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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A República Velha e a Era Vargas

O Declínio do Segundo Reinado

A crise do Império foi resultado das transformações processadas na economia e na sociedade, a partir do século XIX, somando-se conduziram importantes setores da sociedade a uma conclusão: a Monarquia precisava ser superada para dar lugar a um outro regime político mais adaptado aos problemas da época.
A crise do Império foi marcada por uma série de questões que desembocaram na Proclamação da República.

QUESTÃO ABOLlCIONISTA:
Os senhores de escravos não se conformaram com a abolição da escravidão e com o fato de não terem sido indenizados. Sentindo-se abandonados pela Monarquia passaram a apoiar a causa republicana, surgindo os chamados Republicanos de 13 de Maio (chamada assim por causa da data em que a Lei Áurea foi assinada). As principais leis que contribuíram para o fim da escravidão no Brasil foram: 1850, lei Eusébio de Queiroz (extinguia o tráfico negreiro); 1871, lei do Ventre Livre (os filhos de escravos seriam considerados livres, devendo aos proprietários criá-los até os oito anos); 1885, lei dos Sexagenários (quando o escravo completasse 65 anos eles estariam libertos); e 13 de Maio de 1888, lei Áurea (abolição total da escravidão, assinada pela princesa Isabel, que substituía provisoriamente o Imperador).

QUESTÃO RELIGIOSA:

A questão religiosa consistiu num conflito entre dois bispos, D. Vital e D. Macedo Costa, que insistiram em aplicar no país determinações papais que não haviam obtido a aprovação (placet) do Imperador, como determinava a constituição. Esse poder de veto imperial chamava-se beneplácito. Processados e condenados, o assunto serviu para afastar a igreja do trono.

QUESTÃO MILITAR:

Durante o Império havia sido aprovado o projeto Montepio, pelo qual as famílias dos militares mortos ou mutilados na Guerra do Paraguai recebiam uma pensão. A guerra terminara em 1870 e em 1883 o montepio ainda não estava pago. Os militares encarregaram então o tenente coronel Sena Madureira de defender os seus direitos. Este, depois de se pronunciar pela imprensa, atacando o projeto Montepio, foi punido. A partir de então, os militares ficaram proibidos de dar declarações à imprensa sem prévia autorização imperial.
O descaso que alguns políticos e ministros conservadores tinham pelo Exército levava-os a punir elevados oficiais, por motivos qualificados como indisciplina militar. As punições disciplinares conferidas ao tenente-coronel Sena Madureira e ao coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos, provocou revolta em importantes chefes de Exército, como o Marechal Deodoro da Fonseca.

Proclamação da República

O Governo Imperial, percebendo, embora tardia­mente, a difícil situação em que se encontrava com o isolamento da Monarquia, apresentou à Câmara dos Deputados um programa de reformas políticas, do qual constavam: liberdade de fé religiosa; liberdade de ensino e seu aperfeiçoamento; autonomia das Províncias; mandato temporário dos senadores.
Entretanto, as reformas chegaram tarde demais. No dia 15 dê novembro de 18889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o Quartel General do Rio de Janeiro. Na noite de do dia 15, constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil. D. Pedra II, que estava em Petrópolis durante esses acontecimentos, recebeu, no dia seguinte, um respeitoso documento do novo Governo, solicitando que ele se retirasse do País, juntamente com sua família.
Proclamada a República, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca.

República da Espada (1889 - 1894)

Governo de Deodoro:

1ª fase governo provisório

- Decreto de banimento da Família Real
- Convocação da Assembléia Constituinte
- Resistências à Republica, na Marinha
- Eleição indireta de Deodoro
- Encilhamento (Rui Barbosa)

2ª fase governo constitucional

- Crise econômica
- Oposição dos cafeicultores
- Fechamento do Congresso
- 1 ª Revolta da Armada (Custódio de Melo)
- Renúncia de Deodoro

Governo de Floriano Peixoto:

- Assumiu inicialmente sob apoio dos cafeicultores paulistas
- Não cumpriu a Constituição no que tange às novas
eleições
- Perda do apoio dos cafeicultores
- 2ª Revolta da armada
- Revolução Federalista no sul do país
- Reconquista do apoio da elite cafeeira
- Congelamento de aluguéis e gêneros alimentícios
- Consolidador da República

Características da Constituição de 1891

- Copiada da constituição dos Estados Unidos
- Adotou o sistema presidencialista
- Fim do poder moderador
- Legislativo federal bicameral e estadual unicameral
- Voto aberto e universal masculino para os maiores
de 21 anos alfabetizados
-Fim do voto censitário
- Separação Igreja e Estado
- Mandato de quatro anos para presidente
A República Velha (1889 - 1930)

Principais características:

- Domínio das oligarquias estaduais
- Economia de caráter primário com o predomínio do
café
- Política dos Governadores e do Café-com-Leite
-Voto de cabresto e aberto
- Revoltas Tenentistas - Forte de Copacabana, Coluna Prestes, Revolta de 1924 .
-Revoltas Populares- Canudos- - NE: pobreza, miséria e exploração, - Antônio Conselheiro: líder messiânico. O Exército destruiu Canudos.
- O Cangaço: bandos armados no NE, saqueavam fazendas: justiça com as próprias mãos, Lampião: mais famoso .
- A Revolta da Vacina (1904): Rio de Janeiro: crise, desemprego e descontentamento popular. Vacinação obrigatória contra a Varíola. - Violência de rua: confrontos, prisões.
- As Greves (1901 a 1920): Exploração dos trabalhadores. Greves eram tratadas como "casos de polícia" pelo governo
- Conquistas dos trabalhadores e fim das greves
- Chibata: Revolta dos marinheiros contra o baixo
soldo e castigos físicos. Líder - João Cândido - Política das Salvações
- Crise de 1929
- Rompimento da política do Café-com-Leite
- Eleição de Júlio Prestes
- Revolução de 1930
- Queda de Washington Luís


Conhecendo a República Velha

República das Oligarquias

O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos:
Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.

Política do Café-com-Leite

A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.

Política dos Governadores

Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.

O coronelismo

A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

O Convênio de Taubaté

Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados.
Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.

A crise da República Velha e o Golpe de 1930

Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-­leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.
Era Vargas

O CENÁRIO BRASILEIRO NO FINAL DA DÉCADA DE 20:
ASPECTO ECONÔMICO:

A Crise de 29 resultou na queda das exportações e do preço do café;
Bloqueio da política de empréstimos ao Brasil; Inviabilidade da tradicional política de valorização do café.

ASPECTO POLÍTICO:

A crise política alia-se à crise econômica; Rompimento da política do café- com -leite; Surgimento da Aliança Liberal (Associação que reunia as oligarquias dissidentes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba);
A Aliança Liberal lança a candidatura de Getúlio Vargas e João Pessoa à presidência e vice­presidência do Brasil;
Júlio Prestes, candidato do governo, vence as eleições marcadas por fraudes.

A "REVOLUÇÃO" DE 30.

Tensão social gerada pelo descontentamento com a vitória do grupo ligado ao governo;
Assassinato de João Pessoa (a tragédia é usada para fins políticos);
Em 3 de outubro de 1930, em Porto Alegre, teve início a revolta que colocou um ponto final na República Velha e deu início à Era Vargas.

FASES DA ERA VARGAS:

O GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934)

Instalação da Lei Orgânica (plenos poderes para Getúlio, tais como: suspensão da Constituição de 1891, fechamento do Congresso Nacional, assembléias estaduais e municipais e nomeação de interventores)
Eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932: Origens: A oligarquia cafeicultora paulista não se conformava com a perda do poder político que desfrutava durante a República Velha, com a ausência de uma Constituição e com a nomeação indesejada de um interventor para São Paulo.
- Resultados: Após 3 meses de luta, os revolucionários paulistas são derrotados pelas tropas do governo. Vargas passa a adotar uma atitude conciliatória (Concessão de empréstimos aos cafeicultores e convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte).

O GOVERNO CONSTITUCIONAL DE VARGAS (1934-1937)

A Constituição de 1934 (manutenção do regime federativo e do equilíbrio dos três poderes; voto feminino; confirmação da legislação trabalhista; ensino primário obrigatório e gratuito, etc.); Aparecimento dos partidos políticos AIB (Ação Integralista Brasileira, de caráter fascista) e ANL (Aliança Nacional Libertadora);
Tentativa fracassada de golpe de Estado (Intentona comunista de 1935);
A farsa do Plano Cohen;
O Golpe do Estado Novo (10-11-1937)

A DITADURA DO ESTADO NOVO (1937-1945)

Imposição da Constituição de 1937, a Polaca de cunho fascista.
Centralização excessiva do poder, indefinição ideológica, proibição dos partidos políticos, burocratização (DASP) e controle ideológico (DIP); Legislação paternalista trabalhista (institucionalização sindical);
Intervencionismo econômico e nacionalismo, investimentos estatais na siderurgia e petróleo (foram criadas a CSN, a Vale do Rio Doce, a Companhia Hidrelétrica de São Francisco e a Álcalis).
Relações exteriores: hesitação entre neutralidade ou participação na Segunda Guerra Mundial; 1942: declaração de guerra ao Eixo.
Atividades
1. A Monarquia precisava ser superada para dar lugar a um outro regime político mais adaptado aos problemas da época. A crise do Império foi marcada por uma SÉRIE DE QUESTÕES que desembocaram na Proclamação da República.
Sendo assim, responda:

a) Quais foram essas questões?

b) No final do Segundo Reinado ocorreu uma serie de leis abolicionistas. Quais foram essas leis? Comente três dessas leis.

2. Como Deodoro da Fonseca chegou ao poder no Brasil?

3. Como podemos dividir a Republica Velha?

4. Quais os principais pontos da constituição de 1891?

5. Preencha o quadro abaixo sobre a guerra de Canudos:

a) Local:

b) Líder:

c) Características:

6. Explique as expressões abaixo:

a) "Política Café com Leite":

b) "Política dos Governadores":

c) "Voto de cabresto":

7. Como era tratado o movimento sindical na República Velha?

8. Como chegou ao fim a República Velha?

9. Qual o cenário brasileiro no final da década de 20?

10. Dê a divisão política da Era Vargas.

11. Qual a posição de Getulio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial?

12. Quais as características da Revolução Constitucionalista de 1932?

13. O que foi o “Estado Novo”?

sábado, 8 de agosto de 2009

Revoltas Separatistas

Inconfidência Mineira
http://www.sofi.com.br/node/498

1-Tempo: 1789;
2-Local: Vila Rica (Ouro Preto);
3-Influências:
- Era um movimento emancipacionista, iluminista, elitista, escravagista, burguês, era da elite para a elite;
- Ilustração: ideais, cultura, conhecimento;
- Independência das Treze Colônias, EUA;
- Ideologia Jeffersoniana: República autônoma sem influência européia;
- Iluminismo: liberdade, igualdade e fraternidade;
- Revolução Francesa- 1789: fim do absolutismo;
4-Motivos:
- Arrocho Colonial;
- Fiscalismo na região das Minas para não extraviar o ouro;
- As crises na sociedade internamente;
- Crise da exploração do ouro, fim do sonho de “riqueza fácil”;
- Descravização: escravo foi ficando caro e oneroso;
- Endividamento dos colonos do ouro com o Estado;
- O viajar das idéias e os jovens estudantes brasileiros na Europa que trazem ao Brasil ideais iluministas e revolucionários.
5-Motivo Imediato:
- Derrama.
6-Táticas:
- Esperar a derrama para ver a revolta do povo e então assumir a liderança da revolta;
- Construção da Bandeira do novo país Independente;
- Buscar ajuda dos EUA e da França;
- Propunham implantar a República;
- Propunham mudar a capital do Brasil para São João Del Rey;
- Não propunham o fim da escravidão.
7-Frustração:
- Delação: Silvério Dos Reis fazia parte do movimento de inconfidência e o delatou ao Estado para, assim, ter as suas dívidas abatidas;
- Suspensão da Derrama: o Estado suspendeu a derrama e frustrou a base do movimento;
- Prisões dos membros do movimento;
- Fragilidade da trama: não tinham armas, nem ajuda do povo;
- Abertura da Devassa: abriu inquérito policial.
8-Resultados:
- A devassa condenou Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) à pena capital e os outros “inconfidentes” à pena de degredo, ou seja, Tiradentes foi enforcado e esquartejado em praça pública como exemplo para futuros movimentos, ele virou mártir da Independência;
- Essa rebelião ou movimento foi importante pois marcou a passagem do nativismo para a emancipação;
- É o início do processo de independência que tem fim em 1822.

Conjuração Baiana
http://www.sofi.com.br/node/498

1-Tempo: 1798.
2-Local: Salvador.
3-Líderes:
- Luís Gonzaga das Virgens e Cipriano Barata.
4-Motivações:
- Movimento popular (movimentava profissionais liberais, alfaiates, sapateiros, negros forros e etc.);
- Iluminismo;
- Pauperização local;
- Arrocho fiscal;
- Tinha participação de mestiços esses pregavam que deveria ter abolição da escravatura;
- Era abolucionista (não escravagista);
- Era Emancipacionista e republicano;
- Jacobinismo francês ( Rousseau e Voltaire);
- Insatisfação quanto a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763, isso acaba gerando um aumento dos problemas sociais, miséria;
- Guerra de Independência no Haiti: haitianismo influência maléfica dos escravos que se auto emanciparam no Haiti.
5-Resultados:
- Foi um rebelião popular de artesãos, “alfaiates”;
- Não era elitista, era popular, mas a elite participou;
- Também é frustrada pela ação de um delator;
- Delator: José dos Reis, era membro da elite;
- A Devassa condena os líderes à execução (esquartejamento).Cipriano Barata foge;

Marca a passagem do ideal de independência das elites(MG) para as camadas populares(BA).

Renascimento Cultural

Como já sabemos anteriomente que a intensificação do comércio e da produção artesanal resultou no desenvolvimento das cidades, no surgimento de uma nova classe social a burguesia e na posterior formação das monarquias nacionais. Estas transformações vieram acompanhadas de uma nova visão de mundo, que se manifestou na arte e na cultura de maneira de geral.

A cultura medieval se caracterizava pela religiosidade. A Igreja Católica, como vimos, controlava as manifestações culturais e dava uma interpretação religiosa para os fenômenos da natureza, da sociedade e da economia. A esta cultura deu-se o nome de teocêntrica (Deus no centro). A miséria, as tempestades, as pragas, as enchentes, as doenças e as más colheitas eram vistas como castigos de Deus. Assim como a riqueza, a saúde, as boas colheitas, o tempo bom, a fortuna eram bênçãos divinas. A própria posição que o indivíduo ocupava na sociedade (nobre, clérigo ou servo) tinha uma explicação religiosa.

A arte medieval, feita normalmente no interior das Igrejas, espelhava esta mentalidade. Pinturas e esculturas não tinham preocupações estéticas e sim pedagógicas: mostrar a miséria do mundo e a grandiosidade de Deus. As figuras eram rústicas, desproporcionais e acanhadas. Os quadros não tinham perspectiva. Como as obras de arte eram de autoria coletiva, o artista medieval é anônimo.

A literatura medieval era composta de textos teológicos, biografias de santos e histórias de cavalaria. Isto refletia o domínio da Igreja e da nobreza sobre a sociedade.
Essa visão de mundo não combinava com a experiência burguesa. Essa nova classe devia a sua posição social e econômica ao seu próprio esforço e não à vontade divina, como o nobre. O sucesso nos negócios dependia da observação, do raciocínio e do cálculo. Características que se opunham às explicações sobrenaturais, próprias da mentalidade medieval. Por outro lado, era uma classe social em ascensão, portanto otimista. Sua concepção de mundo era mais materialista. Queria usufruir na terra o resultado de seus esforços. E também claro que o comerciante burguês era essencialmente individualista. Quase sempre, o seu lucro implicava que outros tivessem prejuízo.

A visão de mundo da burguesia estará sintonizada com a renovação cultural ocorrida nos fins da Idade Média e no começo da Idade Moderna. A essa renovação denominamos Renascimento.

Características do Renascimento Cultural

O Renascimento significou uma nova arte, o advento do pensamento científico e uma nova literatura. Nelas estão presentes as seguintes características:
a- antropocentrismo (o homem no centro): valorização do homem como ser racional. Para os renascentistas o homem era visto como a mais bela e perfeita obra da natureza. Tem capacidade criadora e pode explicar os fenômenos à sua volta.
b- otimismo: os renascentistas acreditavam no progresso e na capacidade do homem de resolver problemas. Por essa razão apreciavam a beleza do mundo e tentavam captá-la em suas obras de arte.
c- racionalismo: tentativa de descobrir pela observação e pela experiência as leis que governam o mundo. A razão humana é a base do conhecimento. Isto se contrapunha ao conhecimento baseado na autoridade, na tradição e na inspiração de origem divina que marcou a cultura medieval.
d- humanismo: o humanista era o indivíduo que traduzia e estudava os textos antigos, principalmente gregos e romanos. Foi dessa inspiração clássica que nasceu a valorização do ser humano. Uma das características desses humanistas era a não especialização. Seus conhecimentos eram abrangentes.
e- hedonismo: valorização dos prazeres sensoriais. Esta visão se opunha à idéia medieval de associar o pecado aos bens e prazeres materiais.
f- individualismo: a afirmação do artista como criador individual da obra de arte se deu no Renascimento. O artista renascentista assinava suas obras, tomando­se famoso.
g- inspiração na antiguidade clássica: os artistas renascentistas procuraram imitar a estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo re­nascer aquela cultura, desaparecida durante a “Idade das Trevas” (Média).

Itália: o Berço do Renascimento

O Renascimento teve início e atingiu o seu maior brilho na Itália. Daí irradiou-se para outras partes da Europa. O pioneirismo italiano se explica por diversos fatores:
a- a vida urbana e as atividades comerciais, mesmo durante a Idade Média, sempre foram mais intensas na Itália do que no resto da Europa. Como vimos, o Renascimento está ligado à vida urbana e à burguesia. Basta lembrar que Veneza e Gênova foram duas importantes cidades portuárias italianas, ambas com uma pode­rosa classe de ricos mercadores.
b- a Itália foi o centro do Império Romano e por isso tinha mais presente a memória da cultura clássica. Como vimos, o Renascimento inspirou-se na cultura greco-romana.
c- o contato com árabes e bizantinos, por meio do comércio, deu condições para que os italianos tivessem acesso às obras clássicas preservadas por esses povos. Quando Constantinopla foi conquistada pelos turcos, em 1453, vários sábios bizantinos fugiram para Itália levando manuscritos e obras de arte.
d- O grande acúmulo de riquezas obtidas no comércio com o Oriente, formou uma poderosa classe de ricos mercadores, banqueiros e poderosos senhores. Esse grupo representava um mercado para as obras de arte, estimulando a produção intelectual. Muitos pensadores, pintores, escultores e arquitetos se tomaram protegidos dessa poderosa classe. À essa prática de proteger artistas e pensadores deu-se o nome de mecenato. Entre os principais mecenas podermos destacar os papas Alexandre II, Júlio II e Leão X. Também ricos merca­dores e políticos foram importantes mecenas, como, por exemplo, a família Médici.

Já no século XIV (Trecento) surgiram as primeiras figuras do Renascimento, como, por exemplo, Giotto (na pintura), Dante Allighieri, Boccaccio e Francesco Petrarca (na literatura). No século XV (Quatrocento) a produção cultural atingiu uma grande intensidade. Mas foi no século XVI (Cinquecento) que o Renascimento atingiu o auge.
A Decadência do Renascimento Italiano

A decadência do Renascimento italiano pode ser explicada por diversos fatores. As lutas políticas internas entre as diversas cidadés-Estado e a intervenção das potências políticas da época (França, Espanha e Sacro Império Germânico), consumiram as riquezas da Itália.
Ao mesmo tempo, o comércio das cidades italianas entrou em franca decadência depois que a Espanha e Portugal passaram a liderar, através da rota do Atlântico, o comércio com o Oriente.

O Renascimento em outras parte da Europa

O renascimento comercial e urbano ocorreu em várias partes da Europa. Desta forma, criaram-se as condições para a renovação cultural, assim como ocorreu na Itália.

Nos Países Baixos, uma classe de ricos comerciantes e banqueiros estava ligada ao consumo e à produção de obras de arte e literatura. Um dos grandes pinto­res flamengos foi Brueghel, que viveu em Antuérpia. Ele pintou, principalmente, cenas da vida cotidiana, retratando o estilo de vida da classe burguesa em ascensão (A Dança do Casamento, de 1565). Destacaram-se ainda os irmãos pintores Hubert e Jan van Eyck (A Virgem e o Chanceler Rolin).

A crítica à intolerância do pensamento religioso medieval foi feita por Erasmo de Roterdan (1466-1529) com sua obra Elogio da Loucura.

Na França, o Renascimento teve importantes expoentes:

a- na literatura e filosofia, Rabelais (1490-1 553), autor de Gargantua e Pantagruel, obra na qual critica a educação e as táticas militares medievais. Montaigne (1533-1592), autor de estudos filosóficos céticos intitulados Ensaios, nos quais o principal objeto de crítica é o clero.
b- nas ciências, Ambroise Pare (1517-1590) destacou-se com estudos de medicina. Inventou uma nova técnica para sutura das veias.

Na Espanha, a forte influência da Igreja Católica e o clima repressivo da Contra-Reforma, dificultaram as inovações. Desta forma, as realizações culturais marcadamente renascentistas foram reduzidas.

Nas artes plásticas destacou-se El Greco (1575-1614), o grande pintor espanhol do Renascimento (O Enterro do Conde de Orgaz e A Visão Apocalíptica).

Na literatura, a Espanha produziu um dos maiores clássicos da humanidade. Trata-se de D. Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, obra na qual o personagem principal (D.Quixote) é um cavaleiro romântico que imagina estar vi­vendo em plena Idade Média. A metáfora é referente à decadência da cavalaria e ao conflito entre a mentalidade moderna e a medieval.

Na ciência, a Espanha contribuiu com Miguel de Servet, que se destacou pelo seus estudos da circulação do sangue.

Na Inglaterra, um dos principais expoentes do Renascimento foi Tomas Morus (1475-1535), autor de Utopia, obra que descreve as condições de vida da população de uma ilha imaginária, onde não havia classes sociais, pobreza e propriedade privada.

É também inglês o maior dramaturgo de todos os tempos, William Sheakspeare (1564-1616). Foi sob o reinado de Isabel 1 que Sheakspeare produziu a maioria de suas obras, dentre as quais destacam-se Hamlet, Ricardo III, Macbeth, Otelo e Romeu e Julieta.

Destaca-se ainda no Renascimento inglês, o filósofo Francis Bacon (1561-1626), autor de Novun Organun. Esse autor pode ser considerado um dos precurso­es do Iluminismo.
Em Portugal, o grande representante do renascimento literário foi Luís Vaz de Camões (1525-1580), autor de Os Lusíadas, poema épico que narra os grandes feitos da navegação portuguesa.
O teatro português renascentista foi imortalizado por Gil Vicente, autor das obras Trilogia das Barcas e a Farsa de Inês Pereira.

Na Alemanha, a pintura renascentista consagrou os nomes de Hans Holbein (1497-1553) e Albert Durer (1471-1528).

A Segunda Guerra Mundial

As causas da Segunda Guerra MundialUm conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.

Um dos mais importantes motivos foi o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes, inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra.

Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).

Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região.

Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.


O Início





O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha.


De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados ( liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos ) e Eixo ( Alemanha, Itália e Japão ).

Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:


1. O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.

2. Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.


3. De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália ( região de Monte Cassino ) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.



Final e Consequências





Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.








Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima

Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis.
O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU ( Organização das Nações Unidas ), cujo objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações.
Inicia-se também um período conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético, onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.

Revoltas Nativstas

Os movimentos nativistas foram conflitos locais entre brasileiros e portugueses. O governo português explora muito nossa terra, pois os seus interesses eram contrários aos nossos. Essa atitude do governo português deu origem a revoltas conhecidas pelo nome de movimentos nativistas, que se caracterizaram pelo amor à terra natal. Era isto que as distinguia das outras revoltas. Os primeiros movimentos foram:
A revolta dos irmãos Beckman, no Maranhão.
- A guerra dos Emboabas, em Minas Gerais.
- A guerra dos Mascates, em Pernambuco.
- A revolta de Filipe Santos, em MInas Gerais.
Revolta de Beckman (1684)

As zonas açucareiras de Pernambuco e Bahia utilizavam-se quase que completamente os escravos que vinham para o Brasil. No Maranhão a falta de mão- de- obra para as plantações tornou-se um sério problema. A solução foi a utilização do escravo indígena. Entretanto, os habitantes do Maranhão defrontaram-se com a resistência jesuítica.

Para resolver o problema da mão- de- obra, a Coroa criou a Companhia Geral de Comércio do Maranhão, que monopolizaria o comércio da região, tendo, entre outras obrigações, a de fornecer 500 escravos negros por anos, durante 20 anos, também fornecer aos habitantes gêneros alimentícios importados e adquirir tudo que fosse produzido na região, para exportação. Porém os produtos eram da pior qualidade e tudo em quantidade insuficiente para abastecer o mercado e por preços superiores aos taxados.

A Coroa havia tentado solucionar o conflito entre colonos e jesuítas, mas a solução fora pior que o problema. Assim, a revolta Liderada pelos irmãos Tomás e Manoel Beckman voltou-se contra a Companhia do Maranhão e os jesuítas. Mas o movimento perdeu sua força e foi debelado, dois dos lideres presos foram executados: Manoel Beckman e Jorge Sampaio. Quanto aos jesuítas que haviam sido expulsos, retornaram à região.

Apesar de violentamente reprimida, a revolta teve como resultados a extinção da Companhia e a nomeação de um novo governador para o Estado do Maranhão, Gomes Freire de Andrade.

Guerra dos Emboabas (1709)

A descoberta das minas provocou um intenso fluxo migratório interno e externo para minas gerais. Todos os recém-chegados eram chamados de emboabas pelos paulistas que habitavam a região e que ali haviam descoberto ouro.

A maioria dos emboabas dedicou-se ao comércio, incentivados pelos altos preços alcançados pelos manufaturados no mercado minero. Os mineradores endividaram-se com os emboabas, dessa maneira, alguns comerciantes tornaram-se donos de datas e fazendas de gado, fato inadmissível para os paulistas. Assim entre 1707 e 1709 paulistas e tais comerciantes entraram em luta violenta. Os paulistas sofreram sérias derrotas, sendo massacrados num combate local que se chamou Capão da Traição.

Em 1709, o governo interveio, criando a Capitania Real de São Paulo e Minas de Ouro. Tentando atender aos anseios dos paulistas, alguns locais como Vila Rica foram elevados à categoria de Vila, com a criação de câmaras municipais. Os conflitos diminuíram, mas suas causas não foram supridas.
A Guerra dos Mascates (1710)

Quando os holandeses foram expulsos do Brasil em 1654, os produtores nordestinos perderam o mercado de açúcar para os antilhanos. A elite comercial de Recife formada por comerciantes portugueses (reinóis), passou a financiar a produção açucareira, centralizada em Olinda, cobrando pelos empréstimos elevadas taxas e executando hipotecas. Os olindenses chamavam os comerciantes do recife pejorativamente de Mascates.

Apesar da superioridade econômica, os comerciantes portugueses de Recife não tinham autoridade política, pois a Câmara Municipal estava localizada em Olinda. Em 1710, os recifenses conseguiram a Carta Régia de Emancipação Política e Administrativa do local, construindo-se na cidade o pelourinho que simbolizava a autonomia administrativa do local, isto é, o Recife conseguiu status de Vila, que lhe dava o direito de ter sua própria Câmara Municipal. Os olindenses não aceitaram a perda do controle administrativo sobre o Recife e chefiados por Bernardo Vieira de Melo, invadiram a cidade, colocando a baixo o pelourinho. Os mascates se organizaram e partiram para a reação.A coroa resolveu intervir, nomeando um governador, que pôs fim ao conflito e confirmou a autonomia de Recife. Outra vez se evidenciava a existência de contradições entre os interesses coloniais e metropolitanos.
A Revolta De Filipe Santos ou de Vila Rica (1720)

Mesmo a rígida administração portuguesa na zona mineradora não conseguia evitar o contrabando de ouro e diamantes.

A partir de 1718 o controle e a taxação sobre a exploração aguçaram-se havendo, paralelamente, um aumento do contrabando. Em 1719, a Intendência das Minas criou Casas de Fundição, por onde todo o ouro extraído deveria obrigatoriamente passar. Aí seria fundido, transformado em barras, selado e, em seguida, submetido à retirada do quinto real.

Para aqueles que eram acusados de roubo ou contrabandeamento de ouro, as punições eram muito rigorosas, era considerado crime de lesa-majestade, e poderia ser punido até com o degredo perpétuo na África.

A lei das Casas de Fundição desencadeou uma forte onde de protestos. Um grupo de rebeldes liderados por Filipe dos Santos que saiu às ruas promovendo manifestações contra a decisão metropolitana.

Usando artifícios para ganhar tempo o governador da Capitania, conde de Assumar, pôde estudar a situação, para, em seguida, desfechar violenta repressão contra os rebeldes. Os líderes foram presos, e suas casas queimadas. Filipe dos Santos foi prontamente enforcado e esquartejado sem processo ou julgamento.

A revolução de Vila Rica foi fundamental para o amadurecimento da consciência colonial. Por outro lado, inaugurou um período de sangrentas repressões desferidas pela metrópole.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Egito Antigo

O EGITO ANTIGO


LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA


•O Egito está situado no Nordeste da África em meio a dois imensos desertos: o da Líbia e o da Arábia.
•O Egito Antigo possuía um território estreito e comprido que compreendia duas grandes regiões: o Alto Egito (região do vale) e o Baixo Egito região do Delta do Nilo).


EGITO,dádiva do NILO


•O Nilo corta o Egito de sul a norte e deságua no mar Mediterrâneo.
•Anualmente, de junho a setembro, o Nilo transborda e rega a terra, tornando-a favorável à agricultura.A partir de outubro, inicia-se o período de semeadura, que se prolonga até mais ou menos fevereiro.A colheita ocorre de abril a junho.


FORMAÇÃO DO ESTADO NO EGITO ANTIGO

•Nomos: conjuntos de aldeias governadas pelos nomarcas, nome dado aos chefes mais poderosos.







Com o tempo, as disputas entre os nomarcas por poder e terras geraram guerras e alianças entre eles. Alguns deles, ao vencerem os demais, tornavam-se reis, passando a controlar vários “nomos”. Surgiram então no Egito reinos que foram ficando cada vez maiores, até resumirem a dois: o Alto Egito (no vale do Nilo) e o Baixo Egito (no Delta do Nilo).
•Por volta do ano 3200 a.C., o rei Menés, do Alto Egito (no vale do Nilo), conquistou o Baixo Egito (no delta do Nilo), unificando os dois reinos.
•Menés tornou-se então o primeiro faraó (nome que se dava ao rei entre os egípcios) e o fundador da primeira dinastia (sucessão de reis pertencentes a uma mesma família).






•A coroa era um dos principais símbolos do faraó. Antes da unificação, o soberano do Alto Egito utilizava a coroa branca; a coroa vermelha era usada no Baixo Egito. Quando o Egito passou a ser governado por um único soberano, o faraó, a coroa tornou-se dupla: vermelha e branca, simbolizando a união dos dois reinos. Ao comandar suas tropas na guerra, o faraó usava a coroa azul.



A PERIODIZAÇÃO DA HISTÓRIA EGÍPCIA





•Antigo Império (3200 – 2300 a.C.): Durante a maior parte deste longo período, os faraós conseguiram impor sua autoridade ao reino e, auxiliados por seus funcionários, coordenaram a construção de grandes obras públicas, entre elas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.

•Médio Império(2000 – 158 a.C.): Neste período os egípcios expandiram seu território em direção ao Sul, conquistando a Núbia, região rica em minerais, entre os quais o ouro. Apesar da prosperidade material, o reino continuou envolvido em guerras e revoltas internas que o enfraqueceram. Isso encorajou os hicsos, povo originário da Ásia Central, a atravessarem o deserto e invadir o Egito, conquistando-o. A vitória dos hicsos deveu-se ao uso de cavalos e carros de combate, desconhecidos pelos egípcios. O domínio dos hicsos em território egípcio durou mais de 150 anos.

•Novo Império(1580 – 525 a.C.): Este período inicia-se com a expulsão dos hicsos. Amósis IV, o líder militar da luta contra o invasor, inaugurou uma nova dinastia.
•Por volta de 1250 a.C., os hebreus, sob a liderança de Moisés, conseguiram fugir do Egito.
•Amósis IV implantou o monoteísmo, mas após a sua morte Tutancâmon restabeleceu o politeísmo.
•As conquista militares foram retomadas com Ramsés II, que derrotou os povos asiáticos, como os hititas.
•Em 662 a.C. os assírios invadiram o Egito.
•Psamético I expulsou os assírios e tornou-se faraó.
•Em 525 a.C. ao persas dominaram o Egito.
•Por 2500 anos o Egito foi província do Império Persa, território ocupado por macedônios, romanos, árabes, turcos e ingleses.
•Instauou-se no Egito uma dinastia de origem macedônica, chamada ptolomaica ou lágida, à qual pertenceu Cleópatra.

•O filho de Cleópatra com o imperador romano Júlio César foi o último rei ptolomaico.
•Depois desse período a região caiu sob o domínio romano e, mais tarde, árabe, que introduziram elementos culturais cristãos e muçulmanos, respectivamente.
Os egípcios destacaram-se na Astronomia, produziram um calendário solar com 12 meses de 30 dias. Além de acreditarem na vida após a morte e praticar a mumificação.

A SOCIEDADE NO EGITO ANTIGO
O Faraó
•Era considerado um deus vivo, filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação do deus-falcão (Hórus).
•Para os egípcios, toda a felicidade dependia do faraó e seu poder era ilimitado. Comandava os exércitos, distribuía a justiça, organizava as atividades econômicas.
•O faraó ostentava uma coroa e um cetro, símbolos de sua autoridade. Para os povos do Egito Antigo, o faraó era o pai e a mãe dos seres humanos; um governante com autoridade sobrenatural para recrutar o trabalho em massa necessário à manutenção do sistema de irrigação ao longo do Nilo.
•Além do poder e prestígio, o faraó possuía enorme riqueza. Era considerado o dono de todas as terras do Egito. Por isso, tinha o direito de receber impostos (pagos em produtos) das aldeias.
O VIZIR:
A maior autoridade depois do faraó. Cabia a ele tomar decisões jurídicas, administrativas e financeiras em nome do faraó.
OS NOBRES:
Descendentes das famílias mais importantes dos antigos nomos cuidavam da administração das províncias ou ocupavam os postos mais altos do exército.
OS SACERDOTES:
Detinham muito poder, administravam todos os bens que os fiéis e o próprio Estado ofereciam aos deuses e tinham muita influência junto ao faraó. Enriqueciam porque ficavam com parte das oferendas feitas pela população aos deuses, além de serem dispensados do pagamento de impostos.

OS ESCRIBAS:
os que dominavam a difícil escrita egípcia, encarregavam-se da cobrança dos impostos, da organização das leis e dos decretos e da fiscalização da atividade econômica em geral.

O SOLDADOS:
Nunca atingiam os postos de comando, pois estes eram reservados à nobreza.Eles viviam dos produtos recebidos como pagamento e dos saques que podiam realizar durante as guerras de conquista.
OS ARTESÃOS:
Exerciam as mais diversas profissões. Trabalhavam como pedreiros, carpinteiros, desenhistas, escultores, pintores, tecelões, ourives, etc. Muitas de suas atividades eram realizadas nas grandes obras públicas (templos, túmulos, palácios, etc.).

OS CAMPONESES:
Chamados no Egito de felás, constituíam a imensa maioria da população. Trabalhavam nas propriedades do faraó e dos sacerdotes e tinham o direito de conservar para si apenas uma pequena parte dos produtos colhidos. Eram também obrigados a trabalhar na construção de obras públicas grandiosas, como abertura de estradas, limpeza de canais, transportes de pedras necessárias às grandes obras, como túmulos, templos e palácios.

OS ESCRAVOS:
Geralmente estrangeiros e prisioneiros de guerra, também compunham a base da sociedade. Trabalhavam, principalmente, nas minas e pedreiras do Estado, nas terras reais e nos templos. Muitas vezes faziam parte do exército em época de guerra e eram utilizados como escravos domésticos.

A Mesopotâmia


A Mesopotâmia



Escrito por Cláudio Azevedo
Ter, 12 de Agosto de 2008 13:50

A Mesopotâmia é a região delimitada pelos vales férteis dos rios Tigre e Eufrates (atual sul da Turquia, Síria e Iraque). Ali surgem povos e civilizações, como dito anteriormente, tão antigas como a do Egito: os sumérios e os semitas, estes divididos em acádios, assírios e babilônios.

Os sumérios são os primeiros a inventar a escrita – os caracteres cuneiformes. Descobertas arqueológicas e a decifração da escrita cuneiforme têm revelado as tradições culturais e religiosas desses povos. Entre os documentos decifrados destacam-se alguns anteriores ao século XV a.C.: o Enuma elish, a Epopéia de Gilgamesh e o código de Hamurabi. Este, encontrado em 1901 e inspirado no Rigveda, contém as leis que regem a vida e a propriedade dos súditos do imperador Hamurabi (rei de 1.792-1.750 a.C.), tendo sido baseado em casos de jurisprudência. Mostra a estrutura social dividida em homens livres, semi-livres e escravos, estabelece regras de condutas e de propriedade e edita penalidades baseadas no sistema de Talião. O Enuma elish, é o poema babilônico da criação, e a Epopéia de Gilgamesh o relato da vida do lendário soberano de Uruk (2.750 a.C.), cidade suméria nas margens do rio Eufrates, em que ocorrem narrações relativas ao dilúvio, uma ordem dos deuses, no qual somente Utnapishtim sobrevive construindo uma arca. Os sumérios também tinham o seu mito do dilúvio na pessoa de Ziusudra, rei piedoso e temente a Deus e os assírios o seu Moisés, na figura de Sargão, rei de Accad.

Baseado em dados astrológicos, tinham um ritual complicado para o culto dos grandes Anjos das Estrelas e consideravam o Sistema Solar como um grande Ser, bem como acreditavam que cada planeta tinha um Espírito planetário que o animava. Oravam diariamente em horários regulados pela posição do Sol: no seu nascer, ao meio-dia e ao seu pôr. Os primitivos deuses sumérios são Anou ou An, deus-céu, Enki ou Ea, que ora aparece como deus-terra, ora como deus-água, Enlil (chamado de Bel), deus do vento e, mais tarde, deus da terra e Nin-ur-sag, também chamada de Nin-mah ou Aruru, a senhora da montanha. A hierarquia entre esses deuses muda com o tempo. No início da civilização suméria, Anou ocupa a principal posição. Depois, o deus supremo passa a ser Enlil, considerado o regente da natureza, o senhor do destino e do poder dos reis. Veneravam também Sin, o deus-lua, Ishtar ou Astarté, deusa do dia e da noite, do amor e da guerra (o planeta Vênus), e Xamaxe o deus-sol da luz e da justiça.

Os semitas (babilônios e assírios) incorporaram os deuses sumérios, trocaram seus nomes e alteraram sua hierarquia. Anou, Enki e Enlil permanecem como deuses principais até o reinado de Hamurabi. Então, o deus supremo passa a ser Marduk, o mesmo Enlil dos sumérios e Bel dos primeiros babilônios, porém mais poderoso. Chamado de pai dos deuses ou criador, Marduk sobrevive com o nome de Assur, deus supremo da Assíria, quando esse povo domina a Mesopotâmia. Marduk teria matado o dragão do caos Tiamat com ventos avassaladores e uma flecha. Partindo o corpo do dragão ao meio, formou o céu e a Terra. Por séculos, conviveram na Babilônia três religiões diferentes: o sacerdócio caldeu, persa e judeu.

A relação do povo da Mesopotâmia com os seus deuses é marcada pela total submissão às suas vontades e pelo sentimento de impureza, expresso nos salmos de penitência para implorar o perdão. Os deuses manifestam suas vontades através de sonhos e oráculos. Os antigos sumérios procuram obter as graças divinas por meio de sacrifícios regulares e oferendas. Cada deus tem uma festa especial.

Segundo um mito acadiano, Enki teria matado um deus rebelde cujo sangue, misturado com barro, permaneceu em gestação no ventre de 14 deusas que deram à luz sete casais de gêmeos (a primeira Raça – veja na Parte II). Para os mesopotâmicos, a natureza humana era ao mesmo tempo terrena e divina. O espírito humano sobrevivia à morte e tinha uma existência sombria no reino dos mortos, habitando as trevas de Kur, espécie de inferno. A razão da existência humana era apenas para servir aos deuses e a seus templos, para que, livre de todo trabalho manual, eles pudessem viver como uma classe governante.

sábado, 18 de julho de 2009

A Pré-História

É o período que vai do surgimento do homem até a invenção da escrita.
Este conceito não leva em consideração que a pré-história não acabou nessa época (4.000a.C) para to­dos os povos e que, ainda hoje, existem povos vivendo na pré-história. Ele é válido apenas para a região do Ori­ente Médio (ou Oriente Próximo).

A ORIGEM DO HOMEM:

Criacionismo: Basea-se no livro de Gênesis, segundo o qual o homem foi criado por Deus.
Evolucionismo: Charles Darwin: seleção natural, segun­do o qual o homem é um primata da família dos hominídeos.

OS ANCESTRAIS DO HOMEM:

Australopithecus. Homo Habilis. - Pithecanthropus erectus (homem de Java). Homo Neanderthalensis. ­Homo de Grimalde. Homo de Cro-Magnon.

PERíODOS DA PRÉ-HISTÓRIA:

PALEOLÍTICO: Idade da Pedra Lascada

- Regime de comunidade primitiva /- atividades eco­nômicas: caça, pesca e coleta de frutos, raízes e ovos. - Instrumentos rudimentares feitos de ossos, ma­deiras ou lascas de pedra (sílex): raspadores, furadores. - Nomandismo.!- bandos.! - controle do fogo.! ­habitação: cavernas, copa de árvores ou choças feitas de galhos.
- Propriedade coletiva das terras, águas e bosques.
- Igualdade social.! divisão natural do trabalho (sexo e idade)
- Ocupação da África à Europa, da Ásia à América e à Austrália.
- Invenção do arco e da flecha. / - pintura rupestre.!
- sepultamento dos corpos.

NEOLÍTICO: Idade da Pedra Polida

- Revolução Neolítica ou Agrícola! - Agricultura: cultivo de plantas.
- Pecuária: criação (domesticação) de animais.!­importância da mulher.
- Aldeias.! - sedentarização.! - aumento da popu­lação. / - cerâmica e tecelagem.

IDADE DOS METAIS:

Dissolução das comunidades neolíticas
- meta­lurgia- cobre, bronze e ferro.
- produção de excedente.
- aumento da população / especialização do trabalho Armas.
- desigualdade social.
- propriedade privada.
- surgimento do Estado e da escrita.
- surgimento das primeiras Civilizações: sociedades ba­seadas no regime de servidão coletiva, de Estado abso­luto (sociedades asiáticas: Egito e Mesopotâmia); e so­ciedades escravistas (Grécia e Roma).

PRÉ-HISTÓRIA DA AMÉRICA: (A AMÉRICA PRÉ­COLOMBIANA)

O POVOAMENTO DA AMÉRICA:

- Os habitantes da América pré-colombiana não são naturais do continente, mais oriundos de outras regiões.
*Hipóteses do Povoamento da América: origem étnica
- Autoctonismo: os primeiros habitantes da América se­riam originários da própria América.
Florentino Ameghino: estudioso argentino.
- Aloctonismo: os primeiros habitantes da América fo­ram oriundos de outros continentes.
- Corrente Australiana: Pacífico-América do Sul.
- Corrente Malaio-polinésia: Pacífico-América do Sul.
- Corrente Asiática: mediante migrações (pequenos gru­pos nômades paleolíticos a procura de melhores caças) diversas atingiram a América através do Estreito de Bering. Bering (Ásia) Alasca (América). Povoamento daAmé­rica no sentido norte-sul.

PRÉ-HISTÓRIA AMERICANA:

. Paleolítico (SO.OOO-7000a.C):
Caça, pesca e coleta de alimentos.
. Neolítico (7000a.C.-1492d.C.):
Cultivo de diversas plantas (algodão, abacate, pi­menta, abóbora, feijão, milho, batata, mandioca, etc.). domesticação de vários animais (Ihama, peru, abelhas, etc.). Principalmente no México e no Peru.
Cerâmica. A evolução do paleolítico para o neolítico não ocorreu em todas as tribos .
. População:
Irregularmente distribuída pelo continente e em di­ferentes estágios de desenvolvimento. Não conhecia o ferro, o vidro e a pólvora .
. Estágios Culturais:
*Estrutura Primitiva (paleolítica):
Nômades e viviam da caça e da pesca.
os esquimós (América do Norte), os charruas (Uruguai), os tapuias, xavantes e timbiras (Brasil).
Sedentários (neolíticos): vida sedentária: aldeias, agricultura.
Pueblos (América do Norte), os caribes e aruaques (Antilhas e norte da América do Sul), tupis-guaranis (Bra­sil).

CIVILIZAÇÕES MAlA, ASTECA E INCA

Avançadas tecnologicamente.
Sofisticada organização sociocultural. Concentração populacional: crescimento
demográfico.
Agricultura neolítica. - urbanização - divididas em classes sociais.
Estado estruturado e dominador, que impunha tributos. - América Central (meso- /México,Guatemala) : ma ias e astecas. - Andes (andina central/Peru) : incas.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A República Brasileira


BRASIL - REPÚBLICA VELHA (1889 - 1930)
República da espada (1889-1894)
1) Significado da implantação da república: ela surgiu muito mais devido às dificuldades do império que da existência de uma consciência coletiva. Abriram-se novas oportunidades para o exército e para os cafeicultores.

2) Governo provisório de Deodoro (1889-1891): promulgação da constituição de 1891 com as seguintes características:
· liberal (o estado de sítio era um instrumento repressivo para ser usado em casos de emergência)
· manutenção do sistema de propriedade vigente
· ausência de legislação social (a constituição se atém aos aspectos políticos da organização do país)
· voto “universal” masculino e aberto (instrumento fundamental para as elites agrárias assegurarem a sua dominação)
· secular (separação igreja e estado)
· federalista (o que assegurava às oligarquias o controle da política regional já que os estados eram autônomos)

3) Governo constitucional de Deodoro (1891): eleito pelos constituintes (indiretamente), seu governo representou a necessidade da presença militar para consolidar o novo regime. Influenciado pelo ideal positivista e pelas classes médias urbanas buscou, sem sucesso, uma política de modernização do país. Sucessivos confrontos com as elites políticas de SP e com a marinha fizeram-no renunciar.

Encilhamento (ministro Ruy Barbosa): tentativa de estimular a criação de empresas industriais e comerciais através de uma política emissionista e de empréstimos externos. Acabou gerando um movimento especulativo e a criação de diversas “indústrias fantasmas” devido a ausência de mecanismos de controle.

4) Governo de Floriano Peixoto (1891-94): contando com apoio fanático de setores progressistas urbanos e militares, ele conseguiu reprimir as revoltas armadas do período e garantiu a consolidação do novo regime (marechal de ferro). Nas eleições de 1894, Floriano apoia a oligarquia cafeeira que o sustentou nos momentos decisivos.

Revoltas do período Floriano Peixoto (1893):
4.1 - Revolta da armada: movimento monarquista liderado por Custódio de Melo e Saldanha da Gama duramente reprimido pelo presidente com apoio dos cafeicultores paulistas
4.2 - Revolução federalista: luta política entre as elites locais do RS. Júlio Castilhos defendia o governo central e liderava o grupo republicano (chimangos). Gaspar Martins defendia a descentralização do poder e liderava o grupo federalista (maragato). A vitória final coube aos castilhistas com apoio de Floriano.

República Oligárquica (1894-1930)

1) Quadro político:
1.1- Coronelismo - mandonismo local das elites agrárias garantido pela inexistência de justiça eleitoral e pelo voto aberto. A manipulação do voto e a fraude eram a norma (voto de cabresto)
1.2- “Política dos governadores” - Durante o governo de Campos Sales (1898-1902) estabeleceram-se acordos com os governos estaduais a fim de garantir congressos dóceis às diretrizes presidenciais. Os acordos foram firmados a partir da necessidade de negociar a dívida externa (funding loan), herança recebida do encilhamento. Em troca o presidente não interviria em assuntos locais. Esta política beneficiava, principalmente, os estados mais ricos.

1.3- “Política do café com leite” - Acordo das duas oligarquias mais poderosas do país (SP e MG) para escolher o presidente
A política na república velha nunca levou o povo em conta. Ele era instrumento de um jogo que não participava.

2) Quadro econômico
2.1 - Café - a principal atividade econômica do país vivia um grande problema desde o final do século XIX: superprodução. A solução só viria no governo Rodrigues Alves (1902-1906) através do convênio de Taubaté. O governo deveria se encarregar de comprar o excedente do café com financiamento estrangeiro.
2.2 - Indústria - O café mais beneficiou que atrapalhou a indústria: ele criou mercado interno, desenvolveu a infra-estrutura e os cafeicultores foram os primeiros investidores. Durante a 1ª guerra mundial, o país teve um salto industrial devido ao “Processo de substituição de importações”


Crises na República dos Coronéis

1) Crise sociais (tratadas pelo governo dos coronéis como “casos de polícia”)
1.1- Zona rural: a massa rural brasileira vivia miseravelmente sob domínio dos grandes proprietários. A manifestação mais clara de sua revolta foram os movimentos messiânicos (Canudos na Bahia -1893/1897- e Contestado na fronteira de SC e PR - 1912/1915). Estes movimentos tinham um caráter pré - político, com conteúdo fanático religioso e uma vaga tendência anti-republicana. Acreditavam que a solução de seus problemas era um líder que conduziria os homens para implantação do reino de Deus na terra.

1.2- Zona urbana: O início da industrialização, especialmente durante a 1ªGM, provocou o surgimento do movimento operário. Inicialmente de tendência anarco-sindicalista (espontaneístas), o movimento acabou caminhando para o marxismo após a revolução de 1917 na Rússia e da fundação do PCB em 1922.

2) Crises militares
2.1 - Revolta da chibata (1910): revolta da marinha liderada por João Cândido contra a miséria e a opressão.
2.2 - movimento tenentista (1922-27): representa a insatisfação das camadas média. Os militares de baixa patente, distanciados dos privilégios do poder, acreditavam na necessidade da modernização do país (indústria, moralização política, ...) e na eficácia de um golpe de estado para conseguir isso. O principais movimentos foram: o levante do forte de Copacabana em 1922, a revolta paulista de 1924 e a coluna Prestes (1924-27).

3) Crises políticas:

3.1 - Rompimento temporário da política do café com leite em 1910: campanha civilista. A morte de Afonso Pena antes de terminar seu mandato gerou uma crise sucessória. MG e RS apoiaram a candidatura de Hermes da Fonseca (militar) e SP e BA apoiaram Ruy Barbosa (civil). A vitória de Hermes (1910-1914) gerou um período de afastamento das oligarquias do poder (política das salvações).
3.2 - Reação das oligarquias periféricas contra MG e SP em 1922: reação republicana. Lideradas pela Bahia, as oligarquias periféricas lançam a candidatura de Nilo Peçanha para enfrentar o candidato mineiro Arthur Bernardes. Apesar de derrotado, o movimento desnudou o esquema de fraude eleitoral.
3.3 - O fim da república oligárquica: revolução de 1930. Em 1929, ocorreu a GRANDE DEPRESSÃO CAPITALISTA que desestruturou de vez a política do café com Leite. Nas eleições de 1930, SP trai MG e lança a candidatura de Júlio Prestes. MG, Pb e RS formam a aliança liberal e lançam Getúlio Vargas. Vargas foi derrotado mas acaba iniciando uma revolução com apoio dos tenentes (o assassinato de João Pessoa, candidato a vice na chapa de Getúlio, é considerado a causa imediata do movimento). A revolução significou a passagem de um Brasil arcaico para um país moderno. O estado, a partir de 1930, não seria mais controlado por oligarquias. Ele passaria a ter a função de árbitro dos diversos interesses dentro da sociedade.