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domingo, 25 de setembro de 2011

EXERCICIOS HEBREUS, FENICIOS E PERSAS

01. (UFAC) Quantos aos hebreus, é correta a afirmação que:
a) foram o primeiro povo a elaborar uma religião monoteísta.

b) sua religião sempre foi politeísta.

c) durante toda a sua história tiveram uma religião monoteísta.

d) foram um dos únicos povos da chamada Antiguidade Oriental que, durante a maior parte de sua história, teve uma religião monoteísta.

e) adotaram facilmente a religião politeísta dos romanos.



02. (UEL-PR) "...essencialmente mercadores, exportavam pescado, vinhos, ouro e prata, armas praticavam a pirataria, e desenvolveram um intenso comércio de escravos no Mediterrâneo..." O texto refere-se à característica que identifica, na Antiguidade Oriental, os:

a) fenícios.

b) hebreus.

c) caldeus.

d) egípcios.

e) persas.



03. (Osec-SP) Os fenícios dedicavam-se, primordialmente, ao comércio marítimo porque:



a) era grande seu excedente agrícola.

b) sua organização militar lhes garantia o domínio dos mares.

c) sua localização geográfica os induzia a isso.

d) sua organização política era fortemente centralizada.

e) sua atividade militar lhes proporcionava numerosos escravos para atuar nas galeras como remadores.



04. (UFRN) "Resolvi: transferir-vos-ei da opressão do Egito para a terra dos cananeus, amorreus, farezeus, e jebuzeus, para a terra que mana leite e mel..."

O texto bíblico está relacionado:



a) ao Cisma.

b) à Diáspora.

c) ao Êxodo.

d) à "nica".

e) ao Cativeiro da Babilônia.



05. (UFRN) Na Antiguidade Oriental, o povo hebreu constituiu-se em exceção pelo:



a) desenvolvimento da arte náutica.

b) uso do ferro.

c) desenho em baixo relevo.

d) monoteísmo.

e) panteísmo



06. Das alternativas abaixo, a que melhor caracteriza a sociedade fenícia é:



a) a existência de um Estado centralizado e o monoteísmo;

b) o monoteísmo e a agricultura;

c) o comércio e o politeísmo;

d) as Cidades-estados e o monoteísmo;

e) a agricultura e a forma de Estado centralizado.



07. Os hebreus desenvolveram sua civilização no primeiro milênio antes de Cristo. A respeito dela podemos afirmar, corretamente que:



a) a importância da história da civilização hebraica se expressa, especialmente, através da formação de um Estado centralizado.

b) a civilização hebraica apresenta traços específicos que decorrem do seu distanciamento frente às demais culturas do Oriente Próximo.

c) a importância do estudo dos hebreus se justifica pelo monoteísmo ético que surge e se desenvolve entre eles, constituindo-se um ponto de partida para o cristianismo e o islamismo.

d) os antigos hebreus têm como livro sagrado o Novo Testamento, que compreende vários outros livros, dentre os quais está o Gênesis, que trata da Criação.

e) a antecedência da civilização hebraica à sumeriana explica a presença de mitos semelhantes nas duas culturas.



08 (Ufrs 97) O soberano dividiu o seu império em províncias, chamadas satrapias, sendo a terra

considerada como propriedade real e trabalhada pelas comunidades.

Estas características identificam o:



a) império dos persas durante o reinado de Dario.

b) império babilônico durante o governo de Hamurabi.

c) antigo império egípcio durante a dinastia de Quéops.

d) reino de Israel sob o comando de Davi.

e) estado espartano durante a vigência das leis de Dracon.



09. Sobre o Império Persa, é correto afirmar:



I. A religião persa era o Zoroastrismo, que pregava a existência do bem e do mal, saindo vencedor o bem, no dia do juízo final.

II. Sua expansão territorial deveu-se à existência de boas estradas e de um forte exército.

III. Os povos vencidos pelos persas eram obrigados a pagar tributos, pois os persas não interferiam na cultura dos subjugados.



A(s) afirmação(ões) verdadeira(s) é(são):

a) apenas I e II

b) apenas II

c) apenas III

d) apenas I e III

e) I, II e III.



10. Com relação ao Império Persa, é INCORRETO afirmar:

a) Os persas desenvolveram uma administração relativamente descentralizada, com base nas satrápias:

b) As estradas e os correios foram bastante aperfeiçoados durante esse Império.

c) A religião persa era o zoroastrismo, que pregava a existência de uma luta entre o mal e o bem, na qual o bem só seria vencedor no dia do juízo final.

d) Os persas perseguiram ferozmente as religiões de outros povos, matando sacerdotes e destruindo templos, como foi o caso do templo de Salomão em Jerusalém.

e) Os povos dominados pelos persas eram obrigados a pagar tributos.

01. (UFAC) Quantos aos hebreus, é correta a afirmação que:



a) foram o primeiro povo a elaborar uma religião monoteísta.

b) sua religião sempre foi politeísta.

c) durante toda a sua história tiveram uma religião monoteísta.

d) foram um dos únicos povos da chamada Antiguidade Oriental que, durante a maior parte de sua história, teve uma religião monoteísta.

e) adotaram facilmente a religião politeísta dos romanos.



02. (UEL-PR) "...essencialmente mercadores, exportavam pescado, vinhos, ouro e prata, armas praticavam a pirataria, e desenvolveram um intenso comércio de escravos no Mediterrâneo..." O texto refere-se à característica que identifica, na Antiguidade Oriental, os:

a) fenícios.

b) hebreus.

c) caldeus.

d) egípcios.

e) persas.



03. (Osec-SP) Os fenícios dedicavam-se, primordialmente, ao comércio marítimo porque:



a) era grande seu excedente agrícola.

b) sua organização militar lhes garantia o domínio dos mares.

c) sua localização geográfica os induzia a isso.

d) sua organização política era fortemente centralizada.

e) sua atividade militar lhes proporcionava numerosos escravos para atuar nas galeras como remadores.



04. (UFRN) "Resolvi: transferir-vos-ei da opressão do Egito para a terra dos cananeus, amorreus, farezeus, e jebuzeus, para a terra que mana leite e mel..."

O texto bíblico está relacionado:



a) ao Cisma.

b) à Diáspora.

c) ao Êxodo.

d) à "nica".

e) ao Cativeiro da Babilônia.



05. (UFRN) Na Antiguidade Oriental, o povo hebreu constituiu-se em exceção pelo:



a) desenvolvimento da arte náutica.

b) uso do ferro.

c) desenho em baixo relevo.

d) monoteísmo.

e) panteísmo



06. Das alternativas abaixo, a que melhor caracteriza a sociedade fenícia é:



a) a existência de um Estado centralizado e o monoteísmo;

b) o monoteísmo e a agricultura;

c) o comércio e o politeísmo;

d) as Cidades-estados e o monoteísmo;

e) a agricultura e a forma de Estado centralizado.



07. Os hebreus desenvolveram sua civilização no primeiro milênio antes de Cristo. A respeito dela podemos afirmar, corretamente que:



a) a importância da história da civilização hebraica se expressa, especialmente, através da formação de um Estado centralizado.

b) a civilização hebraica apresenta traços específicos que decorrem do seu distanciamento frente às demais culturas do Oriente Próximo.

c) a importância do estudo dos hebreus se justifica pelo monoteísmo ético que surge e se desenvolve entre eles, constituindo-se um ponto de partida para o cristianismo e o islamismo.

d) os antigos hebreus têm como livro sagrado o Novo Testamento, que compreende vários outros livros, dentre os quais está o Gênesis, que trata da Criação.

e) a antecedência da civilização hebraica à sumeriana explica a presença de mitos semelhantes nas duas culturas.



08 (Ufrs 97) O soberano dividiu o seu império em províncias, chamadas satrapias, sendo a terra

considerada como propriedade real e trabalhada pelas comunidades.

Estas características identificam o:



a) império dos persas durante o reinado de Dario.

b) império babilônico durante o governo de Hamurabi.

c) antigo império egípcio durante a dinastia de Quéops.

d) reino de Israel sob o comando de Davi.

e) estado espartano durante a vigência das leis de Dracon.



09. Sobre o Império Persa, é correto afirmar:



I. A religião persa era o Zoroastrismo, que pregava a existência do bem e do mal, saindo vencedor o bem, no dia do juízo final.

II. Sua expansão territorial deveu-se à existência de boas estradas e de um forte exército.

III. Os povos vencidos pelos persas eram obrigados a pagar tributos, pois os persas não interferiam na cultura dos subjugados.



A(s) afirmação(ões) verdadeira(s) é(são):

a) apenas I e II

b) apenas II

c) apenas III

d) apenas I e III

e) I, II e III.



10. Com relação ao Império Persa, é INCORRETO afirmar:

a) Os persas desenvolveram uma administração relativamente descentralizada, com base nas satrápias:

b) As estradas e os correios foram bastante aperfeiçoados durante esse Império.

c) A religião persa era o zoroastrismo, que pregava a existência de uma luta entre o mal e o bem, na qual o bem só seria vencedor no dia do juízo final.

d) Os persas perseguiram ferozmente as religiões de outros povos, matando sacerdotes e destruindo templos, como foi o caso do templo de Salomão em Jerusalém.

e) Os povos dominados pelos persas eram obrigados a pagar tributos.

EXERCICIOS GRANDES NAVEGAÇÕES

1) (PUCCamp-SP) -o processo de colonização européia da América, durante os séculos XVI,XVII e XVIII, está ligado à:


a) expansão comercial e marítima, ao fortalecimento das monarquias nacionais absolutas e à política mercantilista.

b) Disseminação do movimento cruzadista, ao crescimento do comércio com os povos orientais e à política livre-­cambista.

c) Política imperialista, ao fracasso da ocupação agrícola das terras e ao crescimento do comércio bilateral. Criação das companhias de comércio, ao desenvolvimento do modo feudal de produção e à política liberal.

d)Política industrial, ao surgimento de um mercado interno consumidor e ao excesso de mão-de-obra livre.



2) Cesup/Unaes/Seat-MS)- Na expansão da Europa, a partir do século XV, encontramos intimamente ligados à sua história:

a) a participação da espanha nesse empreendimento, por interesse exclusivo de Fernando de Aragão e Isabel de Castela, seus soberanos na época;

b) a descoberta da América, em 1492, anulou imediatamente o interesse comercial da Europa com o Oriente;

c) o tratado de Tordesilhas, que dividia as terras descobertas entre Portugal e Espanha, sob fiscalização e concordância da França, Inglaterra e Holanda;

d) Portugal, imediatamente após o descobrimento do Brasil, iniciou a colonização, extraindo muito ouro para a Europa, desde 1500;

e) O pioneirismo purtuguês.



3)(PUC-MG) O descobrimento da América, no início dos tempos modernos, e posteriormente a conquista e colonização, considerando-se a mentalidade do homem ibérico, permitem perceber que, EXCETO:

a) O colonizador, ao se dar conta da perda do paraíso terrestre, do maravilhoso, lançou-se à reprodução da cenografia européia da América;

b) O colonizador, negando o que pudesse parecer novo, preferiu ver apenas o seu reflexo no espelho da história;

c) Colombo se recusava a ver a América, preferindo manter seus sonhos de que estaria próximo ao Oriente;

d) O processo de descrição e observação do novo continente envolvia basicamente a manutenção do universo indígena;

e) A conquista representou a possibilidade de transplante e difusão dos padrões culturais europeus na América.



3) Portugal e Espanha foram as primeiras nações a lançarem-se nas Grandes Navegações. Isto deveu-se, basicamente a/ao:

a) enorme quantidade de capitais acumulados nestas duas nações desde o renascimento comercial na Baixa Idade Média;

b) processo de centralização política favorecido pela Guerra de Reconquista;

c) diferentemente de outras nobrezas, a nobreza portuguesa e espanhola estavam fortalecidas e conseguiram financiar o projeto de expansão marítima;

d) o desenvolvimento industrial da península Ibérica forçou estas nações a buscarem mercados consumidores e fornecedores;

e) espírito aventureiro de portugueses e espanhóis.



4) Entre as conseqüências da Expansão Marítima, NÃO encontramos:

a) a formação do Sistema Colonial;

b) o desenvolvimento do euro-centrismo;

c) a expansão do regime assalariado da Europa para a América

d) início do processo de acumulação de capitais, impulsionando o modo de produção capitalista; e) introdução do trabalho escravo na América.

AS GRANDES NAVEGAÇÕES

Por: Professor Jailson Marinho
 
A expansão marítima européia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV.
 
Através das Grandes Navegações há uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa.
 
O contato comercial entre todas as partes do mundo (Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma história em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos conhecimento geográficos e o contato entre culturas diferentes.
 
Fatores para a Expansão Marítima
 
A expansão marítima teve um nítido caráter comercial, daí definir este processo como uma empresa comercial de navegação, ou como grandes empreendimentos marítimos. Para o sucesso desta atividade comercial o fator essencial foi a formação do Estado Nacional.
 
Formação do Estado Nacional e a centralização política-as Grandes Navegações só foram possíveis com a centralização do poder político, pois fazia-se necessário uma complexa estrutura material de navios, armas, homens, recursos financeiros.
 
A aliança rei-burguesia possibilitou o alcance destes objetivos tornando viável a expansão marítima.
 
Avanços técnicos na arte náutica-o aprimoramento dos conhecimentos geográficos, graças ao desenvolvimento da cartografia; o desenvolvimento de instrumentos náuticos-bússola, astrolábio, sextante - e a construção de embarcações capazes de realizar viagens a longa distância, como as naus e as caravelas.
 
Interesses econômicos- a necessidade de ampliar a produção de alimentos, em virtude da retomada do crescimento demográfico; a necessidade de metais preciosos para suprir a escassez de moedas; romper o monopólio exercido pelas cidades italianas no Mediterrâneo ­que contribuía para o encarecimento das mercadorias vindas do Oriente; tomada de Constantinopla, pelo turcos otomanos, encarecendo ainda mais os produtos do Oriente.
 
Sociais-o enfraquecimento da nobreza feudal e o fortalecimento da burguesia mercantil.
 
Religiosos-a possibilidade de conversão dos pagãos ao cristianismo mediante a ação missionária da Igreja Católica.
 
Expansão marítima portuguesa
 
Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial para as Grandes Navegações.
 
A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica.
 
A primeira dinastia portuguesa foi a Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.
 
Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução de Avis -movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa de Portugal: a expansão marítima.
 
Etapas da expansão
 
A expansão marítima portuguesa interessava à Monarquia, que buscava seu fortalecimento; à nobreza, interessada em conquista de terras; à Igreja Católica e a possibilidade de cristianizar outros povos e a burguesia mercantil, desejosa de ampliar seus lucros.
 
A seguir, as principais etapas da expansão de Portugal:
 
1415 -tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
 
1420 -ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
 
1434 -chegada ao Cabo Bojador;
 
1445 -chegada ao Cabo Verde;
 
1487 -Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
 
1498 -Vasco da Gama atinge as Índias ( Calicute );
 
1499 -viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.
 
Expansão marítima espanhola
 
A Espanha será um Estado Nacional somente em 1469, com o casamento de Isabel de Castela e Fernando de Aragão. Dois importantes reinos cristãos que enfrentaram os mouros na Guerra de Reconquista.
 
No ano de 1492 o último reduto mouro -Granada -foi conquistado pelos cristãos; neste mesmo ano, Cristovão Colombo ofereceu seus serviços aos reis da Espanha.
 
Colombo acreditava que, navegando para oeste, atingiria o Oriente. O navegante recebeu três navios e, sem saber chegou a um novo continente: a América.
 
A seguir a principais etapas da expansão espanhola:
 
1492 - chegada de Colombo a um novo continente, a América;
 
1504 -Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
 
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.
 
As rivalidades Ibérica
 
Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos ou a descobrir, resolveram assinar um acordo -proposto pelo papa Alexandre VI - em 1493: um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha. Portugal não aceitou o acordo e no ano de 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
 
O tratado de Tordesilhas não foi reconhecido pelas demais nações européias.
 
Navegações Tardias
 
Inglaterra, França e Holanda.
 
O atraso na centralização política justifica o atraso destas nações na expansão marítima:

A Inglaterra e França envolveram-se na Guerra dos Cem Anos(1337-1453) e, após este longo conflito, a inglaterra passa por uma guerra civil - a Guerra das Duas Rosas ( 1455-1485 ); já a França, no final do conflito com a Inglaterra enfrenta um período de lutas no reinado de Luís XI (1461-1483).
Somente após estes conflitos internos é que ingleses, durante o reinado de Elizabeth I (1558-1603 ); e franceses, durante o reinado de Francisco I iniciaram a expansão marítima.

A Holanda tem seu processo de centralização política atrasado por ser um feudo espanhol. Somente com o enfraquecimento da Espanha e com o processo de sua independência é que os holandeses iniciarão a expansão marítima.
 
 
CONSEQÜÊNCIAS
 
As Grandes navegações contribuíram para uma radical transformação da visão da história da humanidade. Houve uma ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra e uma verdadeira Revolução Comercial, a partir da unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.
 
A seguir algumas das principais mudanças:
 
  • A decadência das cidades italianas; a mudança do eixo econômico ­do mar Mediterrâneo para o oceano Atlântico;
  • A formação do Sistema Colonial;
  • O enorme afluxo de metais para a Europa proveniente da América;
  • O retorno do escravismo em moldes capitalistas;
  • O euro-centrismo, ou a hegemonia européia sobre o mundo;
  • O processo de acumulação primitiva de capitais resultado na organização da formação social do capitalismo.

EXERCICIOS REFORMAS RELIGIOSAS

1. Remonta ao Século XVI a mensagem religiosa associado à idéia de que "no mundo comercial e da concorrência, o êxito ou abancarrota não dependem da atividade ou da aptidão do indivíduo, mas de circunstâncias independentes dele" (Friedrich Engels - DOSOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO).
Assinale o nome do movimento protestante que pregava a salvação daalma e apresentava princípios básicos apoiados na prática econômica da burguesia nascente.

a) Luteranismo.
b) Medievalismo.
c) Jansenismo.
d) Calvinismo.
e) Judaísmo.

2. O Calvinismo foi:

a) a doutrina que sintetizou as idéias dos reformadores que a antecederam, formulando o campo protestante em torno dos princípiosdo cesaropapismo e culto dos santos.
b) apenas um prolongamento das idéias preconizadas por Lutero, que admitia que o Príncipe, além de exercer poder civil absoluto,devia vigiar e governar, por direito divino, a Igreja cristã.
c) um movimento originário na Suíça, como resultado de convulsões sociais locais, que revelavam uma manifestação de rebeldiacontra as taxas cobradas pela Igreja e sobre a liberação da prática do divórcio.
d) o resultado das preocupações pessoais de Ulriko Zwinglio e dos problemas relacionados com o celibato clerical.
e) a mais extremada seita protestante em relação ao Catolicismo e a mais próxima das questões levantadas, em termos éticos, pelorápido desenvolvimento do capital comercial e financeiro.

3. A Europa Ocidental, nos séculos XV e XVI, sofreu diversas transformações políticas, econômicas e sociais. Sobre essastransformações podemos afirmar que:

l - o Humanismo e o Renascimento foram movimentos intelectuais e artísticos que privilegiaram a observação da natureza.
2 - a Reforma Luterana, identificando-se com os segmentos camponeses alemães, difundiu-se em virtude da centralização do Estadoalemão.
3 - a Reforma Calvinista aproximava-se da moral burguesa, pois encorajava o trabalho e o lucro.
4 - a reação da Igreja Católica, denominada Contra-Reforma, através do Concílio de Trento (1545), tentou barrar o avanço protestante,alterando os dogmas da fé católica.

As afirmativas corretas são:
a) apenas l e 2.
b) apenas l e 3.
c) apenas l e 4.
d) apenas 2 e 3.
e) apenas 2 e 4.

4. Dentre os fatores que contribuíram para a eclosão do movimento reformista protestante, no início do século XVI, destacamos o(s):

a) declínio do nacionalismo no processo de formação dos estados modernos.
b) embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias religiosas católicas.
c) fim do comércio de indulgências patrocinado pela Igreja Católica.
d) encerramento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural.
e) abusos cometidos pela Companhia de Jesus e pela ação política do Concílio de Trento.

5. O Concílio de Trento, uma das medidas da Reforma Católica, cujo objetivo era enfrentar o avanço das idéias protestantes,apresentou uma série de decisões para assegurar a unidade da fé católica. Entre essas decisões, a de
a) favorecer a interpretação individual da Bíblia de acordo com seus princípios fundamentais.
b) adotar uma atitude mais liberal com relação aos livros religiosos, o que fez com que diminuísse a censura medieval.
c) criar uma comissão com o intuito de melhorar o relacionamento com os povos não-cristãos.
d) estabelecer uma corporação para o Sacro Colégio, pois, dessa forma, todas as nações cristãs estariam aí representadas.
e) estimular a ação das ordens religiosas em vários setores, principalmente no educacional.

6. Com relação à Reforma Protestante pode-se afirmar:
( ) a doutrina calvinista, exaltando o trabalho e desprezando o lazer e o luxo, foi a grande alavanca na direção do capitalismo;
( ) tanto Frei Martinho Lutero como o monge dominicano Tetzel defendiam as indulgências papais como forma de perdão dospecados na Terra e no céu;
( ) o parlamento inglês apoiou Henrique VIII no rompimento com a Igreja de Roma e aprovou, em 1534, o Ato de Supremacia quemantinha a Igreja da Inglaterra sob a autoridade do Rei, surgindo a Igreja Nacional Anglicana independente de Roma;
( ) com o objetivo de evitar a expansão da Reforma, a Igreja Católica reagiu com o movimento da Contra-Reforma;
( ) o movimento reformista na Alemanha funcionou como um fator de unidade nacional, provocando a unidade dos estados do Sulcom os estados do Norte.

7. No início da Época Moderna pode-se relacionar a Reforma Protestante, nos campos político e cultural, respectivamente,

a) à fragmentação do poder temporal na Inglaterra e à disseminação do racionalismo.
b) ao enfraquecimento do poder central no Santo Império e à divulgação da língua alemã, a partir da tradução da Bíblia.
c) ao surgimento do poder de origem divina na França e ao progresso científico
d) ao desaparecimento do poder absolutista e à valorização do individualismo, na Espanha.
e) à expansão do poder feudal e ao desenvolvimento da estética barroca na pintura e na escultura, na Itália.

8. "Uma importante atividade intelectual, desenvolvida por Galileu, no século XVII, foi objeto de controvérsias, sobretudo nos meiosda Igreja Católica". O texto refere-se

a) à idéia de que o conhecimento se reduzia à constatação da existência: "Penso, logo existo".
b) à análise do mundo animal, como um espaço intermediário entre a Física e a Psicologia.
c) à utilização de experimentos na investigação da verdade científica.
d) à idéia de que a origem do conhecimento estava na dúvida metódica.
e) ao princípio de que a matéria atrai a matéria, na razão inversa de suas massas.

9. Todas as alternativas contêm pregações dos protestantes à época da Reforma, EXCETO:

a) "Deus chama cada um para uma vocação cujo objetivo é a glorificação de Deus. (...) O pobre é suspeito de preguiça, que é umainjúria a Deus."
b) "Não nos tornamos justos à força de agir com justiça, mas é porque somos justificados que fazemos coisas justas."
c) "O Rei é o supremo chefe da Igreja. Tem todo poder de examinar, reprimir, corrigir erros, heresias, a fim de conservar a paz doReino."
d) "Pois Deus criou os homens todos em condições semelhantes, mas ordena uns à vida eterna e outros à eterna danação."
e) "Trazei o dinheiro! Salvai nossos antepassados! Assim que tilintar em nossa sacola, suas almas passarão imediatamente aoparaíso."

EXERCICIOS PERIODO POPULISTA

01. (MACKENZIE) O governo Juscelino Kubitschek foi responsável:




a) pela eliminação das disparidades regionais;

b) pela queda da inflação e da dívida externa;

c) por uma política nacionalista e de rejeição ao capital estrangeiro;

d) pela entrada maciça de capitais estrangeiros e a internacionalização de nossa economia;

e) por práticas antidemocráticas como a violenta repressão às rebeliões de Jacareacanga e Aragarças;





02. Quais os partidos políticos que dominaram a vida parlamentar brasileira durante o período democrático de 1946 e 1964?



a) PTB, UDN e PCB

b) PL, UDN e PSD

c) PDS, MDB e PCB

d) PSB, UDN e PTB

e) PSD, UDN e PTB





03. (UFS) No Governo de Juscelino Kubitschek, a base do seu programa administrativo era constituído do trinômio:



a) saúde, habitação e educação;

b) estradas, energia e transporte;

c) indústria, exportação e importação;

d) agricultura, pecuária e reforma agrária;

e) comércio, sistema viário e poupança.





04. (UNIP) O projeto nacional desenvolvimentista implicou a substituição das importações e foi implementado, principalmente, no governo do presidente:



a) Juscelino Kubitschek

b) Jânio Quadros

c) General Emílio Médici

d) Marechal Costa e Silva

e) General Eurico Dutra.





05. (UFPA) A crise gerada pela renúncia do presidente Jânio Quadros foi temporariamente controlada em 1961 através:



a) das reformas de base com vistas à modernização do País;

b) do Ato Institucional número 5 e o fechamento total do regime;

c) da emenda parlamentarista, que possibilitou a posse do presidente João Goulart, conciliando setores em confronto;

d) do Golpe Militar, provocando a queda do governo Goulart;

e) da convocação de novas eleições, desfazendo o clima de acirramento da oposição entre esquerda e direita.





06. O Parlamentarismo funcionou nas seguintes épocas no Brasil:



a) No governo de D. Pedro II e no governo de João Goulart.

b) No primeiro Império - Governo de D. Pedro II.

c) No governo de Getúlio Vargas após 1937.

d) Logo após a Proclamação da República.

e) Nos primeiros três anos da Ditadura Militar iniciada em 1964.





07. (UFS) No Brasil, os anos de 1954 com o suicídio de Vargas, 1961 com a renúncia de Jânio e 1964 com a deposição de Jango, são datas que marcam os momentos críticos do:



a) populismo

b) parlamentarismo

c) municipalismo

d) tenentismo

e) federalismo





08. Em 06 de janeiro de 1963, realizou-se o plebiscito que reuniu os votos de mais de 12 milhões de cidadãos. Após o resultado do plebiscito, Goulart assumiu plenamente o poder presidencial. Que questão foi discutida no plebiscito acima citado?



a) A validade da eleição de João Goulart.

b) A implementação das reformas de base por Jango.

c) O sistema de governo (presidencialista X parlamentarista).

d) A renúncia do presidente Jânio Quadros.

e) A Lei de Remessa de Lucros, reforma urbana e tributária.





09. (UNIFENAS) Os governos de 1964 e 1968 caracterizaram-se por:



a) pluripartidarismo e Lei de Segurança Nacional;

b) bipartidarismo e balança comercial positiva;

c) aumento do setor tecnoburocrático e uma crescente participação do Estado na economia;

d) reforma constitucional e um crescimento das pequenas e médias empresas;

e) anistia política e uma melhor distribuição de renda.





10. (UNESP) Leia os seguintes versos:



Sobre a cabeça os aviões

sob os meus pés os caminhões

aponta contra os chapadões

meu nariz



Eu organizo o movimento

eu oriento o carnaval

eu imagino o monumento

no planalto central

do país



Esses são versos iniciais da canção de Caetano Veloso que constituiu a matriz estética de um movimento musical do final da década de 60, de curta duração, em que, segundo estudiosos, "a preocupação política foi deslocada da área da revolução social para o eixo da rebeldia, da intervenção localizada, da política concebida enquanto problemática cotidiana ligada à vida, ao corpo, ao desejo, à cultura em sentido amplo". (Heloisa Buarque de Holanda e Marcos A. Gonçalves, Cultura e participação nos anos 60)



Esse movimento musical é conhecido como:



a) Bossa Nova

b) Concretismo

c) Primitivismo

d) Antropofagias

e) Tropicalismo

EXERCICIOS SEGUNDO REINADO

1) (FGV_SP)- Os empreendimentos industriais do barão de Mauá redundaram em inúmeras falências, após um relativo sucesso, entre outros fatores devido a (à):


a) suas posições nacionalistas contrárias aos investimentos estrangeiros

b) reformulação da tarifa Alves Branco em favor da tarifa Silva Ferraz

c) falta de cobertura financeira (bancária) baseada em seus próprios recursos

d) carência de mão-de-obra especializada

e) oposição direta que lhe moviam os grandes propriedades rurais.



2) (PUCC-SP) - A importância da Lei Eusébio de Queiróz (1850), no contexto do processo de abolição da escravatura, esta no fato de ter:

a) declarada extinto o tráfico de africanos, estipulando penas para seus infratores

b) concedido liberdade a todos os escravos que participaram da Praieira (1848);

c) permitido a repressão dos traficantes de escravos por navios da marinha portuguesa

d) libertado os escravos que fossem maiores de 60 anos de idade; e) acabado com a venda em separado de casais africanos em leilões públicos.



3) (UFOP-MG) - Dentre os fatores que determinaram a passagem da monarquia à república, no Brasil, não se inclui ( incluem):

a) a abolição da escravidão e a consolidação do trabalho assalariado; b) a tomada de consciência por parte do exército, após a guerra do Paraguai, de sua situação e papel na vida nacional;

c) a luta entre o partido Conservador, que defendia a monarquia, e o Partido Liberal, que desejava a forma republicana;

d) o combate à descentralização administrativa pela implantação do federalismo;

e) o desenvolvimento de grupos médios urbanos, compostos de profissionais liberais, pequenos comerciantes e funcionários públicos.

SEGUNDO REINADO

Por: Jailson Marinho

http://www.mundovestibular.com.br/articles/4430/1/O-SEGUNDO-REINADO/Paacutegina1.html


Política interna
A vida política nacional, ao longo do Segundo Reinado, foi marcada pela atuação de dois partidos políticos: o Partido Conservador e o Partido Liberal. Os dois partidos representavam a classe dominante, defendiam a monarquia e a manutenção da mão-de­obra- escrava.

Por isto, não apresentavam divergências ideológicas, justificando uma frase muito comum na época: "Nada mais parecido com um conservador do que um liberal no poder, e nada mais parecido com um liberal do que um conservador no poder".



EVOLUÇÃO POLÍTICA



O primeiro ministério do Segundo Reinado era composto por liberais, que apoiaram o golpe da Maioridade. Funcionou de 1840 a 1841 e ficou conhecido como "Ministério dos Irmãos", sendo formado pelos irmãos Cavalcanti, Coutinho e Andrada. O gabinete ministerial sofria oposição da Câmara, formada, na sua maioria por conservadores. Diante desta situação, a Câmara de Deputados foi dissolvida e marcada novas eleições.

Para garantir uma maioria de deputados liberais, os membros do Partido Liberal, usando de violência, fraudaram as eleições e garantiram a maioria parlamentar. Tal episódio é conhecido como "eleições do cacete".

Os conservadores reagiram e exigiram que o imperador dissolvesse a Câmara que havia sido eleita nas "eleições do cacete". D. Pedro II demitiu o ministério liberal, nomeou um ministério conservador e marcou novas eleições - também marcadas pelas fraudes.

A vitória dos conservadores e o avanço de medidas centralizadoras provocaram uma reação dos liberais, em São Paulo e Minas Gerais - a chamada Revolta Liberal de 1842.

Em 1844 o imperador demitiu o gabinete conservador e nomeou um gabinete liberal, cuja principal decisão foi a criação da tarifa Alves Branco (1844), que extinguiu as taxas preferenciais aos produtos ingleses ; no ano de 1847 foi criado o cargo de presidente do Conselho de Ministros, implantando o parlamentarismo no Brasil.



O PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS

O parlamentarismo é um regime político onde o partido que detém a maioria no Parlamento indica o primeiro-ministro, que é o chefe de governo e comanda o poder Executivo. Desta forma, o Executivo fica subordinado ao Legislativo.
No Brasil, ao contrário, o primeiro-ministro era escolhido pelo imperador. Se a Câmara não tivesse uma maioria de parlamentares do partido do ministério adotado, ela seria dissolvida e novas eleições eram marcadas, o que tornava o Legislativo refém do Executivo.



A REVOLUÇÃO PRAIEIRA (PERNAMBUCO- 1848/1850)



Movimento que ocorreu na província de Pernambuco, e está relacionado aos levantes liberais de 1848, período conhecido como Primavera dos Povos.

As causas do movimento podem ser encontradas no controle do poder político pela família dos Cavalcanti e no monopólio do comércio exercido pelos estrangeiros, principalmente portugueses e que não empregavam trabalhadores brasileiros, desenvolvendo um forte sentimento antilusitano.
O porta-voz da rebelião era o Diário Novo, jornal dos liberais que estava instalado na Rua da Praia - daí a denominação de praieiros aos rebeldes -que no ano de 1848 publicou o "Manifesto ao Mundo", redigido por Borges da Fonseca.
O manifesto, fortemente influenciado pelas idéias dos socialismo utópico, reivindicava o voto livre e universal, a liberdade de imprensa, autonomia dos poderes, liberdade de trabalho, federalismo, nacionalização do comércio varejista, extinção do poder Moderador e do Senado vitalício e a abolição do trabalho escravo.

Entre as lideranças do movimento, que contou com forte apoio popular, encontram-se Nunes Machado e Pedro Ivo. Embora reprimida com muita facilidade foi um movimento contra a aristocracia fundiária e está inserida no quadro geral das revoluções populares que ocorreram na Europa de 1848.



Política externa



A política externa brasileira, durante o Segundo Reinado, foi marcada por conflitos na região do Prata - responsáveis pela Guerra do Paraguai e por atritos diplomáticos com a Inglaterra, gerando a chamada Questão Christie.



A QUESTÃO CHRISTIE (1863)



A influência da Inglaterra no Brasil está presente desde antes da nossa independência. Com a assinatura dos tratados de 1810, a Inglaterra ganha privilégios econômicos. Com a independência do Brasil, em 1822, a Inglaterra impõem, como forma de reconhecer a independência, a renovação dos tratados de 1810. Ademais, o Brasil era dependente financeiramente da Grã-Bretanha.
Durante o Segundo Reinado, as relações entre Brasil e Inglaterra conhece sucessivos atritos que culminaram com o rompimento das relações diplomáticas entre os dois países.

As hostilidades entre Brasil e Inglaterra começaram em 1844, com a aprovação da tarifa Alves Branco, que acabou com as vantagens comerciais que a Inglaterra tinha no Brasil.
A resposta do governo britânico foi a aprovação do Bill Aberdeen, decreto que proibia o tráfico negreiro e outorgava o direito, aos ingleses, de aprisionar qualquer navio negreiro.

Respondendo às pressões inglesas, no ano de 1850 foi promulgada a Lei Euzébio de Queiróz, que extinguia definitivamente o tráfico negreiro no Brasil.
No ano de 1861, o navio inglês Prince of Walles afundou nas costas do Rio Grande do Sul e sua carga foi pilhada. O embaixador inglês no Brasil, William Christie, exigiu uma indenização ao governo imperial. No ano de 1862, marinheiros britânicos embriagados foram presos no Rio de Janeiro e o embaixador Christie exigiu a demissão dos policiais e desculpas oficiais do governo brasileiro à Inglaterra.
O Brasil recusou-se a aceitar as exigências de Christie. Alguns navios brasileiros foram aprisionados pela Inglaterra; o governo brasileiro pagou a indenização referente ao roubo da carga do navio inglês naufragado.
Em 1863, sob a mediação de Leopoldo I, rei de Bélgica, ficou estabelecido que a Inglaterra deveria pedir desculpas ao governo brasileiro, pelo ocorrido com os marinheiros na cidade do Rio de Janeiro. Diante da negativa da Inglaterra, D. Pedro I resolveu romper relações diplomáticas com a Inglaterra.
AS CAMPANHAS BRASILEIRAS NO PRATA


Entre 1851 e 1870, o governo brasileiro realiza intervenções militares na região platina - formada pela Argentina, Uruguai e Paraguai. Os motivos destas intervenções eram as disputas territorias, a tentativa de impedir a formação de um Estado poderoso e rival e garantir a livre navegação nos rios da bacia do Prata ( Paraná, Paraguai e Uruguai ).

Campanha contra Oribe (1851)
O Uruguai possuia dois partidos políticos: o Blanco, liderado por Manuel Oribe, aliado dos argentinos; e o Colorado, liderado por Frutuoso Rivera, apoiado pelo Brasil.
A aliança entre Manuel Oribe, então presidente do Uruguai, com o governo argentino de Juan Manuel Rosas, trouxe a tona a idéia de restauração do antigo vice -reinado do Prata. Procurando garantir a livre navegação no rio da Prata, D. Pedro II envia uma tropa militar ­sob o comando de Caxias. Esta tropa recebe o apoio das tropas militares de Rivera que, juntas, depuseram Manuel Oribe do poder.
Campanha contra Rosas (1851)
Como Rosas apoiava os blancos, o governo imperial organizou uma expedição e invadiu a Argentina. Os brasileiros venceram, na batalha de Monte Caseros, depuseram Rosas e, em seu lugar colocaram o general Urquiza, auxiliar do Brasil na campanha contra Oribe. No ano de 1864 outro conflito na região, desta vez envolvendo o Paraguai.



A GUERRA DO PARAGUAI ( 1864/1870)



O Paraguai se constituiu em uma exceção na América Latina, durante o século XIX, em virtude de seu desenvolvimento econômico autônomo. Durante os governos de José Francia (1811/1840) e Carlos López (1840/1862) houve um relativo progresso econômico, com construção das estradas de ferro, sistema telegráfico eficiente, surgimento das indústrias siderúrgicas, fábricas de armas e a erradicação do analfabetismo.

As atividades econômicas essenciais eram controladas pelo Estado e a balança comercial apresentava saldos favoráveis, garantindo a estabilidade da moeda, criando as condições para um desenvolvimento auto-sustentável, sem recorrer ao capital estrangeiro.
Solano Lópes, presidente do Paraguai a partir de 1862, inicia uma política expansionista, procurando ampliar o território paraguaio. O objetivo desta política era conseguir acesso ao oceano Atlântico, para garantir a continuidade do desenvolvimento econômico da nação. A expansão territorial do Paraguai deu-se com a anexação de regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil.
Ademais, a Inglaterra não via com bons olhos o desenvolvimento autônomo do Paraguai, achando necessário destruir este modelo econômico.

No ano de 1864, o governo paraguaio aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda, e invadiu o mato Grosso, levando o Brasil a declarar guerra ao Paraguai.

Em 1865 é formada a Tríplice Aliança, união das forças brasileiras, argentinas e uruguaias contra o Paraguai.


PRINCIPAIS BATALHAS


Batalha de Riachuelo e a batalha de Tuiuti, onde as forças paraguaias foram derrotadas; após a nomeação de Caxias no comando das tropas brasileiras ( no lugar do general Osório ), houve sucessivas vitórias nas batalhas de Humaitá, Itororó, Avaí, Lomas Valentinas e Angostura. Solano López foi morto em 1870, na batalha de Cerro Corá.

CONSEQÜÊNCIAS DA GUERRA DO PARAGUAI


A guerra serviu para destruir o modelo econômico do Paraguai, tornando-o um dos países mais pobres do mundo, sua população sofreu uma drástica redução ( cerca de 75% dela morreu na guerra).
Para o Brasil, a participação na guerra contribuiu para o aumento da dívida externa e a morte de aproximadamente 40 mil homens.
A Inglaterra foi a grande beneficiada com a guerra, pois acabou com a experiência econômica do Paraguai na região, e seus empréstimos reafirmaram a dependência financeira do Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra do Paraguai marca o início da decadência do Segundo Reinado, em razão do fortalecimento político do Exército, que torna-se um foco abolicionista e republicano.

Economia do Segundo Reinado


Durante o Segundo Reinado houve uma diversificação das atividades econômicas, muito embora o modelo econômico estivesse voltado para atender as necessidades do mercado externo.
O cacau e a borracha ganharam destaque na produção agrícola. O surto da borracha - Pará e Amazonas - levou o Brasil a dominar 90% do comércio mundial. Porém, o principal produto de exportação brasileira será o café.
Café: expansão e modernização

O café foi introduzido no Brasil, por volta de 1727, por Francisco de Mello Palheta. A partir de 1760 o produto passou a Ter uma importância comercial, sendo utilizado para a exportação. Inicialmente no Rio de Janeiro, no vale do Paraíba e, posteriormente o Oeste paulista.
No vale do Paraíba, as fazendas de café eram estruturadas de forma tradicional, ou seja, grandes propriedades que utilizavam a mão­de-obra escrava. O esgotamento do solo e a escassez de terras contribuíram para a decadência da produção na região. Em contrapartida, a expansão do mercado consumidor internacional favoreceu a expansão do cultivo do café para o Oeste paulista.
A economia cafeeira foi responsável pelo processo de modernização econômica do século XIX: desenvolvimento urbano, dos meios de transportes ( ferrovias e portos ), desenvolvimento dos meios de comunicação ( telefone e telégrafo ) , a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre e o surto industrial.
Substituição do trabalho escravo pelo trabalho assalariado.

A crise do escravismo brasileiro está relacionado a uma série de fatores, entre os quais, as pressões inglesas sobre o tráfico negreiro e a expansão da atividade cafeeira, trazendo a necessidade de ampliar a força de trabalho.

Com a extinção do tráfico negreiro em 1850- lei Euzébio de Queiróz- os fazendeiros de café tiveram que encontrar uma solução para suprir a falta de mão-de-obra; esta solução será a importação de imigrantes europeus.
O pioneiro em recrutar imigrantes europeus foi um grande fazendeiro da região de Limeira, em São Paulo, o senador Nicolau de Campos Vergueiro, que trouxe para a sua fazenda famílias da Suíça e da Alemanha, iniciando o chamado sistema de parceria.
O sistema de parceria
O fazendeiro custeava o transporte dos imigrantes europeus até suas fazendas e estes, por sua vez, pagariam os fazendeiros com trabalho. O trabalho consistia no cultivo do café e gêneros de subsistência, entregando ao fazendeiro boa parte da produção ( dois terços). O regime de parceria não obteve sucesso, em razão dos elevados juros cobrados sobre as dívidas assumidas pelos colonos para trabalharem no Brasil, os maus tratos recebidos e o baixo preço pago pelo café cultivado.
Diante do fracasso do sistema e das revoltas de colonos, outras formas de estímulo à vinda de imigrantes forma adotados.
A imigração subvencionada substituiu o sistema de parcerias. Nela, o Estado pagava os custos da viagem do imigrante europeu e regulamentava as relações entre os fazendeiros e os colonos.
Os grandes "importadores" de imigrantes foram a Itália e a Alemanha, países que passavam por guerras, em virtude do processo de unificação política.

A consolidação do trabalho livre e assalariado fortaleceu o mercado interno brasileiro e criou condições para o desenvolvimento industrial.
Com a extinção do tráfico negreiro e a entrada maciça de imigrantes europeus, abriu-se a possibilidade do desenvolvimento da chamada economia familiar: pequenas propriedades, voltadas para o abastecimento do mercado interno. Pressionado pela aristocracia rural, o governo imperial aprovou, em 1850, a chamada Lei das Terras, determinando que as terras públicas só poderiam tornar-se privadas mediante a compra. Dado ao preço elevado das terras, pessoas de poucos recursos não tinham acesso, evitando desvio de mão-de-obra para outras atividades que não fossem o setor agroexportador.


O surto industrial



O desenvolvimento industrial brasileiro está relacionado com a promulgação, em 1844 da tarifa Alves Branco, que aumentou as taxas alfandegárias sobre os artigos importados; o fim do tráfico negreiro foi um fator que também favoreceu o florescimento industrial, pois os capitais destinados ao comércio de escravos passaram a ser empregados em outros empreendimentos e, com a vinda dos imigrantes e da consolidação do trabalho assalariado, houve uma ampliação do mercado consumidor.

O maior destaque industrial do período foi, sem dúvida nenhuma, Irineu Evangelista de Souza, o barão de Mauá. Dirigiu inúmeros empreendimentos, tais como bancos, companhias de gás, companhias de navegação, estradas de ferro, fundição, fábrica de velas. No campo das comunicações, trabalhou na instalação de um cabo submarino ligando o Brasil à Europa.

O surto industrial e a chamada "Era Mauá", entraram em crise a partir de 1860, com a tarifa Silva Ferraz, que substituiu a tarifa Alves Branco. Houve uma redução nas taxas de importação e a concorrência inglesa foi fatal para os empreendimentos de Mauá.


A queda da monarquia brasileira


A queda monarquia brasileira está relacionada às mudanças estruturais que ocorreram no Brasil ao longo do século XIX: a modernização da economia, o surto industrial, a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre e assalariado, o abolicionismo, o movimento republicano, o choques com a Igreja e o Exército.


O movimento abolicionista


A campanha pela abolição da escravidão ganhou impulso com o final da guerra do Paraguai. Muitos soldados negros que lutaram na guerra foram alforriados. Organizaram-se no país vários "clubes" que discutiam a questão. Visando diminuir as pressões internas e externas(a Inglaterra tinha interesses na abolição), o governo imperial iniciou uma série de reformas, com o intuito de reduzir a escravidão:


-Lei do Ventre Livre (1871)- filhos de escravas nascidos a partir daquela data seriam considerados livres. Os seus efeitos foram reduzidos visto que o escravo ficaria sob a tutela do proprietário até os oito anos, cabendo a este o direito de explorar o trabalho do escravo até este completar 21 anos de idade.

-Lei dos Sexagenários (1885)- libertava os escravos com acima de 65 anos de idade. Esta lei ficou conhecida como "a gargalhada nacional". Primeiro pelo reduzido número de escravos libertados, uma vez que poucos atingiam tal idade; além disto, um escravo com mais de 65 anos representava um custo ao grande proprietário, não tendo condições alguma de trabalhar. Por fim, depois da libertação, o negro deveria dar mais três anos de trabalho ao senhor, como forma de indenização!!

-Lei Áurea (1888)- decretava, no dia 13 de maio, a libertação de todos os escravos no Brasil.

A abolição da escravidão no Brasil foi um duro golpe aos grandes proprietários de terras escravocratas, que passaram a combater a Monarquia. São os chamados "Republicanos de 13 de maio".


A questão religiosa


Choque do governo imperial com a Igreja Católica, em virtude do regime do padroado, ou seja, o poder do imperador de nomear bispos­ficando a Igreja subordinada ao Estado. Em 1864, o Papa Pio IX, através da bula Sillabus proibiu a perman6encia de membros da maçonaria dentro da organização eclesiástica.


O imperador, membro da maçonaria, rejeitou a bula. Porém, dois bispos obedeceram o papa e expulsaram párocos ligados à maçonaria. Os bispos foram condenados à prisão com trabalhos forçados, sendo anistiados pouco depois. Os bispos eram D. Vidal de Oliveira da diocese de Olinda, e D. Antônio de Macedo da diocese de Belém.


O episódio deixou claro que, caso houvesse uma conspiração contra a Monarquia, esta não receberia o apoio da Igreja.



A questão militar


Desde o final da Guerra do Paraguai, o exército vinha exigindo uma maior participação nas decisões políticas do império. A insatisfação política, as idéias positivistas e os baixos soldos levaram os militares, através da imprensa, a criticarem a monarquia.

Em 1883, o tenente-coronel Sena Madureira criticou as reformas no sistema de aposentadoria militar, sendo punido. O governo proibiu qualquer tipo de declaração política dos militares na imprensa.
Em 1885, o coronel Cunha Matos do Piauí, utilizou-se da imprensa para defender-se da acusação de desonesto, sendo preso por 48 horas. A punição provocou um mal-estar na alta oficialidade, reclamando da interferência civil sobre os assuntos militares. Entre os oficiais descontentes com a Monarquia estava o marechal Deodoro da Fonseca.



O movimento republicano



O movimento republicano iniciou-se em 1870, com a fundação do Clube Republicano e do jornal "A República" e o lançamento do "Manifesto Republicano".
O Partido Republicano apresentava duas correntes: os evolucionistas, liderados por Quintino Bocaiúva, que defendiam a via pacífica para atingir o poder; os revolucionários, sob a liderança de Silva Jardim, que pregavam a revolução e a participação popular. O movimento de 15 de novembro foi conduzido pelos evolucionistas.

Entre os republicanos militares, as idéias de Augusto Comte foram muito difundidas, principalmente por Benjamin Constant -trata-se do positivismo, cujo lema era "Ordem e progresso".


A proclamação da República


Em 1888, um novo gabinete fora nomeado, tendo como primeiro ministro Afonso Celso de Oliveira Figueiredo, o visconde de Ouro Preto. Este iniciou um amplo programa reformista procurando salvar a monarquia.

No dia 14 de novembro de 1889 foi divulgado um boato de que o visconde de Ouro Preto havia decretado a prisão de Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant. Os militares rebelaram-se e na madrugada do dia 15, o marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando dos rebelados que marcharam em direção ao centro da cidade.

Na tarde de 15 de novembro de 1889, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, José do Patrocínio declarava a proclamação da República.

O movimento, elitista e que não contou com a participação popular, foi aplaudido e incentivado pela burguesia cafeicultora do Oeste Paulista, pois o ideal republicano envolvia a idéia de federação, ou seja, grande autonomia aos estados membros. Desta forma, a província de São Paulo ocuparia um ligar de destaque no Estado republicano, como se verá adiante

EXERCICIOS PRIMEIRO REINADO E PERIODO REGENCIAL

1) (FUVEST) - Sobre a Guarda Nacional, é correto afirmar que ela foi criada:

a) pelo imperador, D. Pedro II, e era por ele diretamente comandada, razão pela qual tornou-se a principal força durante a guerra do Paraguai

b) para atuar unicamente no Sul, a fim de assegurar a dominação do Império na Província da Cisplatina;

c) segundo o modelo da Guarda Nacional Francesa, o que fez dela o braço armado de diversas rebeliões no período regencial e início do 2º Reinado;

d) para substituir o exército extinto durante a menoridade, o qual era composto, em sua maioria por portugueses e ameaçava restaurar os laços coloniais;

e) no período regencial como instrumento dos setores conservadores destinado a manter e restabelecer a ordem e a tranqüilidade públicas.



2) (FUVEST) -O sistema eleitoral adotado no Império Brasileiro estabelecia o voto censitário. Esta afirmação significa que:

a) o sufrágio era indireto no que se referia às eleições gerais

b) para ser eleitor era necessário possuir uma determinada renda anual

c) as eleições eram efetuadas em dois turnos sucessivos

d) o voto não era extensivo aos analfabetos e às mulheres

e) por ocasião das eleições, realizava-se o recenseamento geral da população.



3)(UESC) Movimentos políticos e sociais colocaram em perigo a unidade territorial brasileira após a independência de 1822. Identifique dentre eles os que continham propostas federalistas;

a) Malês e Confederação do Equador;

b) Emboabas e mascates;

c) Balaiada e Farroupilha

d) Mascates e Malês;

e) Confederação do Equador e Emboabas.



4) (UFOP-MG) - O Ato Adicional à Constituição brasileira de 1824, aprovado em 12 de agosto de 1834, suprimiu:

a) as assembléias provinciais

b) o Senado vitalício

c) o Conselho de Estado

d) o município neutro

e) o poder Moderador



5)(UMC) - O golpe da maioridade, datado de julho de 1840 e que elevou D. Pedro II a imperador do Brasil, foi justificado como sendo:

a) uma estratégia para manter a unidade nacional, abalada pelas sucessivas rebeliões provinciais

b) o único caminho para que o país alcançasse novo patamar de desenvolvimento econômico e social

c) a melhor saída para impedir que o partido Liberal dominasse a política nacional

d) a forma mais viável para o governo aceitar a proclamação da República e a abolição da escravatura

e) uma estratégia para impedir a instalação de um governo ditatorial e simpatizante do socialismo utópico.

PRIMEIRO REINADO E PERIODO REGENCIAL

Por: Jailson Marinho

http://www.mundovestibular.com.br/articles/4431/1/PRIMEIRO-REINADO/Paacutegina1.html

A história da Monarquia Brasileira estará dividida em duas partes. Nesta aula, de número 14, observaremos o Primeiro Reinado e o Período Regencial. Na próxima aula, de número 15, estudaremos o Segundo Reinado e o golpe republicano.

O Primeiro Reinado (1822/1831)

O Primeiro Reinado é caracterizado pela organização do Estado Nacional Brasileiro, que pode ser dividido nas seguintes etapas: as guerras de independência, o reconhecimento externo de nossa independência, a elaboração da primeira Constituição e a abdicação de D. Pedro I.

As guerras de independência

Para garantir a independência e manter a unidade territorial D. Pedro I teve que enfrentar a resistência de algumas províncias, governadas por portugueses e que se mantiveram leais às Corte portuguesas. As províncias foram a Bahia, Pará, Piauí e Maranhão.

Outra província que se opôs foi a Cisplatina. A guerra da Cisplatina, que se iniciou em 1823, só terminou em 1828 com a proclamação de sua independência ( é o atual Uruguai).
As guerras de independência contrariam a visão tradicional de que a independência brasileira foi pacífica. Em virtude da ausência de um exército nacional organizado, as guerras de independência contaram com o apoio das milícias civis - com forte participação popular- e auxílio de mercenários ingleses e franceses, destacando-se Lord Cochrane, John Grenfell, John Taylor e Pierre Labatut.

Com a derrota das forças militares contrárias à independência a unidade territorial foi mantida e D. Pedro I coroado imperador em dezembro de 1822.

O reconhecimento da independência

O primeiro país a reconhecer oficialmente a independência do Brasil foram os Estados Unidos da América, no ano de 1824. O reconhecimento deu-se obedecendo os princípios da Doutrina Monroe, que pregava e defendia a não intervenção da Europa - através da Santa Aliança- nos assuntos americanos. "A América para os americanos" era
o lema da Doutrina Monroe. Desta forma, os Estados Unidos da América garantiam sua supremacia política na região.

No ano de 1825 foi a vez de Portugal reconhecer a independência de sua antiga colônia. A Inglaterra atuou como mediadora entre o Brasil e Portugal. Em troca do reconhecimento, Portugal exigiu uma indenização de dois milhões de libras, que auxiliariam o Reino lusitano a saldar parte de suas dívidas com os britânicos. Como o Brasil não possuia este montante, a Inglaterra tratou de emprestar. Assim, o dinheiro exigido por Portugal nem saiu da Inglaterra e, de quebra, o Brasil tornou-se seu dependente financeiro.

Graças à mediação inglesa no reconhecimento de nossa independência, esta obteve importantes regalias comerciais com a assinatura de um tratado, no ano de 1827, que reafirmava os tratados de 1810. O acordo garantia tarifas alfandegárias preferenciais aos produtos ingleses, o que prejudicou o desenvolvimento econômico brasileiro. O novo acordo estabelecia a extinção do tráfico negreiro ­cláusula que não foi concretizada.
Assim, o Brasil continuava a ser um exportador de produtos primários, importador de produtos manufaturados e dependente financeiramente da Inglaterra.

A Organização jurídica do Estado Brasileiro

Após a independência do Brasil, tornou-se necessário organizar o novo Estado, através de uma Constituição. Neste momento, a vida política no novo país estava dividida em dois grupos. O Partido Português, que articulava a recolonização do Brasil, e o Partido Brasileiro, dividido em duas facções: os conservadores, liderados pelos irmãos Andrada e que defendiam uma monarquia fortemente centralizada; e os liberais, que defendiam uma monarquia onde os poderes do rei fossem limitados.

No ano de 1823, uma Assembléia Constituinte - composta por 90 deputados -apresentou um projeto constitucional que mantinha a escravidão, restringia os poderes do imperador e instituía o voto censitário: o eleitor ou o candidato teria de comprovar um determinado nível de renda. A renda seria avaliada pela quantidade anual de alqueires de mandioca produzidos. Dado a isto, este projeto constitucional ficou conhecido como a "Constituição da Mandioca".
Não gostando de ter os seus poderes limitados, D. Pedro I fechou a Assembléia Constituinte. Procurando impedir sua dissolução, a Assembléia ficou reunida na noite de 11 para 12 de novembro, episódio conhecido como Noite da Agonia.

Dissolvida a Assembléia, D. Pedro convocou um grupo de dez pessoas - Conselho de Estado - que ficou encarregado de elaborar um novo projeto constitucional. O projeto será aprovado em 25 de março de 1824.

A CONSTITUIÇÃO DE 1824
A seguir, os principais aspectos da primeira Carta do Brasil:

-estabelecimento de uma monarquia hereditária;
-instituição de quatro poderes: poder Executivo, exercido pelo imperador e seus ministros; poder Legislativo, exercido por deputados eleitos por quatro anos e senadores nomeados em caráter vitalício; poder Judiciário, formado por juízes e tribunais, tendo como órgão máximo o Supremo Tribunal de Justiça e o poder Moderador, de atribuição exclusiva do imperador e assessorado por um Conselho de Estado. Pelo poder Moderador, o imperador poderia interferir nos demais poderes. Na prática, o poder político do imperador era absoluto;
-O país foi dividido em províncias, dirigidas por governadores nomeados pelo imperador;
-O voto era censitário, tendo o eleitor ou candidato de comprovar uma determinada renda mínima; o voto seria a descoberto ( não secreto );
-Eleições indiretas;
-Oficialização da religião católica e subordinação da Igreja ao controle do Estado.
Assim, a Constituição outorgada em 1824, impedia a participação política da maioria da população e concentrava os poderes nas mãos do imperador, através do exercício do poder Moderador.

O excessivo autoritarismo do imperador, explicitado com o fechamento da Assembléia Constituinte e com a outorga da Constituição centralizadora de 1824, provocaram protestos em várias províncias brasileiras, especialmente em Pernambuco, palco da primeira manifestação do Primeiro Reinado. Trata-se da Confederação do Equador.

A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR
O nordeste brasileiro, no início do século XIX, encontrava-se em grave crise econômica. Somada aos ideais revolucionários de 1817 ( Revolução Pernambucana) ocorre em Pernambuco um movimento republicano, de caráter separatista e popular.

Entre os líderes do movimento temos as figuras de Manuel de Carvalho Pais de Andrade, Cipriano Barata, padre Gonçalves Mororó e Frei Caneca. O movimento recebeu apoio de outras províncias nordestinas ( Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba ).

Os rebeldes proclamaram a independência e fundaram uma república, denominada Confederação do Equador ( dada à localização geográfica das províncias rebeldes, próximas à linha do Equador ) e adotaram, de forma provisória, a Constituição da Colômbia.
A repressão ao movimento, determinada pelo imperador, foi violenta e seus principais líderes condenados à morte.

A Abdicação de D. Pedro I

Vários foram os fatores que levaram à abdicação de D. Pedro I. O Primeiro Reinado apresentava um difícil situação financeira em decorrência da balança comercial desfavorável, contribuindo para as altas taxas inflacionárias.

Um grande descontentamento em relação à figura do imperador, em virtude de seu autoritarismo, como o fechamento da Assembléia Constituinte, a imposição da Constituição de 1824, a repressão à Confederação do Equador.
Contam-se ainda, a desastrosa Guerra da Cisplatina e a participação do imperador na sucessão do trono português.

A imprensa brasileira inicia uma série de críticas ao governo imperial, resultando no assassinato do jornalista Líbero Badaró, grande opositor de D. Pedro I.

No ano de 1831, em Minas Gerais, o imperador enfrentou sérias manifestações, sendo recebido com faixas negras em sinal de luto pelo morte do jornalista. Retornando à capital do Império, seus partidários promoveram uma festa em homenagem ao imperador, desagradando a oposição e ao povo. Inicia-se uma luta entre partidários e opositores ao imperador, denominada "Noite das Garrafadas".

Após sucessivas mudanças ministeriais, procurando conter as manifestações, D. Pedro I abdicou, na madrugada de 7 de abril de 1831, em favor de seu filho D. Pedro de Alcântara.
Em Portugal, após enfrentar o irmão D. Miguel, será coroado rei de Portugal, com o título de Pedro IV.

A abdicação de D. Pedro I consolidou o processo de independência, ao afastar o fantasma da recolonização portuguesa. Daí, nos dizeres de Caio Prado Jr., "o 7 de abril, completou o 7 de setembro".

Como seu legítimo sucessor possuia apenas cinco anos de idade, inicia-se um período político denominado Período Regencial.

O Período Regencial (1831/1840)

O Período Regencial foi um dos mais conturbados da história brasileira. Dada a menoridade do sucessor ao trono, o país foi governado por regentes, que, segundo a Constituição de 1824, seriam eleitos pela Assembléia Geral.

Durante as regências haverá três correntes políticas: os Moderados ou Chimangos, que representavam a aristocracia rural; os Restauradores ou Caramurus, composto por comerciantes portugueses e pela burocracia estatal; os Exaltados ou Farroupilhas que representavam as camadas médias urbanas.

Os Moderados defendiam uma monarquia moderada, os Restauradores pregavam a volta de D. Pedro I e os Exaltados exigiam uma maior autonomia das províncias. Os mais radicais, entre os exaltados, pediam o fim da Monarquia e a proclamação de uma República.

A ORGANIZAÇÃO DAS REGÊNCIAS
Regência Trina Provisória ( abril a junho de 1831 )

Composta por Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, José Joaquim Carneiro de Campos e Francisco de Lima e Silva. O principal ato dos regentes foi a promulgação da Lei Regencial, que suspendia temporariamente o exercício do poder Moderador.

Regência Trina Permanente (1831/1835)

Composta por Francisco de Lima e Silva, José da Costa Carvalho e Bráulio Muniz.
O ministro da Justiça foi o padre Diogo Antônio Feijó, que criou a Guarda Nacional; uma milícia armada formada por pessoas de posses, que se transformou no principal instrumento de repressão da aristocracia rural, para conter os movimentos populares. O comando da Guarda Nacional nos municípios era entregue ao coronel, patente vendida aos grandes proprietários de terras, que assumiam, localmente, as funções do Estado, garantindo a segurança e a ordem.

No ano de 1832, foi aprovado o Código do Processo Criminal, que concedia aos municípios uma ampla autonomia judiciária. Esta autonomia será utilizada para garantir a imunidade aos grandes proprietários de terras.

No ano de 1834, procurando atenuar as disputas políticas entre exaltados e moderados, foi elaborado o Ato Adicional, que estabelecia algumas alterações na Constituição de 1824. A seguir, as emendas à Constituição de 1824:

-a criação das Assembléias Legislativas Provinciais, substituindo os Conselhos Provinciais e garantindo uma maior descentralização administrativa;
-a extinção do Conselho de Estado, que assessorava o imperador no exercício do poder Moderador
-criação do Município Neutro do Rio de Janeiro, sede da administração central;
-substituição da Regência Trina pela Regência Una, eleita pelas assembléias de todo país. O mandato do regente seria de quatro anos. Semelhante medida é tida como uma experiência republicana.

O Ato Adicional é visto como um avanço das idéias liberais visando garantir uma maior autonomia aos poderes locais.
No ano de 1835 o padre Feijó foi eleito regente uno.

A REGÊNCIA UNA DE FEIJÓ (1835/1837)

Durante a regência de Feijó a uma reorganização dos grupos políticos. O grupo Moderado divide-se em progressistas, defensores da autonomia provincial, e os regressistas, que pregavam uma maior centralização política, para enfrentar os movimentos populares.

Os progressistas criaram o Partido Liberal, e os regressistas o Partido Conservador.
Durante a regência de Feijó ocorrerá dois importantes levantes regenciais - a Cabanagem na província do Pará e a Guerra dos Farrapos, na província do Rio Grande do Sul.

Mostrando incapacidade para conter as revoltas, Feijó sofre grande oposição parlamentar sendo obrigado a renunciar em 1837.

A REGÊNCIA UNA DE ARAÚJO LIMA ( 1837/1840)

Araújo Lima era presidente da Câmara e partidário dos Conservadores. Sua regência é de caráter conservador. Os movimentos populares eram atribuídos às reformas liberais do Ato Adicional. Procurando restaurar a ordem no país, o Ato Adicional foi alterado, mediante a aprovação, no ano de 1840, da Lei Interpretativa do Ato Adicional, que suprimia a autonomia das províncias e garantia a centralização política.

No ano de 1840 foi fundado o Clube da Maioridade, que defendia a antecipação da maioridade do imperador. Segundo os membros do Clube, a presença do imperador contribuiria para cessar os movimentos populares.

Em julho de 1840, após a aprovação de uma emenda constitucional - que antecipava a maioridade do imperador - D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. Este episódio é conhecido como Golpe da Maioridade ( D. Pedro tinha, na ocasião 15 anos ).

As Rebeliões Regenciais

O período regencial foi marcado por uma grande instabilidade política, devido aos conflitos entre a própria elite dirigente - os liberais e os conservadores - e das camadas populares contra esta elite dirigente.

Após a independência, tornou-se necessária a organização do Estado Nacional que, como vimos, manteve as estruturas sócio-econômicas herdadas do período colonial: o latifúndio monocultor e escravocrata, mantendo a economia nacional voltada para atender as necessidades do mercado externo.

Tal quadro veio agravar a situação das camadas populares que passaram, por meio das rebeliões, a questionar a estrutura do novo Estado e a propor um novo modelo- daí as propostas separatistas e republicanas.

A CABANAGEM ( PARÁ- 1835/1840)
Um dos mais importantes movimentos sociais ocorridos na história do Brasil, marcado pelo controle do poder político pelas camadas populares.
A população do Pará vivia em um estado de penúria, e sua esmagadora maioria vivia em cabanas, à beira dos rios, em condições de absoluta miséria.

O início do levante está ligado às divergências, no interior da elite dirigente, em torno da nomeação do presidente da província. A revolta contou com apoio da população pobre -insatisfeita com as péssimas condições de vida e contra os privilégios das oligarquias locais.
Em 06 de janeiro de 1835, os cabanos dominam a capital da província e ocupam o poder. Estabelecem um governo autônomo e de caráter republicano.

Entre os principais líderes encontravam-se o cônego Batista Campos, os irmãos Antônio e Francisco Vinagre, Eduardo Angelim e o fazendeiro Clemente Melcher-proclamado o novo presidente da província.

A Cabanagem foi um movimento essencialmente popular. Em virtude de traições ficou enfraquecido, facilitando a repressão pelas forças regenciais. A primeira rebelião popular da história brasileira terminou com um saldo de mais de 40.000 mortes, em população de aproximadamente 100.000 pessoas.

A GUERRA DOS FARRAPOS (RIO GRANDE DO SUL- 1835/1845)

A revolução farroupilha foi a mais longa que já ocorreu na história brasileira. O movimento possui suas raízes na base econômica da região. A economia gaúcha desenvolveu-se para atender as necessidades do mercado interno -a pecuária e a comercialização do charque.

Os fazendeiros de gado gaúcho, denominados estancieiros, se revoltaram contra a elevação dos impostos sobre o charque, impedindo de competir com o charque argentino- que era privilegiado com tarifas alfandegárias menores.

Os estancieiros reivindicavam uma maior autonomia provincial. Os farroupilhas -que pertenciam ao Partido Exaltado, em sua maioria republicanos; liderados por Bento Gonçalves ocuparam Porto Alegre - no ano de 1835 - e em 1836 proclamaram a República de Piratini.
Em 1839, com o auxílio do italiano Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro proclamaram a República Juliana, região de Santa Catarina.

Com o golpe da maioridade, em 1840, D. Pedro II; procurando pacificar a região, prometeu anistia aos revoltosos -medida que não surtiu efeito. Em 1842 foi enviado à região Luís Alves de Lima e Silva - o barão de Caxias -para dominar a região. Em 1845 foi assinado um acordo de paz - Paz de Ponche Verde - entre Caixas e Canabarro, que entre outras coisas estabelecia anistia geral aos rebeldes, libertação dos escravos que lutaram na guerra e taxação de 25% sobre o charque platino.

O termo "farrapos" foi uma alusão à falta de uniforme dos participantes da rebelião.

A SABINADA ( BAHIA - 1837/1838)

Movimento liderado pelo médico Francisco Sabino Barroso, contrário à centralização política patrocinada pelo governo regencial. Foi proclamada uma república independente até que D. Pedro II assumisse
o trono imperial. O governo central usou da violência e controlou a rebelião, que ficou restrita à participação da camada média urbana de Salvador.

A BALAIADA ( MARANHÃO - 1838/1841)

Movimento de caráter popular que teve como líderes Raimundo Gomes, apelidado de "Cara Preta"; Manuel dos Anjos Ferreira, fabricante de cestos e conhecido como "Balaio" e Cosme Bento, líder de negros foragidos.

A grave crise econômica do Maranhão e a situação miserável da população, provocou uma rebelião contra a aristocracia local. Os rebeldes ocuparam a cidade de Caxias e procuraram implantar um governo próprio. A repressão regencial foi liderado por Luís Alves de Lima e Silva, que recebeu o título de "barão de Caxias" pelo sucesso militar.

Houve ainda um outro levante, que durou apenas dois dias, mas tem grande importância, por tratar-se de uma rebelião de escravos. Trata-se da Revolta dos Negros Malês, ocorrida na Bahia, no ano de 1835. Os negros malês eram de religião muçulmana, e se rebelaram contra a opressão dos senhores brancos. Com gritos de "morte aos brancos, viva os nagôs", espalharam pânico pela região. A repressão foi muito violenta.

domingo, 7 de agosto de 2011

RENASCIMENTO CULTURAL E REFORMAS RELIGIOSAS

Por: Professor Jailson Marinho


O Renascimento foi um movimento histórico ocorrido ­inicialmente na Itália e difundido pela Europa entre os séculos XV e XVI. Foi caracterizado pela crítica aos valores medievais e pela revalorização dos valores da Antigüidade Clássica ( greco-romana ).

Foi na cidade de Florença que os textos clássicos passaram a ser estudados e as idéias renascentistas difundiram-se para outras cidades italianas e , posteriormente, para outras regiões da Europa.

Itália no século XV

O berço do Renascimento foi a Itália em virtude de uma série de fatores: -Intenso desenvolvimento comercial das cidades italianas que exerciam o monopólio sobre o comércio no mar Mediterrâneo;

-Desenvolvimento e ascensão de uma nova classe social -a burguesia comercial - que passava a difundir novos hábitos de consumo;
-O urbanismo e a disseminação do luxo e da opulência; -Influência da cultura grega, através do contato comercial das cidades italianas com o Oriente, especialmente Constantinopla;
-O Mecenato, prática exercida pelos burgueses, príncipes e papas, de financiar os artistas, procurando mostrar o poderio da cidade e ampliar o prestígio pessoal;
-A vinda de sábios bizantinos para a Itália após a conquista de Constantinopla pelos turcos Otomanos; -A presença, em solo italiano, da antigüidade clássica.

Aspectos da Renascença.

Os homens que viviam sob a Renascença criticavam a cultura medieval, excessivamente teocêntrica, e defendiam uma nova ordem de valores.

Os principais aspectos do Renascimento foram:

a) o racionalismo e o abandono do mundo sobrenatural;
b) o antropocentrismo, onde o homem é o centro de tudo;
c) o universalismo, caracterizado pela descoberta do mundo;
d) o naturalismo, acentuando o papel da natureza;
e) o individualismo, valorizando o talento e o trabalho;
f) o humanismo.

O Humanismo

Humanista era um sábio que criticava os valores medievais e defendia uma nova ordem de idéias. Valorizava o progresso e buscava revolucionar o mundo através da educação.

Foi o grande responsável pela divulgação dos valores renascentista pela Europa.

Outro elemento responsável pela expansão das novas idéias foi a imprensa de tipos móveis, inventada pelo alemão Johan Gutemberg, tornando mais fácil a reprodução de livros.

No Renascimento desenvolveram-se as artes plásticas, a literatura e os fundamentos da ciência moderna.


Artes Plásticas.

As obras renascentistas são caracterizadas pelo naturalismo e retratam o dinamismo comercial do período. Os estilos desenvolvidos levaram a uma divisão da Renascença em três períodos: o Trecento (século XIV) , o Quattrocento ( século XV ) e o Cinquecento ( século XVI).

TRECENTO - destaque para a pintura de Giotto ( 1276/1336 ) que muito influenciou os demais pintores;

QUATROCENTO - período de atuação dos Médicis, que financiaram os artistas. Lourenço de Médici foi o grande mecenas da época.

Destaques para Botticelli ( 1444/1510 ) e Leonardo da Vinci (1452/1519).

CINQUECENTO - O grande mecenas do período foi o papa Júlio II que pretendia reforçar a grandiosidade e o poder de Roma. Iniciou as obras da nova basílica de São Pedro. O autor do projeto foi Bramante e a decoração à cargo de Rafael Sânzio e Michelângelo.

Michelângelo ( 1475/1564 ) apesar de destacar-se como o pintor da capela Sistina foi o grande escultor da Renascença.

Literatura

Graças à imprensa, os livros ficaram mais acessíveis, facilitando a divulgação de novas idéias.

PRECURSORES

Três grandes autores do século XIV:

Dante Alighieri (1265/1321),autor de A Divina Comédia, uma crítica à concepção religiosa; Francesco Petrarca, com a obra África e Giovanni Boccaccio que escreveu Decameron.

PRINCIPAIS NOMES

ITÁLIA

Maquiavel, fundador da ciência política com sua obra O Príncipe, cuja tese central considera que os fins justificam os meios. Contribuiu para o fortalecimento do poder real e lançou os fundamentos do Estado Moderno.

Campanella, que relatou a miséria italiana no livro A Cidade do Sol.

FRANÇA

Rabelais, que escreveu Gargântua e Pantagruel;

Montaigne, que foi o autor de Ensaios.

HOLANDA

Erasmo de Roterdan, considerado o "príncipe dos humanistas" que satirizou e criticou a sociedade da época. Sua obra-prima é O Elogio da Loucura ( 1569 ).

INGLATERRA

Thomas Morus, que escreveu Utopia e

Shakespeare, autor de magníficos textos teatrais.

ESPANHA

Miguel de Cervantes, com o clássico Dom Quixote de la Mancha.

PORTUGAL

Camões, que exaltou as viagens portuguesas na sua obra Os Lusíadas.


Ciência Moderna

O racionalismo contribuiu para a valorização da matemática, da experimentação e da observação sistemática da natureza. Tais procedimentos inauguraram a ciência moderna. Principais nomes:

Nicolau Copérnico- demonstrou que o Sol era o centro do universo (heliocentrismo) em oposição ao geocentrismo ( a Terra como o centro).

Giordano Bruno -divulgou as idéias de Copérnico na Itália. Considerado herege foi queimado na fogueira em 1600.

Kepler -confirmou as teorias de Copérnico e elaborou uma série de enunciados referentes à mecânica celeste.

Galileu Galilei - inaugurador da ciência moderna e aprofundou as idéias de Copérnico, pressionado pela Igreja negou as suas idéias.

Crise do Renascimento

O Renascimento entra em decadência após a perda de prestígio econômico das cidades italianas, em decorrência das Grandes Navegações -que muda o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico; e da Contra-Reforma Católica que limitou a liberdade de expressão.

A Reforma Religiosa.

Ao longo da Idade Média, a Igreja Católica afastou-se de seus ensinamentos, sendo por isto criticada e considerada a responsável pelos sofrimentos do período: guerras, fomes e epidemias seriam como castigos de Deus pelo afastamento da Igreja de seus princípios.

Precursores

John Wyclif ( 1300/1384) e João Huss ( 1369/1415 ).

Causas da Reforma

Além das questões religiosas, como o nicolaísmo e a simonia, outros elementos constribuíram para o sucesso da Reforma:

A exploração dos camponeses pela Igreja -a Senhora feudal. A vontade de terras para o cultivo leva esta classe a apoiar a Reforma;

Interesses da nobreza alemã nas terras eclesiásticas;

A condenação da usura pela Igreja feria os interesses da burguesia comercial;

O processo de centralização política, onde era interesses dos reis o enfraquecimento da autoridade papal;

A centralização desenvolve o nacionalismo, aumentando a crítica sobre o poder de Roma em outras regiões.


Por que Alemanha


Na Alemanha a Igreja Católica era muito rica e dominava amplas extensões territoriais, limitando a expansão econômica da burguesia, inibindo o poder político da nobreza e causando insatisfação camponesa.

Lutero e a Reforma

Monge agostiniano que rompeu com a Igreja Católica em virtude da venda de indulgências, efetuada pela Igreja para a construção da basílica de São Pedro pelo papa Leão X.

Lutero protestou através da exposição de suas 95 teses, condenando, entre outras coisas a venda das indulgências.

Suas principais idéias reformistas eram:

Justificação pela fé: a única coisa que salva o homem é a fé, o homem está diante de Deus sem intermediários;

A idéia de livre-exame, significa que todo homem poderia interpretar livrmente a Bíblia, segundo a sua própria consciência;

Sendo assim, a Igreja e o Papado perdem sua função.

As idéias de Lutero agradaram a nobreza alemã que passou a se apropriar das terras eclesiásticas. A revolta atingiu as massas camponesas -que queriam terras - e foi duramente criticada por Lutero.

Reforma Calvinista

Defesa da teoria da predestinação, onde o destino do homem é condicionado por Deus. Dizia haver sinais de que o indivíduo era predestinado por Deus para a salvação: o sucesso material e a vontade de enriquecimento, pois a pobreza era tida como um desfavorecimento divino.

A valorização do trabalho, implícita na teoria; bem como a defesa do empréstimo de dinheiro a juros contribuem para o desenvolvimento da burguesia e representam um estímulo para o acúmulo de capitais.

Reforma Anglicana

Henrique VIII é o reformador da Inglaterra, através do Ato de Supremacia, aprovado em 1513, que colocou a Igreja sob a autoridade real - nascimento da Igreja Anglicana.

A justificativa para o rompimento foi a negativa do papa Clemente VII em dissolver o casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão.

Além disto, havia um enorme interesse do Estado nas propriedades eclesiásticas, para facilitar a expansão da produção de lã.

A Contra-Reforma

Diante do sucesso e da difusão das idéias protestantes, a Igreja Católica inicia a sua reforma, conhecida como Contra-Reforma. As principais medidas - tomadas no Concílio de Trento - foram:

Proibição da venda de indulgências;

Criação de seminários para a formação do clero;

O Index - censura de livros;

Restabelecimento da Inquisição;

Manutenção dos dogmas católicos;

Proibida a livre interpretação da Bíblia;

Reafirmação da infalibilidade papal.

Com a Contra-Reforma é fundada a ordem religiosa Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola em 1534, com o intuito de fortalecer a posição da Igreja Católica em países católicos e difundir o catolicismo na Ásia e Ámerica.


EXERCÍCIOS



1 (FATEC) No contexto do Renascimento, é correto afirmar que o humanismo:

01) apoiava-se em concepções nascidas na Antigüidade Clássica

02) teve em Erasmo de Roterdan um de seus principais expoentes

03) influenciou concepções que desencadearam a Reforma religiosa

04) inspirou uma verdadeira revolução cultural, iniciada na Itália

05) contribuiu para o desenvolvimento dos estudos científicos.



2) (UFMG) - Todas as alternativas contém objetivos da política da Igreja Católica esboçada durante o Concílio de Trento, exceto:

a) a expansão da fé cristã; b) a moralização do clero;

c) a reafirmação dos dogmas; d) a perseguição às heresias;

e) o relaxamento do celibato.



3) Com relação ao Renascimento fora da Itália, podemos afirmar que:

a) o mesmo só poderia penetrar onde houvesse uma estrutura socioeconômica ligada à formação do capitalismo

b) teve nas universidades um de seus maiores centros de propagação

c) foi mais desenvolvido no campo literário e filosófico

d) apresentou maior desenvolvimento artístico do que na Itália

e) há apenas uma alternativa errada.



4)(UFSC) Sobre as várias fases do cristianismo, na história do Mundo Ocidental, assinale as afirmações corretas:

01. Teve origem na Judéia, passando a ser difundido pelo Império Romano através da atuação dos apóstolos.

02. O poder religioso da Igreja, na Idade Média, influiu nas atividades políticas, administrativas e culturais.

03. A insatisfação em relação às atividades da Igreja culminou com o surgimento de várias dissidências, cujo conjunto foi denominado "Reforma Religiosa".

04. O anseio de propagação da fé católica atingiu a América, através da ação dos jesuítas que acompanhavam as expedições colonizadoras.

05. A igreja Católica, na atualidade, vem enfrentando um intenso surgimento de novas "Igrejas".



5) (FUVEST) Sobre a Reforma Religiosa do século XVI, é correto afirmar que:

a) nas áreas em que ele penetrou, obteve ampla adesão em todas as camadas da sociedade;

b) foi um fenômeno elitista quanto o Renascimento, permanecendo afastada das massas rurais e urbanas;

c) nada teve a ver com o desenvolvimento das modernas economias capitalistas;

d) fundamentou-se nas doutrinas de salvação pelas obras e na falibilidade da Igreja e da Bíblia;

e) acabou por ficar restrita à Alemanha luterana, à Holanda calvinista e à Inglaterra anglicana.



6) (GV) O Renascimento Cultural, na Inglaterra, caracterizou-se principalmente pela produção de obras nos campos da:

a) Escultura e Música b) Pintura e Filosofia

c) Literatura e Escultura d) Música e Pintura

f) Filosofia e Literatura