só deus- acabou, fundando o cristianismo e o islamismo. Os hebreus tinham Jeová ou Iavé, como único Deus. Acreditavam que Jeová enviaria o messias e que libertaria o povo. Comemoravam a Páscoa, que na verdade representava a saída dos hebreus do Egito( êxodo) além do pentecostes, que era o derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos. Guardavam também o sábado, resguardando-se de qualquer atividade.

Na literatura, destaca-se a Bíblia que é dividida por eles em:
  • livros históricos: que descrevem a própria história deles, desde Josué até a conquista e dominação Persa. São estes os livros de: Josué,Juízes, Samuel.
  • Livros proféticos: são livros proféticos de acontecimentos futuros. Entre eles estão os livros de : Isaías, Daniel, Ezequiel e Amós.
  • Livros didáticos: são os que ensinam princípios religiosos, morais e sociais. Entre eles tem-se os livros de :Jó,  Salmos, Provérbios e o cântico de Salomão também chamado de Cântico dos cânticos.
Os hebreus nos influenciam muito em sentido religioso e literário, mas foram vagarosos no desenvolvimento científico. Na arquitetura destaca-se o Templo em Jerusalém, dedicado a Jeová, construído por Salomão.

ADMINISTRAÇÃO COLONIAL DO BRASIL

A coroa portuguesa reconheceu que não possuía recursos para administrar o Brasil devido à crise que enfrentava e estabelece o sistema de capitanias hereditárias, uma divisão de lotes do Brasil, doados para capitães donatários que ficariam responsáveis pelo controle e desenvolvimento das terras recebidas, e para não perdê-las, deveriam investir em sua colonização. Portanto, as capitanias foram doadas somente àqueles que possuíssem condições financeiras para custear a empresa da colonização.
Das 15 capitanias originais, apenas a Capitania de Pernambuco e Capitania de São Vicente prosperaram. Este fato pode ser entendido quando se observa que as terras brasileiras estavam a pelo menos dois meses de viagem de Portugal. Além disso, as notícias das novas terras não eram muito animadoras: na viagem , além de monstros que habitavam o oceano, tempestades eram freqüentes; nas novas terras, florestas gigantescas e impenetráveis, povos antropófagos e nenhuma riqueza mineral ainda descoberta.
Em 1536, o donatário da Capitania da Bahia, Francisco Pereira Coutinho, fundou o Arraial do Pereira, em Salvador, já encontrando, porém, Diogo Álvares, o Caramuru, com sua esposa, Catarina Paraguaçu, e muitos filhos. Dizia-se desses mamelucos que não faziam inveja às mulheres da Rua Nova de Lisboa ( a rua mais chique de Portugal).
Por suas arbitrariedades, Pereira Coutinho terminou afugentado pelos índios, indo refugiar-se, na companhia de Diogo Álvares, em Porto Seguro. Quando retornou, porém, encontrou uma forte tormenta na Baía de Todos os Santos, o que levou seu navio parar na Ilha de Itaparica. Lá, ele foi feito prisioneiro dos índios, que o retalharam e comeram em ritual antropofágico. Quanto a Diogo Álvares, talvez pela sua própria fama e respeitabilidade na região, foi liberado.
Em 1549, a 29 de Março, após o fracasso do projeto de capitanias hereditárias, chegou a expedição de Tomé de Sousa, com ordens de El-Rei Dom João III para fundar a Cidade do São Salvador, na antiga Capitania da Bahia. Desse modo, surge o Governo Geral que visava a centralizar a administração colonial, subordinando as capitanias a um governador-geral que controlasse e tornasse mais rápido o processo de colonização do Brasil. Diante disso, elaborou-se em 1548 o Regimento do Governador-Geral no Brasil, que regulamentava o trabalho do governador e de seus principais auxiliares - o ouvidor-mor (Justiça), o provedor-mor (Fazenda) e o capitão-mor (Defesa). Ao chegar, encontrou Tomé de Sousa o antigo Arraial do Pereira com seus moradores, cujo nome logo mudaram para Vila Velha, e, ainda, Diogo Álvares e Catarina Paraguaçu, que moravam ao redor da capela que invocava Nossa Senhora das Graças como padroeira (onde hoje é o bairro da Graça, em Salvador). Conta-se que o próprio Tomé de Sousa, então Governador-Geral do Brasil, ajudou a construir as casas e a carregar pedras e madeiras para construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, uma das primeiras do Brasil.
A economia da colônia, iniciada com o puro extrativismo de pau-brasil e o escambo entre os colonos e os índios, gradualmente passou à produção local, com os cultivos da cana-de-açúcar e do cacau. Dentro desse contexto, é possível analisar que o engenho de açúcar, unidade de produção do mundo açucareiro constituiu a peça principal do mercantilismo de plantagem que Portugal desenvolveu na colonização brasileira. Além disso, a grande propriedade que foi denominada de latifúndio (grande propriedade, com utilização de muita mão de obra, técnicas precárias e baixa produtividade) e a mão de obra escrava foram características marcantes deste processo econômico. O nordeste brasileiro, além dessas atividades, também observou nesse período o florescimento da pecuária, importante na interiorização, pois devido às fazendas de açúcar não era permitido utilizar o litoral para essa prática. A conquista do sertão, povoado por diversos grupos indígenas se deu lentamente por meio da pecuária ao longo dos vales dos rios e pelas expedições décadas mais tarde dos Bandeirantes.
No final do século XVIII, com a descoberta de veios de mineração de ouro, gemas e diamante em Minas Gerais, Goiás e no Mato Grosso, desloca-se o eixo econômico e político para o centro-sul do país e o Rio de Janeiro torna-se a nova capital. Ademais, o ciclo do ouro permitiu a criação de um mercado interno onde Minas Gerais contava com o fornecimento de produtos de quase todas as regiões brasileiras.

Fonte: Wikipédia 


Bandeiras e Jesuítas
A expansão territorial do Brasil deveu-se em especial às bandeiras montadas pelos paulistas, nos séculos XVII e XVIII. A Capitania de São Vicente vivia isolada do pólo açucareiro nordestino e sua economia de subsistência não assegurava o enraizamento da população pobre.

As bandeiras de apresamento predominaram na 1ª metade do século XVII. Os holandeses conquistaram a África ocidental portuguesa e embargaram o tráfico negreiro para a Bahia.

Por isso, grandes bandeiras se dirigiram ao Sul e atacaram as missões jesuíticas, capturando os índios, para depois vendê-los. Nas missões, os jesuítas se utilizavam dos índios catequisados como mão-de-obra nas atividades pecuárias, extrativistas,etc. A Companhia de Jesus policiava a sociedade e combatia a expansão do Protestantismo. Os ataques paulistas os expulsaram do sul.

As bandeiras de prospecção foram montadas sobretudo na metade final do século XVII e visavam à descoberta de metais preciosos. Com efeito, na última década foi descoberto ouro nas Serras Gerais. A interiorização do povoamento deu origem, então, às capitanias de Minas, Mato Grosso e Goiás.

E as bandeiras de contrato visavam à destruição de Qui-lombos. Nesse campo, destacou-se Domingos Jorge Velho na luta contra Zumbi dos Palmares.

Invasões Estrangeiras e Novas Fronteiras

Entre 1580 e 1640, o Brasil esteve sob domínio da União Ibérica. Morto D. Sebastião, em Alcácer Quibir (África), seu primo espanhol, D. Felipe II de Habsburgo, assumiu o trono. A Espanha lutava com ingleses, franceses e holandeses pelo domínio da Europa. Por isso, o Brasil tornou-se alvo daquelas nações.

As Invasões Holandesas foram as mais importantes. Os navios da Companhia das Índias Ocidentais (WIC) atacaram a Bahia (1624), e Pernambuco (1630). Seu objetivo: restaurar o comércio do açúcar com a Holanda, proibido pelos espanhóis.
Ao Nordeste Holandês foi enviado o Príncipe Maurício de Nassau, com sua política de reconstrução dos engenhos danificados pelas lutas. A Restauração Portuguesa de 1640 quebrou o domínio espanhol e a Guerra de Independência da Holanda prosseguiu. Nassau foi substituído. A política holandesa de arrocho provocou a Insurreição Pernambucana de 1645. E os holandeses foram expulsos em 1654, após as Batalhas de Guararapes.

A principal consequência da Guerra do Açúcar foi o declínio da economia canavieira. Os holandeses foram produzir nas Antilhas. Mas a pecuária havia ocupado os sertões nordestinos e os fortes construídos na costa norte haviam gerado povoamento. Esta Expansão Oficial (militar) levou à criação, em 1621, do Estado do Maranhão, a Amazônia separada do Brasil.

O Século do Ouro

A mineração viabilizou o início do povoamento do interior da Colônia. Com baixos investimentos iniciais foi possível montar as primeiras faiscações (pequenas propriedades) de ouro. Depois viriam as grandes lavras de ouro e as Casas de Fundição, subordinadas às Intendências das Minas. A estas cabia a arrecadação de impostos, como, principalmente, o quinto e a capitação.

O Brasil passou por sensíveis transformações em função da mineração. Um novo pólo econômico cresceu no Sudeste, rela-ções comerciais inter-regionais se desenvolveram, criando um mercado interno e fazendo surgir uma vida social essencialmente urbana. A camada média, composta por padres, burocratas, artesãos, militares, mascates e faisqueiros, ocupou espaço na sociedade. Contraposta à sociedade açucareira, a mineradora apresentou maior mobilidade social com o crescimento do trabalho livre.

No plano político, o início da mineração acompanhou o sentimento nativista expresso na Revolta de Vila Rica, em 1720, liderada por Felipe dos Santos. No apogeu do ouro, Portugal viveu a Era Pombalina (1750-77). O Marquês de Pombal, ministro do déspota esclarecido D. José, expulsou os jesuítas do Reino, eliminou as Capitanias Hereditárias e mudou a capital para o Rio de Janeiro (1763). O declínio do ouro acompanhou a explosão da arte barroca mineira e as conspirações pela Independência.

sexta-feira, 18 de março de 2011

AS IDEIAS POLÍTICAS E O MOVIMENTO OPERÁRIO NO SÉC. XIX

O cartismo caracteriza-se como um movimento social inglês que se iniciou na década de 30 do século XIX. Inicialmente fundou-se na luta pela inclusão política da classe operária, representada pela associação Geral dos Operários de Londres (London Working Men's Association). Teve como principal base a carta escrita pelos radicais William Lovett e Feargus O'Connor intitulada Carta do Povo, e enviada ao Parlamento Inglês.
Naquele documento percebem-se as seguintes exigências:
  • Sufrágio universal masculino(o direito de todos os homens ao voto);
  • Voto secreto através da cédula;
  • Eleição anual;
  • Igualdade entre os direitos eleitorais;
  • Participação de representantes da classe operária no parlamento;
  • E que os parlamentos fossem remunerados.
Inicialmente as exigências não foram aceitas pelo Parlamento e um movimento rebelde teve início, através de comícios, abaixo-assinados e manifestações. Gradualmente as propostas da carta foram sendo incorporadas e o movimento foi-se enfraquecendo até sua desintegração.
É preciso ter em mente, no entanto, que o programa democrático radical do Cartismo não foi aceito pelos governantes e, num certo sentido, pode-se dizer que ele foi politicamente derrotado. Mas, apesar disso, os cartistas conseguiram mudanças efetivas, tais como a primeira lei de proteção ao trabalho infantil (1833), a lei de imprensa (1836), a reforma do Código Penal (1837), a regulamentação do trabalho feminino e infantil, a lei de supressão dos direitos sobre os cereais, a lei permitindo as associações políticas e a lei da jornada de trabalho de 10 horas.
No final da década de 1860 as reivindicações pleitadas pelo cartismo acabariam sendo incorporadas à legislação inglesa.

O Ludismo é o nome do movimento contrário à mecanização do trabalho trazida pela Revolução Industrial. Adaptado aos dias de hoje, o termo ludita (do inglês luddite) identifica toda pessoa que se opõe à industrialização intensa ou a novas tecnologias, geralmente vinculadas ao movimento anarcoprimitivista.
As reclamações contra as máquinas e a sua substituição em relação à mão-de-obra humana, já eram normais. Mas foi em 1811, na Inglaterra, que o movimento estourou, ganhando uma dimensão significativa.
O nome deriva de Ned Ludd, personagem criada a fim de disseminar o ideal do movimento operário entre os trabalhadores. Os luditas chamaram muita atenção pelos seus atos. Invadiram fábricas e destruíram máquinas, que, segundo os luditas, por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada de trabalho. Os luditas ficaram lembrados como "os quebradores de máquinas".

Como aconteceu

O Movimento Ludista teve o seu momento culminante no assalto noturno à manufatura de William Cartwright, no condado de York, em Abril de 1812. No ano seguinte, na mesma cidade, teve lugar o maior processo contra os ludistas: dos 64 acusados de terem atentado contra a manufatura de Cartwright, 13 foram condenados à morte e 2 a deportação para as colônias. Apesar da dureza das penas, o certo é que o movimento ludista não amainou, dado que os operários viviam em péssimas condições.

 Repressão e declínio

O Ludismo enquanto prática de destruição de máquinas passou a ser cada vez mais hostilizado pelo patronato que recorreram aos parlamentos, visando a criação de leis mais severas para punir os envolvidos em revoltas. O Reino Unido que já possuía em sua legislação uma lei datada de 1721 que definia o exílio como pena máxima para a destruição de máquinas, em 1912 como resultado da oposição contínua a mecanização adotou o Frame-Breaking Act definindo a pena de morte para casos de destruição de máquinas.
A perseguição aos luddistas tornou-se implacável, com centenas de pessoas sendo presas e torturadas, dezenas de executados, conseguiu reduzir o movimento através do medo entre as camadas populares. Ao mesmo tempo a generalização do modo de produção industrial e a criação das primeiras trade unions (sindicatos) tornaram-se outros limitantes para o alcance e as possibilidades das revoltas luddistas, fazendo com que o ludismo entrasse em declínio em meados do século XIX.

 Repercussão no Mundo

O ludismo não foi um fenômeno exclusivamente inglês, tendo-se registrado movimentos semelhantes na Bélgica, na Renânia, na Suíça e na Silésia.

Canção Ludista

"E noite trás noite, quando tudo está tranquilo
e a lua se esconde por detrás da colina
Nós marchamos para executar a nossa vontade
Com acha, lança ou fuzil
Oh meus valentes cortadores
Os que com um só forte golpe
rompem com as máquinas cortadeiras
O grande Enoch dirigirá a nossa vanguarda
Quem se atreverá a detê-lo?
Adiante sempre todos homens valentes
Com acha, lança e fuzil
Oh meus valentes cortadores..."

Outra Canção Ludista

"Brave ludits we are, for the breaking we come!"
"God save Ned Lud!"
"Machines to hell, we want our dignity!"
"Breaking is good, join us and save Europe!"
"Break! Break! Break or die working!"
"Monsters of industrialism, we want you broken!"
"Machines to the ground!"
"Crash! Crash! Bang! Bang! The sound of freedom these are!"
"Break one, break two, break three, break all! All!"

 Tradução

"Bravos ludistas somos, para a quebra nós vamos!"
"Deus salve o Ned Lud!"
"Máquinas para o inferno, queremos a nossa dignidade!"
"Quebrar é bom, junte-se a nós e salve a Europa!"
"Quebre! Quebre ou morra trabalhando!"
"Monstros do industrialismo, queremos vocês quebrados!"
"Máquinas para o chão!"
"Bater! Bater! Bang Bang! esses são o som da liberdade!"
"Quebra um, Quebra dois, Quebra três quebra tudo! Tudo!"

Socialismo Utópico

O pensamento socialista foi primeiramente formulado por Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858). O socialismo defendido por estes autores foi, mais tarde, denominado de socialismo utópico por seus opositores marxistas (os quais, por oposição, se autodenominavam socialistas "científicos"), e vem do fato de seus teóricos exporem os princípios de uma sociedade ideal sem indicar os meios para alcançá-la. O nome vem da obra Utopia (livro) de Thomas More (1478-1535).
Desde o século XVI, autores como Thomas Morus ( livro, "Utopia" em 1516 ) e Tommaso Campanella (1568-1639) imaginavam uma sociedade de iguais. Na França do século XVIII, o revolucionário Gracchus Babeuf (1760-1797) escreve o Manifesto dos iguais que coloca o abismo que separa a igualdade formal da tríade “liberdade, igualdade, fraternidade” e a desigualdade real.
No século XIX, com as condições econômicas e o capitalismo se desenvolvendo desde a revolução industrial, as cidades incham de proletários com baixos salários. As críticas ao liberalismo resultam da constatação de que a livre concorrência não trouxe o equilíbrio prometido e, ao contrário, instaurou uma ordem injusta e imoral.
As novas teorias exigem então a igualdade real e não apenas a ideal. Em 1864 é fundada em Londres a Associação Internacional dos Trabalhadores, mais tarde conhecida como Primeira Internacional (face à segunda, terceira e quarta, constituídas posteriormente), visando a luta para emancipação do proletariado. Esta união de grupos operários de vários países europeus teve em Marx seu principal inspirador e porta-voz, tendo este lhe dedicado boa parte do seu tempo. Na França, o pensamento socialista teve como porta-vozes Saint-Simon, Fourier e Proudhon.
Os diversos teóricos do socialismo têm idéias diferentes e propõem soluções diversas, mas é possível reconhecer traços comuns:
  • Tentam reformar a sociedade através da boa vontade e participação de todos.
  • Todas as tentativas não vão além de uma tendência fortemente filantrópica e paternalista: melhoria de alojamentos e higiene, construção de escolas, aumento de salários, redução de horas de trabalho.
Saint-Simon pensa uma sociedade industrial dirigida por produtores (classe operária, empresários, sábios, artistas e banqueiros). Fourier tenta organizar os Falanstérios (pequena unidade social abrangendo entre 1.200 e 5.000 pessoas vivendo em comunidade). Proudhon teve plena consciência do antagonismo entre as classes, afirmava que a propriedade privada significava uma espoliação do trabalho. Ele preconizava a igualdade e a liberdade, que para ele era sinônimo de solidariedade, pois o homem mais livre é aquele que encontra no outro uma relação de semelhantes.
Socialismo utópico. Derivado da palavra Utopia, cunhada por Tomas Morus, a derivação utópico pode ser entendida como lugar que não existe, imaginário. Os primeiros socialistas que propuseram a construção de uma sociedade igualitária foram posteriormente definidos como utópicos, pelo principal teórico do socialismo cientifico Karl Marx. Os utópicos acreditavam que a implantação do sistema socialista ocorreria de forma lenta e gradual, estruturada no pacifismo, inclusive na boa vontade da própria burguesia. Os principais pensadores do socialismo utópico foram Charles Fourier, Saint Simon, Robert Owen. Este último, “chegou a pôr em prática seu ideal socialista. Na sua fábrica de New Lamarck, reduziu a jornada de trabalho, aumentou os salários e mandou construir casas paras as famílias operárias.”

O Socialismo Científico ou Marxista


Reagindo contra as ideias espiritualistas, românticas, superficiais e ingênuas dos utópicos, Karl Marx (1818 - 1883) e Friedrich Engels (1820 - 1895) desenvolveram a teoria socialista, partindo da análise crítica e científica do próprio capitalismo. Ao contrário dos utópicos, Marx e Engels não se preocuparam em pensar como seria uma sociedade ideal. Preocuparam-se, em primeiro lugar, em compreender a dinâmica do capitalismo e para tal estudaram a fundo suas origens, a acumulação prévia de capital, a consolidação da produção capitalista e, mais importante , suas contradições. Perceberam que o capitalismo seria, inevitavelmente, superado e destruído. E, para eles, isso ocorreria na medida em que, na sua dinâmica evolutiva, o capitalismo, necessariamente, geraria os elementos que acabariam por destruí-lo e que determinariam sua superação. Entenderam, ainda, que a classe trabalhadora agora completamente expropriada dos meios de subsistência, ao desenvolver sua consciência histórica e entender-se como uma classe revolucionária, teria um papel decisivo na destruição da ordem capitalista e burguesa.
Marx e Engels afirmaram, também, que o Socialismo seria apenas uma etapa intermediária, porém, necessária, para se alcançar a sociedade comunista. Esta representaria o momento máximo da evolução histórica do hom, momento em que a sociedade já não mais estaria dividida em classes, não haveria a propriedade privada e o Estado, entendido como um instrumento da classe dominante, um vez que no comunismo não existiriam classes sociais. Chegar-se-ai portanto, à mais completa igualdade entre os homens. Para eles isso não era um sonho, mas, uma realidade concreta e inevitável. Para se alcançar tais objetivos o primeiro passo seria a organização da classe trabalhadora.
A teoria marxista, expressa em dezenas de obras, foi claramente apresentada no pequeno livro publicado em 1848, O Manifesto Comunista. Posteriormente, a partir de 1867, foi publicada a obra básica para o entendimento do pensamento marxista: O Capital, de autoria de Marx. Os demais volumes, graças ao esforço de Engels, foram publicados após a morte de Marx.
Os princípios básicos que fundamentam o socialismo marxista podem ser sintetizados em quatro teorias centrais: a teoria da mais-valia, onde se demonstra a maneira pela qual o trabalhador é explorado na produção capitalista; a teoria do materialismo histórico, onde se evidencia que os acontecimentos históricos são determinados pelas condições materiais (econômicas) da sociedade; a teoria da luta de classes, onde se afirma que a história da sociedade humana é a história da luta de classes, ou do conflito permanente entre exploradores e explorados; a teoria do materialismo dialético, onde se pode perceber o método utilizado por Marx e Engels para compreender a dinâmica das transformações históricas. Assim como, por exemplo, a morte é a negação da vida e está contida na própria vida, toda formação social (escravismo, feudalismo, capitalismo) encerra em si os germes de sua própria destruição.

O socialismo cristão

O socialismo cristão é um movimento político que defende simultaneamente ideais cristãos e socialistas. Os millitantes deste movimento advogam que o socialismo e o cristianismo estão ambos interligados e são compatíveis um com o outro. Este movimento tinha a intenção de harmonizar (trabalhador e patrão) em uma sociedade mais justa e pode incluir também na sua ideologia a Teologia da Libertação.
O socialismo de matriz cristã, comumente denominado pelos católicos de Movimento Social Cristão ou Movimento Cristão Social, teve o seu início em meados do Século XIX, nas obras de vários doutrinários cristãos (ex: Henri de Saint Simon, Lamennais, Albert de Mun, Frederick Denison Maurice, Charles Kingsley, Thomas Hughes, Frederick James Furnivall, Adin Ballou e Francis Bellamy). Estes escritores propunham um socialismo novo, baseado nos ideais do cristianismo, oposto à luta de classes e ao ateísmo, mas preocupado com as reivindicações das classes pobres e trabalhadoras, propondo um governo mais justo e uma sociedade mais equilibrada. Este novo socialismo, afastado do materialismo marxista, defende as organizações sindicais, as lutas dos trabalhadores em prol de melhores condições de trabalho e de vida e a justiça social.
O socialismo cristão desenvolveu-se, mais tarde nos círculos católicos, comou um ramo ou variante progressista da catolicismo social no qual o socialismo cristão ganhou muita força após a encíclica "Rerum Novarum" do Papa Leão XIII (1891), que em oposição ao socialismo de Proudhon e, mais tarde, ao marxismo ou socialismo científico, mas opondo-se também e de igual modo ao capitalismo, o catolicismo social recusa a luta de classes, promove a colaboração entre patrões e trabalhadores e prega a aplicação da doutrina católica e a intervenção do Estado para corrigir os males criados pela industrialização, criando uma maior justiça social e uma distribuição mais equitativa da riqueza produzida e pretendia assim constituir uma resposta cristã para a questão social alternativa à corrente dominante da Associação Internacional dos Trabalhadores (depois Internacional Socialista).
Na encíclica Rerum Novarum, o Papa reconhece a gravidade das questões sociais provocadas pelo capitalismo, pelo que só os valores cristãos poderiam corrigir esses males sociais. Mas, ao mesmo tempo, ele colocou-se contra quaisquer alternativas igualitárias, revolucionárias, ao afirmar que "a teoria socialista da propriedade colectiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles membros a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos, como desnaturando as funções do Estado e perturbando a tranquilidade pública." (Rerum Novarum, n. 7) No entender dos teóricos do socialismo cristão, o cristianismo tem em si mesmo valores socializantes, pelo que o capitalismo é reconhecido como contrário aos valores da fé cristã.

Anarquismo

símbolo do anarquismo

Anarquia significa ausência de coerção e não a ausência de ordem. A noção equivocada de que anarquia é sinônimo de caos se popularizou entre o fim do século XIX e o início do século XX, através dos meios de comunicação e de propaganda patronais, mantidos por instituições políticas e religiosas. Nesse período, em razão do grau elevado de organização dos segmentos operários, de fundo libertário, surgiram inúmeras campanhas antianarquistas. Outro equívoco banal é se considerar anarquia como sendo a ausência de laços de solidariedade (indiferença) entre os homens. À ausência de ordem - ideia externa aos princípios anarquistas -, dá-se o nome de "anomia".
Passando da conceituação do Anarquismo à consolidação dos seus ideais, existe uma série de debates em torno da forma mais adequada para se alcançar e se manter uma sociedade anárquica. Eles perpassam a necessidade ou não da existência de uma moral anarquista, de uma plataforma organizacional, questões referentes ao determinismo da natureza humana, modelos educacionais e implicações técnicas, científicas, sociais e políticas da sociedade pós-revolução. Nesse sentido, cada vertente do Anarquismo tem uma linha de compreensão, análise, ação e edificação política específica, embora todas vinculadas pelos ideais-base do Anarquismo. O que realmente varia, segundo os teóricos, são as ênfases operacionais.

Anarco-sindicalismo
bandeira do anarco-sindicalismo
Bandeira que representa o Anarco-Sindicalismo


Anarco-sindicalismo, ou anarcossindicalismo, é uma vertente anarquista que tem como forma de organização transformacional principal o sindicalismo enquanto modo de organização. Os anarco-sindicalistas, ou anarcossindicalistas, acreditam que os sindicatos podem ser utilizados como instrumentos para mudar a sociedade, substituindo o capitalismo e o Estado por uma nova sociedade democraticamente autogerida pelos trabalhadores.
A união da corrente ideológica anarquista com o sindicalismo não se deu desde o princípio e nem de forma harmoniosa e regular. O primeiro contato foi feito com a entrada de Bakunin e seus adeptos na AIT. Tal inserção foi contestada por alguns anarquistas, como Errico Malatesta, que acreditavam que os sindicatos não eram locais propícios para a prática revolucionária uma vez que serviam a interesses meramente econômicos e, portanto, até mesmo retrógrados em relação a uma possível revolução que deveria estar focada na abolição do Estado e de toda exploração dos homens uns sobre os outros, assim com a autogestão da produção.
No entanto, a difusão do pensamento anarquista nas organizações sindicais ganhou significativa força em países como França, Itália e Espanha.
No Brasil do início do século XX, com chegada dos imigrantes europeus, o desenvolvimento de sindicatos de base anarquista foi predominante.O anarcossindicalismo foi a principal base de reivindicações trabalhistas e de grandes greves como foi a greve de 1917.

Origem de tudo – Criacionismo x Evolucionismo

A origem da vida é um assunto que trás consigo DUAS VISÕES: O CRIACIONISMO E O EVOLUCIONISMO, de um lado a CIÊNCIA e do outro a RELIGIÃO. Vejamos os conceitos dessas duas TEORIAS:

CRIACIONISMO: Na visão religiosa a vida é fruto do poder de DEUS, tudo que existe na terra e no universo foi criado segundo a vontade de DEUS. Veja o que diz o livro de Gênesis, primeiro livro do Antigo Testamento, descreve a origem do mundo e do homem. O primeiro capítulo diz: "No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, um vento de Deus pairava sobre as águas. Deus disse: 'Haja luz' e houve luz. Deus viu que a luz era boa, e Deus separou a luz e as trevas. Deus chamou à luz 'dia' e às trevas 'noite'. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia. (...) Deus disse: 'Fervilhem as águas um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, diante do firmamento do céu' e assim se fez. (...) Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher ele os criou."

EVOLUCIONISMO: Os defensores dessa teoria buscam explicar a vida de todos os seres vivos pela evolução a partir de seres mais simples para seres mais complexos, ou seja, de acordo com as mudanças no meio ambiente as espécies mais resistentes sobrevivem. Segundo, o cientista Charles Darwin, esse processo é denominado de SELEÇÃO NATURAL. Para muitos cientistas, no mesmo tempo de Darwin defendiam que a origem do universo teria ocorrido depois de uma GRANDE EXPLOSÃO – O BIG-BANG. Veja o fragmento:

http://pt.shvoong.com/exact-sciences/496537-teoria-da-grande-explos%C3%A3o-big/

Uma das teorias científicas mais aceitas para explicar a origem do universo é a teoria do Big-Bang ou da Grande Explosão. Em 1916 Albert Einstein publicou a teoria da relatividade, onde dizia que o universo estaria se expandindo ou então se contraindo, contrariando a idéia de que o universo seria estático ou inerte, aceito até então. A partir daí, diversas pesquisas foram feitas com a ajuda de telescópios, e os cientistas puderam deduzir que o universo realmente se expandia, porém de modo ordeiro. Para entendermos a idéia do Big-Bang devemos fazer o caminho contrário. Ou seja, se ao invés de o universo se expandir a todo momento, ele fosse contraído. Todo o universo convergiria, até voltarmos a um único ponto de origem, o ponto inicial de matéria. Há uns 15 a 20 bilhões de anos atrás o universo não existia, nem o espaço vazio, nem mesmo o tempo. Tudo o que havia era uma esfera extremamente pequena, do tamanho da ponta de uma agulha. E esse pontinho há cerca de 18 bilhões de anos teria se explodido formando o universo atual. Essa explosão aconteceu numa fração de segundos, inflando o universo numa velocidade muito superior à da luz. Essa explosão causou a expansão do universo, a qual é observada até os dias atuais, o que traz grandes reforços a teoria do Big-Bang. Após o Big-Bang e a partir da matéria proveniente dele, foram se formando as constelações. Os planetas teriam se formado a partir de restos de nuvem cósmica que surgiram após a grande explosão. Mas, apesar de ser uma tendência investir na teoria do Big-Bang, temos de considerar que o argumento que o endossa possa ser um fenômeno regional. Ou seja, essa expansão esteja acontecendo apenas nos limites observáveis do universo, até o alcance do mais potente telescópio, o Hubble. Diante disso existe a possibilidade desse fenômeno não atender todo o universo. Nesse caso, o que até hoje foi observado seria somente um processo de dilatação regional de causa ainda desconhecida.

MITO X HISTÓRIA

O MITO é uma narrativa, uma maneira de falar- de contar a origem de alguma coisa, e, para isso é usado elementos mágicos, fantasioso e assim tentam justificar a existência de todos os seres e coisas.

HISTÓRIA

É o contrario da mitologia, ela precisa de fontes que provem a existência verdadeira.

TER OU SER?
Erich Fromm
 fragmento

No sentido e com o objetivo em mente de abordar e ampliar temas humanísticos de caráter filosófico e holístico vou fazer um resumo de uma obra sobre dois conceitos tão fundamentais que estamos em permanente imersão com eles diariamente. Tais conceitos expressam-se tão simplesmente por TER e SER .

O principal objetivo deste resumo é introduzir a análise de dois modos básicos de estar no mundo : o modo TER e o modo SER. "Somos uma sociedade de gente visivelmente infeliz: sós, ansiosos, deprimidos, destrutivos, dependentes – gente que se alegra quando matou o tempo que tão desesperadamente tentamos poupar.
A nossa experiência social é a maior alguma vez feita no sentido de resolver a questão de se o prazer poderá ou não ser uma resposta satisfatória para o problema da existência humana. Pela primeira vez na História, a satisfação do prazer não constitui apenas o privilégio de uma minoria. Tornou-se acessível a mais de metade da população. Ser egoísta não se relaciona apenas com o meu comportamento mas com o meu caráter. Ou seja : que quero tudo para mim; que me dá prazer possuir e não partilhar; que devo tornar-me ávido, porque, se o meu objetivo é ter, eu sou tanto mais quanto mais tiver; que devo sentir todos os outros como meus adversários: os meus clientes a quem devo iludir, os meus concorrentes a quem devo destruir, os meus trabalhadores que pretendo explorar. Nunca poderei estar satisfeito, porque não existe fim para os meus desejos; devo sentir inveja daqueles que têm mais e receio daqueles que têm menos. Mas tenho de reprimir todos estes sentimentos para poder revelarme (aos outros e a mim próprio) como o ser humano sorridente, racional, sincero e amável que toda a gente pretende ser.